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Celeste Rodrigues foi soberana em noite de estrelas

Arquivo - Dezembro 22, 2010
Celeste Rodrigues comemorou no Teatro São Luiz 65 anos de uma fabulosa carreira e para a festa não faltaram as estrelas que abrilhantaram a noite.

Coube a Fábia Rebordão a árdua tarefa de abrir o espectáculo, num acto súbito sem anuncio prévio, apenas com um excerto do belíssimo documentário “Fado Celeste”, de Diogo Varela, neto da homenageada.

Perceber-se-ia logo de seguida que o papel de cada um dos fadistas seria precisamente dar voz a um excerto do documentário, uma ideia interessante, mas que não resultou, pois trouxe quebra de ritmo ao espectáculo e perturbou a sua dinâmica. Muitas vezes surgia com atrasos, outras vezes a voz antecipava-se à imagem.

Fábia Rebordão, familiar da homenageada abriu com um tema do repertório de Celeste Rodrigues, “Gaivota perdida”, aliás todos os intervenientes cantaram pelo menos um tema do repertório da fadista, seguiu-se no palco Hélder Moutinho que poderia ter-se saído melhor em “O fado era uma reza”.
Ricardo Ribeiro que ainda recentemente esgotou o CCB, brilhou numa belíssima interpretação “Negra teia de enganos” e por isso ouviu da assistência “lindo” e “ah fadista”. Esteve muito bem também na interpretação de “Saudade vai-te embora”. Nesta altura a sala do S. Luiz “aqueceu”.

Jorge Fernando e Raquel Tavares que cantou o “Fado das queixas”, foram os senhores que se seguiram, antes da entrada de Mafalda Arnauth que revelou problemas de respiração, principalmente na interpretação de “O vira da minha rua”, mas revelou tecnicamente um bonito vibrato.

Camané foi o convidado seguinte... brilhou, apesar da estante que não o deixou solto na interpretação. Cantou, e cantou bem o tema “Escrevem os fados que canto” e um tema que o fascina desde sempre, “Praia de Outono”, de David Mourão Ferreira – brilhante!
Seguiu-se Tim, e aqui sentiu-se a ausência de Zé Pedro. O músico dos Xutos e Pontapés acompanhou e partilhou a interpretação de uma canção com Celeste Rodrigues que de forma soberana fechou o espectáculo, contente consigo mesmo e com os muitos aplausos do público.

Uma nota de referência para os músicos, que estiveram irrepreensíveis, nomeadamente Pedro Castro (guitarra portuguesa), José Manuel Neto (guitarra portuguesa) e a inconfundível viola de Carlos Manuel Proença.

Muita gente conhecida na assistência, onde se destacavam Luísa Moutinho, Tiago Torres da Silva, André Gago, João d’Ávila, Maria Amélia Proença. Maria da Fé, e o jornalista Nuno Lopes. Notadas as ausências da APAF que recentemente homenageou a fadista e também uma referenciada investigadora do Museu do Fado, numa sala que encheu por completo.

Outra ausência (ou passou-nos despercebido) foi a da RTP que tal como aconteceu com a homenagem a Fernanda Maria não registou o espectáculo. Onde anda o serviço público de televisão? Parabéns Celeste, esteve soberana numa noite fria em que ligeiramente faltou algum calor e acolhimento. Inez Benamor

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