Ciclo na Cinemateca revisita ligação entre a tela e o fado
Archive - Janeiro 06, 2012
A Cinemateca Portuguesa inicia na próxima 5ª feira um ciclo que propõe revisitar a ligação entre o Cinema e o Fado com a exibição do primeiro filme sonoro português, "A Severa".
Dirigido por Leitão de Barros, "A Severa" (1930) foi rodado em Lisboa e inclui imagens da já demolida praça de toiros de Algés. A atriz Dina Tereza, que encarna a figura de uma Severa cigana, seguindo o argumento baseado na peça homónima de Júlio Dantas, obteve com este papel grande êxito no Brasil, onde se fixou.
O filme será exibido no dia 23, às 19:30, numa "cópia nova e integral, resultado do processo de restauro efetuado pelo laboratório da Cinemateca", segundo nota da instituição.
O elenco do filme integra ainda António Luís Lopes, Ribeiro Lopes e o cavaleiro amador António Lavradio no papel de Conde de Marialva, título escolhido por os descendentes do 13.º Conde Vimioso, que foi o amante da fadista nascida em Lisboa em 1820, não terem autorizado a sua utilização.
O ciclo abre quinta-feira às 21:30 com a curta-metragem de três minutos "Oiça lá ó Senhor Vinho", realizada pelo fotógrafo Augusto Cabrita em 1971, com Amália Rodrigues cantando o tema de Alberto Janes.
Segue-se no ecrã o filme "Capas Negras" (1947), de Armando Miranda, um melodrama que coloca em confronto apaixonado o fado de Lisboa, de Amália Rodrigues ("Maria Lisboa"), com o de Coimbra interpretado por Alberto Ribeiro ("José Duarte", natural do Porto), um dos galãs da cena portuguesa daquela época.
A direção musical é de Jaime Mendes e, entre os compositores, figura Frederico Valério, cujas canções no teatro de revista, onde Amália era "estrela", faziam sucesso desde 1940.
O elenco integra, além de Amália Rodrigues e Alberto Ribeiro, Artur Agostinho, Vasco Morgado, Graziela Mendes, Barroso Lopes e Humberto Madeira, entre outros.
No dia seguinte, sexta-feira, às 22:00, é exibido o documentário de Manuel Mozos "Aldina Duarte -- Princesa Prometida", que foi estreado em 2009.
A exibição conta com a presença do realizador e da fadista e poetisa Aldina Duarte, que no ano passado editou o seu terceiro álbum de estúdio, "Contos de fados".
A ideia deste documentário surgiu das filmagens de "Xavier", rodado em 1991, em que o realizador filmou a fadista interpretando "Novo fado da Severa", um original de Frederico Freitas e Júlio Dantas, popularmente conhecido como "A Rua do Capelão". Este fado constituiu a banda sonora original do filme "A Severa".
O documentário inclui uma atuação de Aldina Duarte no Palácio de Fronteira, em Lisboa, e ainda testemunhos de colaboradores, amigos e familiares, entre os quais a sua mãe e o encenador Jorge Silva Melo.
No dia 27 de janeiro pelas 19:30 é exibida uma curta-metragem de 10 minutos, realizada em 1970, "Fados por Amália Rodrigues", a que se segue o primeiro filme de Amália Rodrigues que lhe valeu o Prémio SNI para a Melhor Atriz de Cinema, "Fado - História de uma d'uma cantadeira", um melodrama de Perdigão Queiroga, realizado em 1947 e que muitos confundiram com a vida da própria fadista.
Além de Amália, que encarna o papel de Ana Maria, jovem de Alfama que graças ao seu talento se torna uma fadista popular, o elenco integra Virgílio Teixeira, António Silva, Vasco Santana, Eugénio Salvador, Alda de Aguiar e Érico Braga que se tornou no primeiro agente internacional da fadista.
O ciclo encerra no dia 31, às 19:30, com a exibição do documentário de estreia de Nicholas Oulman "Com que voz", que ganhou em 2009, no Festival Doc Lisboa, o Prémio para a Melhor Primeira Obra.
A exibição do filme, na sala Luís de Pina, conta com a presença do realizador.
