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Tango de um amor proibido

Liliana Martins
A minha rua sente-se tua sempre que passas para me ver.
E até a lua te espera nua nestas vidraças para te ter.
E a sorrir eu sinto-te a chegar.
Abro a porta, quero-te abraçar
Amo a noite porque ela te traz para mim!

E danço contigo um tango perdido que o sol jamais verá.
Amor proibido, o céu prometido que nunca se abrirá.
És minha vida e o tudo que eu não terei
Ser toda em ti eu nunca (o) serei
E fica a lua dona da rua quando, minguante, te vê sair
E eu, que sou tua, sinto-me nua no frio instante do teu partir
Nasce o dia e volta a contrição;
cada aurora chama-me à razão, mas eu sei que para te ter…
só mesmo assim!
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