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Arquivo - Junho 10, 2008
amalia_filme.jpg"Amália" será o filme mais caro de sempre

"Amália", uma biografia romanceada, surge como o filme português mais ambicioso de sempre, com um orçamento estimado em três milhões de euros.

Sandra Barata Belo foi a actriz escolhida para vestir a personagem de Amália Rodrigues no primeiro projecto da Valentim de Carvalho Filmes. Carlos Coelho da Silva é o realizador e o projecto promete mudar a face do cinema português. "Amália" já roda, o projecto mais ambicioso até hoje do cinema português. Foi ontem, pela manhã, que Carlos Coelho da Silva deu pela primeira vez a ordem de "acção", no décor natural da Estufa Fria, em Lisboa. A cena 56 do filme marca o primeiro encontro entre Ricardo Espírito Santo - interpretado por António Pedro Cerdeira -, poderoso banqueiro da época e admirador confesso da diva, com quem manteria um amor, dizia-se, puramente platónico, e Amália.

A fadista é representada pela estreante no cinema Sandra Barata Belo, embora as 22 canções de Amália que vão ser ouvidas na banda sonora sejam as gravações originais. Originalmente, a produção deveria estar hoje na Régua, para filmar a partida de um comboio para Lisboa. Mas uma greve da CP veio alterar os planos da rodagem. Assim, a equipa saiu ontem de Lisboa na direcção do Buçaco, onde estará hoje e amanhã. Quinta-feira será a vez de Espinho, na sexta estará em Aveiro e, finalmente, no sábado, será rodada a cena da Régua.

No próximo domingo, a rodagem é retomada em Lisboa, onde serão reconstituídos, em grande parte em estúdio, os principais momentos da vida e da obra de Amália Rodrigues, entre 1954 e 1984. Mas não se trata de um documentário sobre a nossa maior embaixadora cultural. Como disse Manuel da Fonseca, director da VC Filmes, ontem, na apresentação oficial do projecto à Imprensa, "Amália" é uma biografia romanceada. Pedro Marta Santos e João Tordo "inventaram" uma história, passada entre 1954 e 1984, e que nos dará um retrato mais humano da intérprete do fado por excelência.

"A história de Amália como nunca foi contada", conforme se lê na primeira linha da sinopse. "É a Amália de todos os portugueses", sintetizou Pedro Marta Santos, embora a sua vertente mais preocupada com a morte possa ser a grande novidade do filme, que tem início em 1984, quando a fadista, então em Nova Iorque e sabendo estar doente, chega a pensar suicidar-se.

E é do alto da varanda do quarto que revê a sua vida, "um equilíbrio que lhe escapa, um amor que lhe foge, ao contrário do sucesso artístico, que a vai projectando como vedeta mundial", lê-se ainda na sinopse. Para Manuel Fonseca, o filme retomará a grande tradição do melodrama. "No cinema, faz bem chorar", resumiu o director da VC Filmes.

A rodagem irá decorrer ao longo de 55 dias e cerca de 80 décors diferentes, o que se justifica pelo facto do produto final ir desdobrar-se num filme de longa-metragem, a estrear por altura do Natal deste ano, e uma série de quatro tele-filmes, a exibir pela RTP, co-produtora do projecto, já no final de 2009, de forma a coincidir com o 10º aniversário da morte de Amália . Sobre o orçamento do filme, Manual Fonseca disse que o projecto tinha sido apresentado durante o festival de Cannes como estando na casa dos três milhões de euros. "Vamos tentar não gastar esse dinheiro. Se fosse em Hollywood, estaria na casa dos 20 milhões...", concluiu.



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