Mísia foi a senhora da noite no São Luiz
Concerts - Fevereiro 05, 2012
A fadista construiu o seu mundo dentro do género e aqui reencontramos a guitarra portuguesa, viola de fado e o baixo acústico em harmonia com o violino, o acordeão e o piano.
Esta Senhora da Noite, que “pode ser feiticeira, santa, dona de casa...ou uma fadista”, canta poemas de Lídia Jorge, Florbela Espanca ou Rosa Lobato de Faria, a quem o álbum e este concerto são dedicados.
A presença dramática de Misia é forte e, de longo vestido preto e cabelo desigual, atrai todos os olhares de um S.Luiz bem composto.
Se por aqui reina o fado também pairam certos ares de outras latitudes: com “Que o Meu coração se Cansou”, escrito por Adriana Calcanhoto, o baixo acústico vira tropical e há sempre qualquer coisa de tango em Misia: “Garras dos Sentidos II” é fado corrido mas aqui não é castiço, é sensual.
Com a mão na cintura, sem jeito de varina, entrega-se ao compasso. Mas discretamente que o fado não se dança. Do jazz vem o pianista e arranjador Carlos Azevedo.
Com momentos de improvável comédia e num contacto com o público onde revelou o imenso respeito e ligação que tem por todas as mulheres que escreveram o reportório de “Senhora da Noite” e por aquilo que canta, Misia mostrou no S.Luiz porque é uma figura incontornável no fado contemporâneo.João Pimenta
Esta Senhora da Noite, que “pode ser feiticeira, santa, dona de casa...ou uma fadista”, canta poemas de Lídia Jorge, Florbela Espanca ou Rosa Lobato de Faria, a quem o álbum e este concerto são dedicados.
A presença dramática de Misia é forte e, de longo vestido preto e cabelo desigual, atrai todos os olhares de um S.Luiz bem composto.
Se por aqui reina o fado também pairam certos ares de outras latitudes: com “Que o Meu coração se Cansou”, escrito por Adriana Calcanhoto, o baixo acústico vira tropical e há sempre qualquer coisa de tango em Misia: “Garras dos Sentidos II” é fado corrido mas aqui não é castiço, é sensual.
Com a mão na cintura, sem jeito de varina, entrega-se ao compasso. Mas discretamente que o fado não se dança. Do jazz vem o pianista e arranjador Carlos Azevedo.
Com momentos de improvável comédia e num contacto com o público onde revelou o imenso respeito e ligação que tem por todas as mulheres que escreveram o reportório de “Senhora da Noite” e por aquilo que canta, Misia mostrou no S.Luiz porque é uma figura incontornável no fado contemporâneo.João Pimenta
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