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Bailado das folhas

Marco Oliveira
Foi numa pálida manhã de Outono
soturna como a cela de um convento
que num vetusto parque ao abandono
deí largas ao meu louco pensamento

Cortava o espaço a lâmina de frio
que impunemente as nossas carnes corta
e o vento num constante desvario
despia as árvores da folhagem morta

Folhas mirradas como pergaminhos
soltas ao vento como os versos meus
bailavam loucamente pelos caminhos
como farrapos a dizer adeus

Das débeis folhas lamentei a sorte
mas reflecti depois de estar sereno
que bailar à mercê de quem é forte
é sempre a sina de quem é pequeno

Desde então meu pobre pensamento
fugiu para não bailar ao abandono
como a folhagem que bailava ao vento
naquela pálida manhã de Outono.
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