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Ary dos Santos para recordar na "Rua da saudade"

Arquivo - Novembro 07, 2009
Disco reúne as vozes de Mafalda Arnauth, Susana Félix, Viviane e Luanda Cozetti em tributo ao poeta das canções.



Redescobrir a musicalidade das palavras do poeta Ary dos Santos, desaparecido há 25 anos, é o que propõem Mafalda Arnauth, Viviane, Susana Félix e Luanda Cozetti, no CD "Rua da saudade".

 

Numa selecção de 11 temas do vasto legado de Ary dos Santos, "Rua da saudade" - que estará disponível nas lojas depois de amanhã - apresenta nova roupagem de canções singulares como "Canção de madrugar", "Estrela da tarde", "Retalhos" e "Cavalo à solta", entre outras.

 

As interpretações, que tocam diferentes sonoridades, que vão da pop com aromas de fado ao jazz e à bossa-nova, recuperam o espírito e o entusiasmo com que as canções foram feitas.

 

A ideia de homenagear a obra de Ary dos Santos partiu do produtor Renato Júnior, que convidou as quatro cantoras.

 

"Foi fantástico redescobrir-me como intérprete nestas canções", diz, a propósito, Susana Félix. No que, em certa medida, é corroborada por Viviane, que sublinha o facto de ter havido "uma interacção muito grande entre as letras e a nossa interpretação. Para mim, Ary dos Santos é dos poetas mais alquímicos que conheço".

Oriundas de áreas musicais diferentes, as quatro cantoras garantem que não se sentiram forçadas a seguir nenhuma estética. "Acho o Ary muito redentor. Todas as suas palavras são de redenção. Ele tinha uma poesia de urgência", refere Luanda Cozetti.

 

"No fundo, o que se pretende é homenagear o letrista Ary dos Santos. Escolhemos os 11 temas de um conjunto mais alargado que, inicialmente, nos foi proposto. Procurámos as músicas pela qualidade dos poemas e pelo encaixe que pudessem ter connosco", conta a fadista Mafalda Arnauth.

 

Nas canções deste disco, compostas por Fernando Tordo, Nuno Nazareth Fernandes e Tozé Brito, Ary dos Santos satiriza as personagens do seu tempo histórico, aborda as desigualdades sociais e projecta, como ainda ninguém tinha feito na música portuguesa, o amor e a paixão.

 

Os temas seleccionados, originalmente cantados e gravados por Fernando Tordo, Carlos do Carmo e Hugo Maia de Loureiro, renascem com uma nova sonoridade nas interpretações das quatro cantoras convidadas, que ora as interpretam em dueto, ora a solo ou juntas, como no tema "Rock-chok", que encerra o álbum.

 

"Todos os temas que o Ary dos Santos escreveu são absolutamente actuais, fazem parte do nosso ser português", sublinha Susana Félix. "As canções do Ary perduram no tempo", acrescenta Viviane.

 

O CD "Rua da saudade" (o nome da artéria onde o poeta residiu e onde morreu, em Lisboa), abre com "Canção de madrugar" e inclui "Cavalo à solta", "Dizer que sim à vida", "Estrela da tarde", "O café", "Retalhos", "Kyrie", "Cai cai", "Canção do tempo", "Quando um homem quiser" e Rock-chok".




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