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Fado... fado em silêncio e com os olhos luzidíos

Arquivo - Outubro 25, 2010
Joana Amendoeira é Ribatejana, de Santarém, terra de touros, cavalos, folclore e pureza, onde o fado da vizinha Lisboa, se entoa mais alegre.

Teatro Filarmónica - Oviedo - 23.10.10

Ela também é alegre e jovem, cantando os fados de sempre como sempre, e tal como os Ribatejanos, corajosos enfrentando as dificuldades, Joana e os músicos que a acompanham estão demonstrando a sua determinação e capacidade para se modernizar sem perder as suas raízes . Modernizam-se sem deixar de lado o fado castiço, clássico. Vimo-los no Teatro Filarmónica entre silêncios e aplausos, entre músicos apaixonados e os olhos brilhantes de um público que enchia por completo a sala. Entre a amabilidade, a graça, o sorriso amigável desta fadista simples, de voz clara e cristalina, que se apresentou de xaile às flores, saia comprida cor de vinho e longos brincos de prata no estilo artesanal português.

Desde o início contou que "o fado tem alegrias, tristezas e fantasia, nossas vidas e nossos sonhos", e depois de cantar "Alta Noite" e "Fado de Rosa María" o público quedava-se em sintonia, o fado "acontecía" em crescente expectativa para o "Fado Tango", "Fado Cravo", "Fado Vianinha ", " Fado Corrido" ou "Fado Santa Luzia". Houve também o fado-canção, como "Gaivota" ou "O meu é teu" ou "O Nome que tu me davas" e até um par de baladas.

Joana Amendoeira acompanhada neste concerto de Pedro Amendoeira - seu irmão - na guitarrra portuguesa, Pedro Pinhal na viola e Paulo Paz no contrabaixo, todos músicos muito bons - autores de pelo menos três das canções do repertório da noite - que teve momentos de brilho especial com algumas variações, como o "Fadinho de ti Maria Benta" (música do folclore Ribatejano de Almeirim) e especialmente no Fado Pechincha que fez transbordar a emoção e os aplausos de uma plateia entusiasmada que pedia um "bis" - encore como dizem em português - e oteve uma interpretação magnífica do clássico “Fado Bailado” de Alfredo Marceneiro com letra de Amália Rodrígues, “Estranha forma de vida”.

Então, à hora do jantar, confessavam-nos que o que mais os tocava e motivava no público asturiano era o seu silêncio para ouvir e o brilho dos seus olhos, enquanto cantavam um fado que cada vez atrai mais seguidores. E assim o mesmo se espera, no próximo dia 5 de novembro, com o fado maravilhoso e muito jovem de Carminho neste I Ciclo de Fados, organizado pelo El Cohete Internacional, a SOF, a Universidad e La Nueva España..
Angel Garcia Prieto
Fotos: Javier Gonzalez
Tradução e adaptação: Portal do Fado


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