Maria Armanda


Gravou no ano seguinte, o seu primeiro trabalho discográfico, o EP O Meu Soldadinho.
Por esta altura participou em festivais, como o de Espinho e no Festival da Figueira da Foz, no ano de 1969, interpretando o tema da autoria de António José e Ferrer Trindade, "Sombras da Madrugada", acabando por arrecadar um terceiro lugar.
O primeiro álbum surgiu em 1972, Maria Armanda. Este disco contém fados inéditos de vários compositores.
Já em 1979, estreou-se no teatro, no palco do Teatro Laura Alves, em Lisboa, tendo surgido, 15 dias depois da sua estreia, dois convites para actuar no Parque Mayer. Mês e meio depois, estava no Teatro Maria Vitória, como atracção na revista "Rei, Capitão, Soldado, Ladrão". Nos anos seguintes marcaria presença em mais duas revistas, "Mais Vale Só Que Mal Acompanhada" e "Ó Patego Olha o Balão", tendo actuado na última revista de Ivone Silva com Camilo de Oliveira. Voltaria à "revista" em 2001, participando na peça "Tem a Palavra a Revista".
Os seus primeiros êxitos foram "O Meu Soldadinho", de 1967, "Só Porque Desenhaste A Rosa Branca", "Mulher De Qualquer Povo da Terra" e um dos seus maiores sucessos de sempre, "Mãe Solteira", incluído no segundo LP, Vai Um Fado Ou Um Fadinho?, lançado em 1982 pela editora Rádio Triunfo (mais tarde em CD pela Movieplay, na Série Ouro) e que continha várias composições de José Carlos Ary dos Santos.
Logo dois anos depois, em 1984, o álbum "Pão Caseiro" foi editado pela Valentim de Carvalho, contendo temas inéditos escritos por Ary dos Santos, que falecera no início desse ano, sendo que todas as músicas do disco são da responsabilidade de Nuno Nazareth Fernandes.
A fadista marcou presença em espectáculos da Europália realizados na Bélgica, ao lado de Carlos do Carmo.
Já na década de 90, em 1993, saiu o seu terceiro álbum, Simplesmente Maria Armanda, um disco editado pela Discossete e, dois anos depois, já pela Editora Strauss, o seu quarto trabalho, Pedrito de Portugal, com a autoria do tema homónimo a pertencer a Mário Rainho e Fontes Rocha. Este álbum contém ainda versões de alguns fados já consagrados, como "Naufrágio", "O Que Sobrou Da Mouraria" e "Cidade".
Sendo "alfacinha, não poderia passar ao lado da Marchas Populares, chegando a participar com outras artistas (Ada de Castro, Alice Amaro, Anita Guerreiro, Carolina Tavares, Deolinda Rodrigues, Fernanda Batista, Fernanda Maria, Maria Amélia Canossa, Maria da Nazaré, Maria José Valério, Mariette Pessanha, Marina Rosa, Rosita, Teresinha) no lançamento de 1999, da Discossete Vários - Grandes Marchas Populares.
A partir do ano 2000, Maria Armanda faz parte de um grupo com outras fadistas (Alice Pires, Lenita Gentil e Teresa Tapadas,) intitulado Entre Vozes, que acabaria por editar 3 álbuns, todos com etiqueta da pela editora Vidisco. Em 2001 o primeiro, Homenagem que, com alguns dos seus temas, presta homenagem a quatro grandes fadistas falecidos: Max, Tristão da Silva, Francisco José e Vasco Rafael. Em 2002 o segundo, Homenagem II que, para além de fazer uma primeira incursão pelas Marchas Populares através de composições de Raúl Ferrão e Nóbrega e Sousa, desta vez presta homenagem a quatro grandes mulheres fadistas falecidas: Amália Rodrigues, Hermínia Silva, Helena Tavares e Lucília do Carmo Por fim, ainda em 2003, sai o terceiro trabalho, Marchas Populares, que, para além de visitar os autores do disco anterior, inclui uma incursão pelos trabalhos de Dâmaso Queimado.
Em 2004, Maria Armanda integrou novo grupo de 4 fadistas, denominado de Quatro Cantos, novamente com Teresa Tapadas mas agora com as vozes masculinas de António Pinto Basto e José da Câmara. Os temas interpretados por esta formação nasceram na sua maioria entre os anos 20 e os finais dos anos 60 do século passado, servindo de tributo, entre outros grandes nomes da música portuguesa, a Amália Rodrigues, Hermínia Silva, Tony de Matos, Carlos do Carmo, Fernando Farinha, Frei Hermano da Câmara, Max, Lucília do Carmo. O primeiro álbum saiu em 2004 e chamou-se 5 Décadas de Fado, também editado em DVD, seguindo-se Afinidades em 2005, e um DVD, Do Presente ao Passado no Fado, todos com etiqueta Vidisco. Em 2006 sai o DVD Do Presente ao Passado no Fado.
Actuou regularmente em várias Casas de Fado como o "Senhor Vinho", no "Clube de Fado João da Praça" ou no Restaurante "Guitarras de Lisboa", em Alfama.