São diversas, e nalguns casos tão desconcertantes as opiniões acerca da origem do fado, que em vez de a esclarecer adensaram ainda mais a questão.
O Fado Tradicional de Lisboa, peça singular do Património da Cidade de Lisboa, define-se na sua
forma e no seu
conteúdo.
Nascido nos contextos populares da Lisboa oitocentista, o Fado encontrava-se presente nos momentos de convívio e lazer.
O Teatro de Revista, género de teatro ligeiro tipicamente lisboeta nascido em 1851, cedo descobriu as potencialidades do fado que, a partir de 1870 integra os seus quadros musicais, para ali se projectar junto de um público mais alargado.
“Não sou historiadora, sou fadista, tenho 74 anos, canto há mais de 50 e tenho a quarta classe”, resumiu Maria da Fé quando lhe pedimos que comentasse as palavras de Rui Vieira Nery.
A poesia do fado é um mundo ecléctico, povoado por versejadores mais ou menos iletrados, poetas cultos, letristas, dramaturgos revisteiros, romancistas.