Katia Guerreiro - Fado
Records - Novembro 20, 2008
O início da compilação deste novo
disco parte de um fado que venho a apresentar em espectáculo há mais de
um ano "Eu queria cantar-te um fado", tão bem interpretado pela grande
voz de Portugal, Amália.
Este foi o tema que me impeliu para a gravação
de tudo o que vos apresento nesta obra que decidi chamar de FADO, e
apenas FADO, porque no fundo é o tema central dos poemas que canto, ou
porque falam de alguma forma do fado ou porque focam temas que
identifico no fado, ou ainda porque quase metade do disco são fados
tradicionais.
Há algum tempo guardei um poema que um dia gostaria de cantar, escrito por alguém que desconhecia totalmente, mas que ao mostrá-lo a várias pessoas afinal foi apenas um nome esquecido da poesia portuguesa, Fernando Tavares Rodrigues. Ao conhecer a sua história de vida, decidi homenageá-lo e para isso contei com a ajuda de sua mãe que me enviou a sua obra completa. Dele escolhi dois poemas maravilhosos no meio de tantos outros apaixonantes, MUNDO e PONHAM FLORES NA MESA, que canto sobre dois fados tradicionais. Um dos seus grandes amigos, Manuel Carmo juntou-se a mim nesta homenagem e por isso a existência de uma edição especial que vos oferece uma serigrafia da autoria de Manuel Carmo que faz um tributo a este homem intenso que nos deixou a sentir tudo quanto escreveu sobre o seu amor na vida.
Como sempre mergulhei na poesia, e foi nela que procurei inspiração para transmitir o que tinha para dizer. Desta vez foi, para além de Fernando Tavares Rodrigues, foram António Gedeão e Florbela Espanca quem mais me seduziram, mas tantos outros me passaram pelas mãos e pela voz, e que certamente irão fazer parte do meu futuro. Não podia deixar de ter a minha sempre companheira e amiga Maria Luísa Baptista, João Veiga, Paulo Valentim e Rodrigo Serrão que estão na minha voz há tanto tempo. Eu própria escrevi sobre o que faço, e com a música de Rui Veloso saiu A VOZ DA POESIA.
Pela primeira vez procurei mais compositores do que poetas contemporâneos e fui buscá-los ao fado, Pedro Pinhal, na ESTRANHA PAIXÃO, Rui Veloso n'A VOZ DA POESIA e Mário Pacheco, em A NOSSA GENTE, O NOSSO FADO, para além do trio de músicos que me acompanham e oferecem a sua autenticidade musical neste mistério a que chamamos fado.
Como surpresa, surge um Fado em francês, de Charles Aznavour, LISBOA. Uma história de amor entre Aznavour e a cidade, sobre a angústia de deixar Lisboa e toda sua magia envolvente. Identifico-me com o sentimento de Aznavour, e sinto saudade em cada viagem, em cada concerto longe da cidade que me acolhe em cada regresso a casa. Canto este tema também em agradecimento ao público francófono que me segue desde o início desta minha aventura que abraço com cada vez mais vontade.
Este é também um tributo ao Fado Tradicional e aos seus autores. Porque o Fado não pode deixar de ser Fado, porque foi por ele que comecei a cantar, e é nesse Fado que sempre cantarei.
Há algum tempo guardei um poema que um dia gostaria de cantar, escrito por alguém que desconhecia totalmente, mas que ao mostrá-lo a várias pessoas afinal foi apenas um nome esquecido da poesia portuguesa, Fernando Tavares Rodrigues. Ao conhecer a sua história de vida, decidi homenageá-lo e para isso contei com a ajuda de sua mãe que me enviou a sua obra completa. Dele escolhi dois poemas maravilhosos no meio de tantos outros apaixonantes, MUNDO e PONHAM FLORES NA MESA, que canto sobre dois fados tradicionais. Um dos seus grandes amigos, Manuel Carmo juntou-se a mim nesta homenagem e por isso a existência de uma edição especial que vos oferece uma serigrafia da autoria de Manuel Carmo que faz um tributo a este homem intenso que nos deixou a sentir tudo quanto escreveu sobre o seu amor na vida.
Como sempre mergulhei na poesia, e foi nela que procurei inspiração para transmitir o que tinha para dizer. Desta vez foi, para além de Fernando Tavares Rodrigues, foram António Gedeão e Florbela Espanca quem mais me seduziram, mas tantos outros me passaram pelas mãos e pela voz, e que certamente irão fazer parte do meu futuro. Não podia deixar de ter a minha sempre companheira e amiga Maria Luísa Baptista, João Veiga, Paulo Valentim e Rodrigo Serrão que estão na minha voz há tanto tempo. Eu própria escrevi sobre o que faço, e com a música de Rui Veloso saiu A VOZ DA POESIA.
Pela primeira vez procurei mais compositores do que poetas contemporâneos e fui buscá-los ao fado, Pedro Pinhal, na ESTRANHA PAIXÃO, Rui Veloso n'A VOZ DA POESIA e Mário Pacheco, em A NOSSA GENTE, O NOSSO FADO, para além do trio de músicos que me acompanham e oferecem a sua autenticidade musical neste mistério a que chamamos fado.
Como surpresa, surge um Fado em francês, de Charles Aznavour, LISBOA. Uma história de amor entre Aznavour e a cidade, sobre a angústia de deixar Lisboa e toda sua magia envolvente. Identifico-me com o sentimento de Aznavour, e sinto saudade em cada viagem, em cada concerto longe da cidade que me acolhe em cada regresso a casa. Canto este tema também em agradecimento ao público francófono que me segue desde o início desta minha aventura que abraço com cada vez mais vontade.
Este é também um tributo ao Fado Tradicional e aos seus autores. Porque o Fado não pode deixar de ser Fado, porque foi por ele que comecei a cantar, e é nesse Fado que sempre cantarei.
Katia Guerreiro
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