O Fado por Carlos Saura
Archive - Fevereiro 27, 2007
A
“sinceridade e a honestidade” são a “força do Fado”, nas palavras de Carlos Saura, cujo próximo filme «Fados» tem como
matéria essa expressão do “sentir do carácter português”.
Depois de
aproximações pessoais a músicas como as sevilhanas, o flamenco ou o
tango, Saura vai agora “filmar” o fado, numa obra cuja ideia nasceu em
Portugal e que lhe permitiu, como indicou aos jornalistas, “visitar
Lisboa, passear por Alfama, estudar o fado”.
Saura demorou mais de dois anos em trabalho de investigação em Portugal, um país a que confessa sentir-se “muito unido”. A obra é idêntica a outras que anteriormente realizou, evitando um percurso linear e procurando, tanto retratar a realidade do fado em Portugal, como as suas origens em África e no Brasil. A investigação envolveu visitas a casas de Fado, muitas conversas com especialistas, a recolha de informações sobre os fadistas de “ontem”, como Amália Rodrigues, Marceneiro ou Lucília do Carmo, e os mais recentes, Mariza e Camané.
A sua lista de homenageados é longa e inclui também nomes como Cesária Évora, Chico Buarque, Caetano Veloso ou a mexicana Lila Downs.
O filme não é didáctico, nem cronológico, garante, preferindo notar que segue “ritmos” ligados pela música, por cores, pela dança ou por “sons globais”, o que, em seu entender, possibilitará traçar “um retrato das várias formas de entender o fado”.
Saura recordou o que disse serem as origens do Fado, com Maria Severa, observando, a propósito, que – tal como as sevilhanas, o tango ou o jazz também nasceu na primeira metade do século XIX.
São “sons recentes, que nascem em portos e tabernas, rodeados de uma aura de pecado”, comentou. Inicialmente, a obra deveria contar com a fotografia de Eduardo Serra, mas um outro projecto impediu este de participar no filme até ao fim. A responsabilidade acabou por recair em José Luís Lopes Linares.
Saura demorou mais de dois anos em trabalho de investigação em Portugal, um país a que confessa sentir-se “muito unido”. A obra é idêntica a outras que anteriormente realizou, evitando um percurso linear e procurando, tanto retratar a realidade do fado em Portugal, como as suas origens em África e no Brasil. A investigação envolveu visitas a casas de Fado, muitas conversas com especialistas, a recolha de informações sobre os fadistas de “ontem”, como Amália Rodrigues, Marceneiro ou Lucília do Carmo, e os mais recentes, Mariza e Camané.
A sua lista de homenageados é longa e inclui também nomes como Cesária Évora, Chico Buarque, Caetano Veloso ou a mexicana Lila Downs.
O filme não é didáctico, nem cronológico, garante, preferindo notar que segue “ritmos” ligados pela música, por cores, pela dança ou por “sons globais”, o que, em seu entender, possibilitará traçar “um retrato das várias formas de entender o fado”.
Saura recordou o que disse serem as origens do Fado, com Maria Severa, observando, a propósito, que – tal como as sevilhanas, o tango ou o jazz também nasceu na primeira metade do século XIX.
São “sons recentes, que nascem em portos e tabernas, rodeados de uma aura de pecado”, comentou. Inicialmente, a obra deveria contar com a fotografia de Eduardo Serra, mas um outro projecto impediu este de participar no filme até ao fim. A responsabilidade acabou por recair em José Luís Lopes Linares.
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