Nicholas Oulman conta em filme, recorrendo apenas a vários testemunhos, a história do pai, Alain Oulman, que foi editor e compositor em exclusivo de Amália Rodrigues.
São de autoria Alain Oulman fados como "Maria Lisboa", "Gaivota", "Naufrágio", "Com que voz", "Madrugada de Alfama", entre outros.DG/Lusa
O filme será exibido no dia 23, às 19:30, numa "cópia nova e integral, resultado do processo de restauro efetuado pelo laboratório da Cinemateca", segundo nota da instituição.
O elenco do filme integra ainda António Luís Lopes, Ribeiro Lopes e o cavaleiro amador António Lavradio no papel de Conde de Marialva, título escolhido por os descendentes do 13.º Conde Vimioso, que foi o amante da fadista nascida em Lisboa em 1820, não terem autorizado a sua utilização.
O ciclo abre quinta-feira às 21:30 com a curta-metragem de três minutos "Oiça lá ó Senhor Vinho", realizada pelo fotógrafo Augusto Cabrita em 1971, com Amália Rodrigues cantando o tema de Alberto Janes.
Segue-se no ecrã o filme "Capas Negras" (1947), de Armando Miranda, um melodrama que coloca em confronto apaixonado o fado de Lisboa, de Amália Rodrigues ("Maria Lisboa"), com o de Coimbra interpretado por Alberto Ribeiro ("José Duarte", natural do Porto), um dos galãs da cena portuguesa daquela época.
A direção musical é de Jaime Mendes e, entre os compositores, figura Frederico Valério, cujas canções no teatro de revista, onde Amália era "estrela", faziam sucesso desde 1940.
O elenco integra, além de Amália Rodrigues e Alberto Ribeiro, Artur Agostinho, Vasco Morgado, Graziela Mendes, Barroso Lopes e Humberto Madeira, entre outros.
No dia seguinte, sexta-feira, às 22:00, é exibido o documentário de Manuel Mozos "Aldina Duarte -- Princesa Prometida", que foi estreado em 2009.
A exibição conta com a presença do realizador e da fadista e poetisa Aldina Duarte, que no ano passado editou o seu terceiro álbum de estúdio, "Contos de fados".
A ideia deste documentário surgiu das filmagens de "Xavier", rodado em 1991, em que o realizador filmou a fadista interpretando "Novo fado da Severa", um original de Frederico Freitas e Júlio Dantas, popularmente conhecido como "A Rua do Capelão". Este fado constituiu a banda sonora original do filme "A Severa".
O documentário inclui uma atuação de Aldina Duarte no Palácio de Fronteira, em Lisboa, e ainda testemunhos de colaboradores, amigos e familiares, entre os quais a sua mãe e o encenador Jorge Silva Melo.
No dia 27 de janeiro pelas 19:30 é exibida uma curta-metragem de 10 minutos, realizada em 1970, "Fados por Amália Rodrigues", a que se segue o primeiro filme de Amália Rodrigues que lhe valeu o Prémio SNI para a Melhor Atriz de Cinema, "Fado - História de uma d'uma cantadeira", um melodrama de Perdigão Queiroga, realizado em 1947 e que muitos confundiram com a vida da própria fadista.
Além de Amália, que encarna o papel de Ana Maria, jovem de Alfama que graças ao seu talento se torna uma fadista popular, o elenco integra Virgílio Teixeira, António Silva, Vasco Santana, Eugénio Salvador, Alda de Aguiar e Érico Braga que se tornou no primeiro agente internacional da fadista.
O ciclo encerra no dia 31, às 19:30, com a exibição do documentário de estreia de Nicholas Oulman "Com que voz", que ganhou em 2009, no Festival Doc Lisboa, o Prémio para a Melhor Primeira Obra.
A exibição do filme, na sala Luís de Pina, conta com a presença do realizador.
Nicholas Oulman conta em filme, recorrendo apenas a vários testemunhos, a história do pai, Alain Oulman, que foi editor e compositor em exclusivo de Amália Rodrigues.
São de autoria Alain Oulman fados como "Maria Lisboa", "Gaivota", "Naufrágio", "Com que voz", "Madrugada de Alfama", entre outros.DG/Lusa
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