Ana Marta - Nossos olhares
Records - Dezembro 20, 2008
Castiça
sem dúvida, será a primeira expressão que se ouvirá depois de escutar o
mais recente álbum de Ana Marta, uma jovem fadista de Alfama...
que não
renega as suas origens e antes as valoriza de modo a que a sua
interpretação resulte autêntica. Ana Marta, que estará na casa dos 20
anos, não procura embaraços intelectuais e canta o que sente e o que
entende, equação perfeita para o óptimo resultado que é este seu novo
disco intitulado “Nossos olhares”.
Voz clara e forte, dicção correcta, e compasso, Ana Marta imprime o seu ritmo e a sua interpretação a cada fado, mesmo que o tenhamos já ouvido noutras vozes, casos de “Alfama” de Ary dos Santos e Oulman ou “Não chames pela saudade” um característico tema de Joaquim Campos e Joaquim Pimentel. Já agora por referir autores, há um erro na referência ao autor de “O fado não é isso”. Trata-se de um fado muito bem cantado e muito apropriado para o seu tipo de voz, mas cujo autor é Carlos Conde e não João Linhares Barbosa como se refere, sendo a música correctamente atribuída a Túlio Pereira.
De salientar que dos 10 fados escolhidos cinco são inéditos, assinados por um dos consagrados intérpretes nacionais, António Rocha. Escolher entre eles é difícil, mas regista-se a qualidade de que o fado na sua vertente poética quotidiana está de bom saúde. São de grande qualidade as letras de Rocha, bem defendidas por Ana Marta e bem “metidas” nos fados tradicionais. Referência também para o bom acompanhamento de Ângelo Freira na guitarra portuguesa, actualmente a tocar com Mariza, Miguel Ramos na viola (bravo!)e Daniel Pinto na viola baixo.
Um disco excelente que mostra que a menina de Alfama parece agora estar a trilhar um melhor caminho afastando-se de modelos e afirmando-se como cantandeira.
Voz clara e forte, dicção correcta, e compasso, Ana Marta imprime o seu ritmo e a sua interpretação a cada fado, mesmo que o tenhamos já ouvido noutras vozes, casos de “Alfama” de Ary dos Santos e Oulman ou “Não chames pela saudade” um característico tema de Joaquim Campos e Joaquim Pimentel. Já agora por referir autores, há um erro na referência ao autor de “O fado não é isso”. Trata-se de um fado muito bem cantado e muito apropriado para o seu tipo de voz, mas cujo autor é Carlos Conde e não João Linhares Barbosa como se refere, sendo a música correctamente atribuída a Túlio Pereira.
De salientar que dos 10 fados escolhidos cinco são inéditos, assinados por um dos consagrados intérpretes nacionais, António Rocha. Escolher entre eles é difícil, mas regista-se a qualidade de que o fado na sua vertente poética quotidiana está de bom saúde. São de grande qualidade as letras de Rocha, bem defendidas por Ana Marta e bem “metidas” nos fados tradicionais. Referência também para o bom acompanhamento de Ângelo Freira na guitarra portuguesa, actualmente a tocar com Mariza, Miguel Ramos na viola (bravo!)e Daniel Pinto na viola baixo.
Um disco excelente que mostra que a menina de Alfama parece agora estar a trilhar um melhor caminho afastando-se de modelos e afirmando-se como cantandeira.
Inez Benamor
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