Portal do Fado foi à conversa com "A voz da Póvoa"
Archive - Setembro 17, 2009
O Portal do Fado não pára de crescer. E como tal é dificil passar despercebido. Desta vez fomos à conversa com um jornal local "A voz da Póvoa", sediado na Póvoa de Varzim.
Sérgio Miranda nasceu em Aver-o-Mar, em 1973. Licenciado em Design Gráfico é autor da banda sonora do filme Mustang, realizado por Leonel Vieira e exibido na SIC em 2000. Em 2006, com Miguel Amaral criou em: www.portaldofado.net um sítio onde pode encontrar o maior número possível de conteúdos ligados ao fado.
A Voz da Póvoa - Como nasceu a ideia de criar o Portal do Fado?
Sérgio Miranda - 0 meu amigo Miguel Amaral, que toca guitarra portuguesa, descobriu que na Internet pouco ou nada havia sobre fado. Em três anos o Portal cresceu imenso: fórum de opinião, criticas a discos, eventos, agenda, um directório de fado, secção de links e uma loja Online onde artistas que não tem distribuidora podem colocar os discos à venda. São muitos os conteúdos a visitar.
A.V.P. - Quando é que começaram a sentir o Portal despertar interesse?
S.M. - Com o engrandecimento do Portal, em termos de conteúdos e de visibilidade, começamos a receber discos de fadistas, a ser procurados para fazer parcerias com casas de espectáculos e, editoras para promover lançamentos. Começamos também a receber artigos de opinião, ou de carácter geral sobre o fado. As visitas foram sempre crescendo.
A.V.P. - Quais são as palavras-chave mais procuradas para chegar ao Portal?
S.M. - Casas de fado. Daí pensar que o Portal pode ajudar a rentabilizar o negócio destas casas e o turismo. Muitas das solicitações são de pessoas que estão a pensar vir a Portugal, mais propriamente a Lisboa. Perguntam onde é que se pode comer bem e ouvir fado. Como estamos a ter uma boa projecção lá fora, estamos a pensar fazer uma edição do portal em Inglês, para facilitar as visitas de estrangeiros.
A.V.P. - Houve também uma preocupação em divulgar a história do Fado?
S.M. - Para compreender o fado tem que saber da sua história. Colocamos biografias de fadistas que foram fundamentais para enraizar e engrandecer o fado. Temos artigos a esclarecer as origens do fado. As pessoas que investigam são unanimes em considerar que a origem do fado é um bocado dúbia, não sabem dizer como e onde começou exactamente.
A.V.P. - Também recebem informação do estrangeiro sobre fado?
S.M. - Recebemos principalmente das comunidades emigrantes onde o fado acontece, Suíça, Canadá, França. As pessoas vão enviando artigos sobre os concertos e eventos para a agenda. Por cá, em aldeias ou lugarejos, existem casas onde o fado amador acontece e nos interessa promover. Lugares onde as estrelas nunca irão.
A.V.P. - O Portal colabora na candidatura do Fado a Património Imaterial da Humanidade?
S.M. - A candidatura vai ser formalizada no primeiro semestre de 2010. Temos dado notícias do desenrolar do processo. Com base naquilo que foi o filme Fados, onde foi apresentada uma visão muito pessoal sobre o fado, misturando a Bossa Nova e o Rap, numa roupagem muito moderna do fado, as pessoas estão um bocado na dúvida que tipo de fado vai ser apresentado à UNESCO.
A.V.P. - Esta ligação ao fado poderá levá-lo a novas sonoridades?
S.M. - Nos últimos anos têm aparecido projectos a piscar o olho ao fado, como os Naifa, Deolinda ou Oquestrada. Como têm uma sonoridade mais Pop fazem com que o bichinho do fado possa ser despertado nas novas gerações que podem deixar de pensar o fado como uma coisa melancólica. Eu estou um pouco afastado da música no sentido criativo. Se um dia regressar, o fado é bem capaz de influenciar.
A Voz da Póvoa - Como nasceu a ideia de criar o Portal do Fado?
Sérgio Miranda - 0 meu amigo Miguel Amaral, que toca guitarra portuguesa, descobriu que na Internet pouco ou nada havia sobre fado. Em três anos o Portal cresceu imenso: fórum de opinião, criticas a discos, eventos, agenda, um directório de fado, secção de links e uma loja Online onde artistas que não tem distribuidora podem colocar os discos à venda. São muitos os conteúdos a visitar.
A.V.P. - Quando é que começaram a sentir o Portal despertar interesse?
S.M. - Com o engrandecimento do Portal, em termos de conteúdos e de visibilidade, começamos a receber discos de fadistas, a ser procurados para fazer parcerias com casas de espectáculos e, editoras para promover lançamentos. Começamos também a receber artigos de opinião, ou de carácter geral sobre o fado. As visitas foram sempre crescendo.
A.V.P. - Quais são as palavras-chave mais procuradas para chegar ao Portal?
S.M. - Casas de fado. Daí pensar que o Portal pode ajudar a rentabilizar o negócio destas casas e o turismo. Muitas das solicitações são de pessoas que estão a pensar vir a Portugal, mais propriamente a Lisboa. Perguntam onde é que se pode comer bem e ouvir fado. Como estamos a ter uma boa projecção lá fora, estamos a pensar fazer uma edição do portal em Inglês, para facilitar as visitas de estrangeiros.
A.V.P. - Houve também uma preocupação em divulgar a história do Fado?
S.M. - Para compreender o fado tem que saber da sua história. Colocamos biografias de fadistas que foram fundamentais para enraizar e engrandecer o fado. Temos artigos a esclarecer as origens do fado. As pessoas que investigam são unanimes em considerar que a origem do fado é um bocado dúbia, não sabem dizer como e onde começou exactamente.
A.V.P. - Também recebem informação do estrangeiro sobre fado?
S.M. - Recebemos principalmente das comunidades emigrantes onde o fado acontece, Suíça, Canadá, França. As pessoas vão enviando artigos sobre os concertos e eventos para a agenda. Por cá, em aldeias ou lugarejos, existem casas onde o fado amador acontece e nos interessa promover. Lugares onde as estrelas nunca irão.
A.V.P. - O Portal colabora na candidatura do Fado a Património Imaterial da Humanidade?
S.M. - A candidatura vai ser formalizada no primeiro semestre de 2010. Temos dado notícias do desenrolar do processo. Com base naquilo que foi o filme Fados, onde foi apresentada uma visão muito pessoal sobre o fado, misturando a Bossa Nova e o Rap, numa roupagem muito moderna do fado, as pessoas estão um bocado na dúvida que tipo de fado vai ser apresentado à UNESCO.
A.V.P. - Esta ligação ao fado poderá levá-lo a novas sonoridades?
S.M. - Nos últimos anos têm aparecido projectos a piscar o olho ao fado, como os Naifa, Deolinda ou Oquestrada. Como têm uma sonoridade mais Pop fazem com que o bichinho do fado possa ser despertado nas novas gerações que podem deixar de pensar o fado como uma coisa melancólica. Eu estou um pouco afastado da música no sentido criativo. Se um dia regressar, o fado é bem capaz de influenciar.
José Peixoto
www.vozdapovoa.com
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