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Alcino Frazão

Músicos - Actualizado em Junho 02, 2020
Nasceu em 1961 na Parede e faleceu prematuramente num violento desastre de automóvel na Estra­da Marginal Lisboa-Cascais, em 1988.

A mãe cantava o Fado, o pai António Frazão, marceneiro de profissão e fadista de alma e coração, tinha em casa uma guitarra, e o Alcino desde muito miúdo começou a tocar as músicas que ouvia na telefonia. Os pais, sendo ele ainda muito miúdo, levavam-no ao Galito, com cerca de uns sete anos de idade, quando o conheci, era na altura em que o José Inácio tocava guitarra, acompanhado pelo Pirolito da Ericeira, que era simultaneamente o porteiro. Ora mal o José Inácio nos intervalos pousava a guitarra, logo o Alcino se agarrava a ela, e começava a dedilhar à sua maneira, o que já sabia.

Tal era a sua vocação e gosto pelo instrumento, ao qual se dedicou intensamente, permitindo que se estreasse profissionalmente a acompanhar o ir­mão, o fadista Carlos Zel. Fez a sua primeira gravação a solo aos 15 anos.
Cedo começou a ser contratado para guitarrista em diversos recintos de Fado.
Fez deslocações profissionais às Ilhas, Suíça, Brasil e Canadá, acompanhando fadistas de nomeada

Foi convidado para o grupo que acompanhava Amália, mas o seu sentido de respon­sabilidade levou-o a não aceitar por «não se sentir preparado».
Foi talvez dos pri­meiros guitarristas de uma nova geração cujo virtuosismo e espírito de inovação levou a gui­tarra ao acompanhamento de cantores como Paulo de Carvalho e Fernando Pereira, contri­buindo decisivamente para um novo enquadra­mento da guitarra entre músicos e intérpretes mais jovens e de outras áreas, que não exclusiva­mente o Fado.
Foi uma perda muito grande, pois teria decerto muito a dar à Guitarra Portuguesa e ao Fado.


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