Prémios Amália com pouca afluência
A Fundação Amália Rodrigues convidou governantes e dirigentes da Administração Pública para dar prémios a artistas e a uma instituição que se distinguiram na área.
Muitos dos escolhidos trabalharam numa certa inovação da ‘canção de Lisboa’, envolvendo-a com novas sonoridades, mas um prémio para o Museu do Fado – já com uma década de existência – parece de tal modo inusitado que reflecte como é difícil escolher personalidades neste campo.
O espectáculo, que numa árida praça de toiros nunca atingiu o calor e a intimidade tão queridos ao fado, teve por cenário um enorme coração de filigrana vermelha criado por Joana Vasconcelos e expressivas imagens de arquivo da desaparecida e querida cantora. Curiosamente, a música começou com uma grande e madura fadista, Alexandra, e terminou com uma das poucas cantoras da ‘nova geração’ que Amália Rodrigues apreciava: Teresa Salgueiro.
DETALHES
PRÉMIOS SENTIMENTAIS
Os prémios com maior significado sentimental foram para Vicente da Câmara (Carreira) e Cristina Nóbrega (Revelação).
DUAS AUSÊNCIAS
Aldina Duarte (Composição) e José Manuel Neto (Instrumentista), dois dos premiados, não compareceram no Campo Pequeno.
DAR CORPO A AMÁLIA
Joana Amendoeira venceu no Melhor Álbum, enquanto Alexandra e Sandra Barata Belo foram premiadas pelo musical de La Féria e por ‘Amália - O Filme’.