EnglishPortuguês

Maria da Fé celebra 50 anos de carreira

Arquivo - Maio 23, 2009
A fadista Maria da Fé celebra 50 anos de carreira com dois espectáculos nos Coliseu de Lisboa e Porto, respectivamente, dias 25 e 26 de Junho.

br /> A fadista afirmou à agência Lusa guardar "gratas recordações" de uma carreira que começou no Porto, de onde é natural, e que a levou a pisar "os mais importantes palcos do mundo".

A criadora de "Cantarei até que a voz me doa" (José Luís Gordo/José Fontes Rocha) afirmou ter sempre pugnado "pela dignificação do fado". "Vivi só para o fado", frisou.

Maria da Fé candidatou-se com 14 anos ao concurso "Rainha das cantadeiras", mas não foi apurada por ser menor de idade. Venceria este concurso no ano seguinte, e aos 17 anos, depois de ter realizado digressões com Amália Rodrigues pelo Norte do país, instalou-se em Lisboa.

Na capital integrou o elenco da prestigiada Adega Machado, e posteriormente da Parreirinha de Alfama, de Argentina Santos, tendo sido das primeiras fadistas a actuar no Casino Estoril.

Maria da Fé foi a primeira fadista a concorrer a um Festival RTP da Canção, em 1969, com "Vento do Norte" (Francisco Nicholson/António Braga dos Santos).

A sua primeira saída ao estrangeiro, recordou a fadista à Lusa, foi em finais da década de 1960, "para actuar numa associação recreativa" em Newark (Nova Jérsia), Estados Unidos.

Deste então pisou "todos os mais importantes palcos", sem esquecer detalhes e guardando "gratas memórias" de alguns, nomeadamente os brasileiros, como disse à Lusa.

A criadora de "Obrigado, meu Deus obrigado" (José Luís Gordo/Fontes Rocha), considera-se de um tempo "em que era ainda difícil actuar no estrangeiro, levar o fado para fora".

Reconhece que hoje "é mais fácil", mas salientou o seu papel, e o de outros fadistas, designadamente Amália Rodrigues, Carlos do Carmo e Fernando Machado Soares, na divulgação da canção nacional além fronteiras.

A criadora de "Já sei meu amor, já sei" (Francisco Radamanto/Casimiro Ramos), recebeu em 2005 a Medalha de Mérito Cultura do Ministério da Cultura e no ano seguinte o Prémio Amália Rodrigues para a Melhor Intérprete.

"
Vivi só para o fado e a minha casa de fados é exemplo disso. Aqui canto todas as noites, mas todas as noites são diferentes. Nascemos com este condão, mas há que trabalhar todos os dias, há que burilar o estilo e forma de cantar", afirmou a intérprete de "Fado Errado" (Frederico de Brito), que ao longo da sua carreira mereceu várias outras distinções, como o Prémio da Imprensa, em 1970, e a Medalha de Ouro da Cidade do Porto.

A Câmara de Lisboa anunciou já que entregará à intérprete de "Sem fé" (F. de Brito), em data a anunciar, a Medalha de Ouro da cidade.
Lusa



Artigos Relacionados


Não deixe o seu negócio pendurado!
Não procure mais... está tudo aqui!

Redes Sociais

     

Newsletter

Mantenha-se actualizado com as novidades do Fado.

Portal do Fado

©2006-2024  Todos os direitos reservados.