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Respirou-se fado autêntico na Noite de Fado de Avilés

Archive - Outubro 25, 2008
Os artistas convidados para a Noite de Fado eram desconhecidos, no entanto dizia o programa "eram fadistas" e isso é quanto baste para quem gosta de fado.



Casa de la Cultura - Avilés (Espanha) - 24/10/08

Os artistas convidados para a Noite de Fado eram desconhecidos, no entanto dizia o programa "eram fadistas" e isso é quanto baste para quem gosta de fado. O fado pode acontecer em qualquer momento, em qualquer lugar, sempre que se toque a guitarra e a viola, se cantem os bons poetas portugueses e o público se envolva e emocione.

E o fado aconteceu em Avilés, se aconteceu... Não no principio, pois a guitarrada inicial que seria dispensável, soou um tanto ou quanto deslocada, assim como o primeiro fado-canção interpretado pela experiente fadista do Porto, Leonor Santos - com traje comprido, escuro e xaile, como mandam os cânones castiços - mas logo começou a animar a noite com o clássico "Maria Madalena"-"aquela que mais amou foi Maria Madalena..." e prosseguiu em crescendo de qualidade e emoção, também com a interpretação do "Fado Lopes" por Jorge Fernando, de voz profunda e tão escura como o traje e o laço de fadista de raça, e aspecto de verdadeiro bairrista de Lisboa.

 

Seguiu-se o mais jovem dos três fadistas do programa, Diogo Rocha, um fadista que ganhou algumas distinções na Grande Noite do Fado e que agora actua entre outros locais na casa de fados "Coimbra do Choupal" em Paris. É um fadista com nervo, simpático com boa voz, que sabe estilar os fados castiços, como "Senhora do livramento"-"livrai-me deste tormento de não vê-la em tantos dias". Foram geniais os fados que têm por tema a "mãe", "Minha mãe" de Linhares Barbosa que cantou em duo à desgarrada com Jorge Fernando e "Três vidas, um coração", que emocionou um público até então já entusiasmado.

 

A guitarrada que se seguiu - Variações, de Armandinho - com Fernando Silva na guitarra portuguesa e Miguel Ramos na viola, foi envolvente, harmoniosa, brilhante, com alguns momentos de um autêntico virtuosismo... os aplausos atingiram o seu máximo e fez-se ouvir o tradicional- bravo!. De novo Diogo Rocha, interpretou o fado corrido "Não tenhas medo de Alfama" e os três acabaram com "Quadras soltas" na música do Fado Mouraria com a força, o calor e a paixão de uma excelente noite fadista.

Angel Garcia Prieto
Asociación de Amigos del Fado de Asturias
Tradução e adaptação : Portal do Fado

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