Mísia - Garras dos sentidos
Discos - Novembro 25, 2006
Estávamos
em 1998: o Fado em franca renovação. Um novo sopro de vozes surgia, procurava
afirmar-se com novas ideias, novas músicas, novos contornos…
De Mísia, já o grande público ouvia a voz desde 1990; conhecia-lhe o rosto, o
estilo irreverente, o gosto pela exploração de novos caminhos.
Foi então que, ao 4º álbum, esta artista portuense (há muito radicada em Barcelona) nos apresentou algo de inédito entre a apelidada nova geração de fadistas: um disco completamente construído sobre as músicas do fado tradicional. Graças à sensibilidade, ao bom gosto e ao requintado trabalho empregues por todos os que construíram Garras dos Sentidos, chegou-nos às mãos - e, mais importante, aos ouvidos – um punhado de poemas belíssimos, escritos por consagrados autores portugueses, e cantados em alguns dos mais belos fados tradicionais.
Os arranjos de Ricardo Dias (alguns deles, por sinal, podem reescutar-se no novo disco de Cristina Branco…), Custódio Castelo e António Chaínho, com as colaborações de Marino de Freitas, Carlos Manuel Proença - já na altura o mais genial violista de fado de que há memória! -, Mário Franco e Manuel Rocha, deram aos nossos já conhecidos Carriche ou Franklin uma outra imagem, com sons diferentes e emoções novas… (pessoalmente, considero o fado Menor e o fado Tango absolutamente imperdíveis!...)
Para além da música, temos ainda… 10 poemas inéditos da autoria de alguns dos mais relevantes escritores portugueses! De António Botto a José Saramago, passando por Fernando Pessoa, Agustina Bessa-Luís, Mário Cláudio, Natália Correia, Lídia Jorge, Mário de Sá-Carneiro,… podemos ouvir e saborear as palavras sabiamente escolhidas por estes grandes poetas, e assim sentir mais uma vez a riqueza e a melodia da nossa mui bela língua Portuguesa, dentro da melodia das cordas da Guitarra.
Com o acordeão, o piano, os violinos e violoncelos, foi em Garras dos Sentidos que contemplamos o primeiro de – ainda – poucos discos de Fado feitos de Fado puro e genuíno…
Não fosse o já reconhecido arrojo de Mísia, e nunca o Fado teria recebido um presente destes… feito só de si mesmo.
Foi então que, ao 4º álbum, esta artista portuense (há muito radicada em Barcelona) nos apresentou algo de inédito entre a apelidada nova geração de fadistas: um disco completamente construído sobre as músicas do fado tradicional. Graças à sensibilidade, ao bom gosto e ao requintado trabalho empregues por todos os que construíram Garras dos Sentidos, chegou-nos às mãos - e, mais importante, aos ouvidos – um punhado de poemas belíssimos, escritos por consagrados autores portugueses, e cantados em alguns dos mais belos fados tradicionais.
Os arranjos de Ricardo Dias (alguns deles, por sinal, podem reescutar-se no novo disco de Cristina Branco…), Custódio Castelo e António Chaínho, com as colaborações de Marino de Freitas, Carlos Manuel Proença - já na altura o mais genial violista de fado de que há memória! -, Mário Franco e Manuel Rocha, deram aos nossos já conhecidos Carriche ou Franklin uma outra imagem, com sons diferentes e emoções novas… (pessoalmente, considero o fado Menor e o fado Tango absolutamente imperdíveis!...)
Para além da música, temos ainda… 10 poemas inéditos da autoria de alguns dos mais relevantes escritores portugueses! De António Botto a José Saramago, passando por Fernando Pessoa, Agustina Bessa-Luís, Mário Cláudio, Natália Correia, Lídia Jorge, Mário de Sá-Carneiro,… podemos ouvir e saborear as palavras sabiamente escolhidas por estes grandes poetas, e assim sentir mais uma vez a riqueza e a melodia da nossa mui bela língua Portuguesa, dentro da melodia das cordas da Guitarra.
Com o acordeão, o piano, os violinos e violoncelos, foi em Garras dos Sentidos que contemplamos o primeiro de – ainda – poucos discos de Fado feitos de Fado puro e genuíno…
Não fosse o já reconhecido arrojo de Mísia, e nunca o Fado teria recebido um presente destes… feito só de si mesmo.
Patrícia Costa
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Não se discute fado, sente-se. Estranho, no entanto, não falarem do Carvalhinho junior… ou será que é mesmo uma questão de preferências pessoais e não de técnica de interpretação? Citação