Coimbra e o fado À Capella
Archive - Outubro 30, 2009
Cai a noite em
Coimbra, mas num pequeno templo do século XIV o fado não dorme. O
espaço, agora com ressonâncias pagãs, é a excepção diária na cidade
onde o fado alimenta a alma.
Ali, temas tradicionais e modernos da
canção coimbrã são tocados ao vivo. É o delírio para os turistas e para
os amantes dos acordes e das vozes "vestidas" de capa e batina.
Este é o único local em Coimbra onde, contra a corrente e apesar de algumas experiências esporádicas, o fado renasce, dia após dia. Onde é possível petiscar umas tábuas de queijos ou de presunto, beber vinho, sangria e cocktails variados. Tudo, com um serviço aprimorado e cuidado de hotelaria.
O piano surge altaneiro no arco do altar e, em baixo, numa tela, surgem imagens de uma cultura estudantil, onde se projecta um DVD com o repertório do Quinteto de Coimbra legendado em inglês.
Nuno Botelho, intérprete de guitarra clássica e um dos gerentes deste espaço, explica esta aposta realizada há três anos: "A cidade estava a precisar de uma casa para divulgar a canção coimbrã e, desde a criação do À Capella assumimos o compromisso de ter fado cantado e tocado ao vivo todos os dias do ano."
Diminui a intensidade das luzes na sala para mais uma parte do espectáculo. Nuno Botelho faz um intervalo na conversa para se sentar na cadeira, tocando viola. O templo sagrado, agora usado para fins profanos, foi recuperado com a assinatura dos arquitectos Ângelo Ramalhete, Maria Manuela Ataíde e Pedro Taborda, deixando à vista alguns elementos medievais recuperados.
O ambiente é descontraído onde outrora foi a Capela de Nossa Senhora da Vitória, que agora atrai milhares de turistas por ano. A lotação para 80 pessoas quase todos os dias esgota. Já ali actuaram Vitorino, Paulo de Carvalho, e, sempre que possível, outras vozes, para além das do Quinteto de Coimbra, atravessam aqueles grossas paredes na Rua Corpo de Deus
Neste espaço de inspiração divina, durante a tarde, para além do serviço normal de cafetaria, funciona também uma sala de aprendizagem de guitarra e canto, versatilidade que dá uma vida própria a esta capela. "O fado de Coimbra, ao contrário do de Lisboa, viveu muitos anos enclausurado nas suas próprias vivências, mas se observarmos Carlos Paredes seguiu novos movimentos", nota.
Os cinco mentores deste projecto estão juntos há 17 anos. Nuno Botelho e Pedro Lopes (guitarras clássicas), António Ataíde e Patrick Mendes (vozes) e Ricardo Dias (guitarra portuguesa) são, para além dos espectáculos do Quinteto de Coimbra, os únicos que fazem desta casa de fados um centro cultural das raízes coimbrãs.
Este é o único local em Coimbra onde, contra a corrente e apesar de algumas experiências esporádicas, o fado renasce, dia após dia. Onde é possível petiscar umas tábuas de queijos ou de presunto, beber vinho, sangria e cocktails variados. Tudo, com um serviço aprimorado e cuidado de hotelaria.
O piano surge altaneiro no arco do altar e, em baixo, numa tela, surgem imagens de uma cultura estudantil, onde se projecta um DVD com o repertório do Quinteto de Coimbra legendado em inglês.
Nuno Botelho, intérprete de guitarra clássica e um dos gerentes deste espaço, explica esta aposta realizada há três anos: "A cidade estava a precisar de uma casa para divulgar a canção coimbrã e, desde a criação do À Capella assumimos o compromisso de ter fado cantado e tocado ao vivo todos os dias do ano."
Diminui a intensidade das luzes na sala para mais uma parte do espectáculo. Nuno Botelho faz um intervalo na conversa para se sentar na cadeira, tocando viola. O templo sagrado, agora usado para fins profanos, foi recuperado com a assinatura dos arquitectos Ângelo Ramalhete, Maria Manuela Ataíde e Pedro Taborda, deixando à vista alguns elementos medievais recuperados.
O ambiente é descontraído onde outrora foi a Capela de Nossa Senhora da Vitória, que agora atrai milhares de turistas por ano. A lotação para 80 pessoas quase todos os dias esgota. Já ali actuaram Vitorino, Paulo de Carvalho, e, sempre que possível, outras vozes, para além das do Quinteto de Coimbra, atravessam aqueles grossas paredes na Rua Corpo de Deus
Neste espaço de inspiração divina, durante a tarde, para além do serviço normal de cafetaria, funciona também uma sala de aprendizagem de guitarra e canto, versatilidade que dá uma vida própria a esta capela. "O fado de Coimbra, ao contrário do de Lisboa, viveu muitos anos enclausurado nas suas próprias vivências, mas se observarmos Carlos Paredes seguiu novos movimentos", nota.
Os cinco mentores deste projecto estão juntos há 17 anos. Nuno Botelho e Pedro Lopes (guitarras clássicas), António Ataíde e Patrick Mendes (vozes) e Ricardo Dias (guitarra portuguesa) são, para além dos espectáculos do Quinteto de Coimbra, os únicos que fazem desta casa de fados um centro cultural das raízes coimbrãs.
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