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Pedro de Castro

Músicos - Fevereiro 16, 2018
Um dia perguntaram a Amália qual o segredo do seu sucesso. E ela respondeu: “Fui estando à altura das coisas que me foram acontecendo.”

Pedro de Castro, guitarrista, invoca essa resposta para justificar a ausência de informações pormenorizadas sobre o seu percurso e a sua carreira.

Nasceu em São Paulo, em 29 de Agosto de 1977, porque os pais estavam no Brasil na altura. Mas a infância viveu-a em Cascais, onde os pais passaram a deles e onde ainda hoje mora. O pai era músico profissional, tocava baixo, piano e fez parte da banda da Marinha e de algumas bandas nos anos 60. Desde sempre teve uma proximidade muito grande com a comunidade fadista: os amigos dos seus pais eram os fadistas, os músicos, os tocadores, que eram visitas lá de casa. Isso levou-o, desde muito novo, às casas de fado de Cascais.

Com 5 anos, começou a aprender piano, num enquadramento clássico. A guitarra veio mais tarde, quando, tinha ele 14 anos, por influência do guitarrista José Luís Nobre Costa (que viria a ser o seu mestre). O contacto com a guitarra foi quase por acaso. Nessa altura Luís Nobre Costa tinha recebido uma guitarra nova do mestre Grácio e, na euforia de ver qual era a que tinha melhor som, passou-lhe uma das guitarras para a mão e disse: ‘toca aí nessa corda. E deu-lhe uma sequência para fazer. E ele aprendeu depressa.

Começava aí uma “fase de encantamento” com a guitarra, que dura até hoje. Nas casas de fado, José Luís Nobre Costa dizia-lhe para estar ao lado dele, a ver os acordes. Começou no Arreda, ainda incipiente, e passou depois ao Amália Clube de Fado, onde “já sabia umas notas. E viu-se empurrado a acompanhar fadistas com repertórios muito diversos.

Pedro de Castro, que há anos dirige a casa de fados Mesa de Frades (em Alfama), já tocou em muitos discos, mas há um de que particularmente se orgulha: Há Guitarra, de José Luís Nobre Costa, ao lado do qual ele participa, também na guitarra, com Francisco Gonçalves à viola e o decano Joel Pina no baixo. Infelizmente, Nobre Costa (1948-2014) não sobreviveu para ver o disco editado (em 2017), apesar de ter ouvido a gravação.

Nunca pensou, sequer, em inventariar os muitos discos em que participou. Constantemente requisitado, já acompanhou grandes vozes como Ana Sofia Varela, Carlos Zel, Rão Kyao, Helder Moutinho, Ricardo Ribeiro, Katia Guerreiro, João Braga ou Celeste Rodrigues.


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