Henrique Rêgo
Letristas - Actualizado em Abril 22, 2011
Poeta popular, nasceu e morreu em Lisboa (1885-1963), cantador na
juventude, foi na poesia que se celebrizou, abordando temas bucólicos e
líricos.
Fez parte dos concílios poéticos muito na moda na época.
Foi quem mais versos escreveu para Alfredo Marceneiro
Alfredo Marceneiro tinha uma sensibilidade muito especial para escolher os fados que cantava, e a partir de certa altura eram os poetas que o assediavam para que interpretasse os seus poemas.
Dos muitos poetas que para ele escreveram, Henrique Rêgo foi decerto o que mais admirou. Mas no início desta relação houve um episódio que Alfredo relembrava:
Henrique Rêgo afirmou certo dia num "concílio poético" de fado:
— Que os versos só tinham valor e eram sentidos, quando escritos ou recitados, mas que nunca poderia senti-los quem os cantasse.
Alfredo Marceneiro ao ouvir tal afirmação, discordou firmemente e solicitou ao guitarrista Henrique Simas que o acompanhasser, e cantou um fado da autoria de Henrique Rêgo, Amor de Mãe.
Este ao ouvir os seus versos cantados com tal sentimento e intuição, comovido disse:
— Isto define um cantador... retiro o que tinha dito
Deve ter sido a partir desta altura, que amizade de ambos mais se cimentou, Henrique Rêgo veio a ser seu compadre, pois fez questão de ser padrinho de baptismo da sua filha Aida.
Certo dia perguntaram-lhe a sua opinião sobre Alfredo Marceneiro, ao que ele respondeu em verso:
Como existe compadrio
Ente mim e «Marceneiro»,
O meu maior elogio
É dizer, abertamente,
Que este fadista afamado
Enebria toda a gente
Que gosta de ouvir o Fado!... Alfredo Duarte Marceneiro
Foi quem mais versos escreveu para Alfredo Marceneiro
Alfredo Marceneiro tinha uma sensibilidade muito especial para escolher os fados que cantava, e a partir de certa altura eram os poetas que o assediavam para que interpretasse os seus poemas.
Dos muitos poetas que para ele escreveram, Henrique Rêgo foi decerto o que mais admirou. Mas no início desta relação houve um episódio que Alfredo relembrava:
Henrique Rêgo afirmou certo dia num "concílio poético" de fado:
— Que os versos só tinham valor e eram sentidos, quando escritos ou recitados, mas que nunca poderia senti-los quem os cantasse.
Alfredo Marceneiro ao ouvir tal afirmação, discordou firmemente e solicitou ao guitarrista Henrique Simas que o acompanhasser, e cantou um fado da autoria de Henrique Rêgo, Amor de Mãe.
Este ao ouvir os seus versos cantados com tal sentimento e intuição, comovido disse:
— Isto define um cantador... retiro o que tinha dito
Deve ter sido a partir desta altura, que amizade de ambos mais se cimentou, Henrique Rêgo veio a ser seu compadre, pois fez questão de ser padrinho de baptismo da sua filha Aida.
Certo dia perguntaram-lhe a sua opinião sobre Alfredo Marceneiro, ao que ele respondeu em verso:
Como existe compadrio
Ente mim e «Marceneiro»,
O meu maior elogio
É dizer, abertamente,
Que este fadista afamado
Enebria toda a gente
Que gosta de ouvir o Fado!... Alfredo Duarte Marceneiro
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