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Celeste Rodrigues

Fadistas - Actualizado em Março 07, 2019
Estreou-se como fadista profissional em 1951 no Casablanca, mas Celeste Rodrigues cantava desde garota.


Cantava por gosto e continua, pelo amor que tem ao fado. Afirma que se tivesse que deixar de cantar seria uma grande tristeza. Uma criança reguila e muito activa, que subia árvores e praticava desportos, teve o seu primeiro emprego aos 9 anos a descascar e enlatar ervilhas ao lado dos outros irmãos. Aos 17 anos surgiu o primeiro amor. Um cavaleiro tauromáquico, Zé Casimiro.

 

Em 1945 parte com a irmã (Amália Rodrigues) para o Brasil, integrada num espectáculo de revista à portuguesa (Boa Nova) e uma opereta (Rosa Cantadeira), para representar os papeis da sua irmã em Lisboa.

 

Aos 25 anos apaixona-se pelo seu primeiro e único marido, o actor Varela Silva. Celeste afirma que este era um poço de virtudes, com apenas um defeito, a vaidade. Lembra as discussões que tinham quando era para sair à rua, Varela queria que Celeste se pintasse por ser uma artista, e Celeste respondia-lhe que apenas era artista nos palcos.

 

Na década de 50 abrem uma casa de fados na rua das Taipas – A Viela. Uns anos depois as portas da Viela fecham-se e passa a cantar na Parreirinha de Alfama ao lado de Argentina Santos.

 

Aos 45 anos, década de 60, Celeste prova a sua grande coragem e generosidade doando um rim à irmã Odete Rodrigues que padecia de uma nefrite. Depois da revolução de Abril, vai 6 meses para o Canadá, e é nessa mesma época que se divorcia de Varela Silva. Do casamento resultaram duas filhas: Maria Rita e Maria José, actualmente a residirem nos EUA.


Em Julho de 2005 actua no Teatro Nacional S.João a convite de Ricardo Pais, no espectáculo Cabelo branco é saudade.

Em 2010, estreou o documentário sobre a sua vida, “Fado Celeste”, realizado pelo seu neto Diogo Varela Silva, e recebeu a Medalha de Prata da Cidade de Lisboa, no cinema S. Jorge. Em 2015, pelos seus 70 anos de carreira, a secção Heart Beat do Festival DocLisboa, abriu com uma remontagem do documentário, intitulado, apenas, “Celeste”.

Em 2012 o Presidente da República Aníbal Cavaco Silva condecorou-a com a Ordem do Infante D. Henrique, grau de comendador.

Demasiado agarrada à vida, Celeste sintetiza o que lhe vai na alma numa única expressão: Estou bem. Estou cheia. Rica de afectos.
Celeste Rodrigues faceleu no dia 01 de Agosto de 2018. Tinha 95 anos.
Catarina Rocha

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