Rodrigo Costa Félix no Museu do Fado
Concertos - Maio 16, 2012
O público que encheu o auditório do Museu do Fado na noite desta
terça-feira 15 de Maio teve a oportunidade de sentir o “cheirinho” do
novo trabalho do fadista Rodrigo Costa Félix, segundo as palavras do
próprio cantor.
Tudo isso por conta das canções selecionadas para o concerto, extraídas do disco “Fados de Amor”, o segundo da carreira do artista, álbum que chegará às lojas no próximo dia 21 de Maio.
Nada melhor que um poeta, que escreve canções para o fadista, para apresentar a obra de Costa Félix. O escolhido foi Tiago Torres da Silva, para quem “Rodrigo nunca foi tão bom fadista quanto neste disco. Acho que o amor lhe tomou as cordas vocais”, conforme declarou, para em seguida falar da história e da inspiração de algumas canções do novo álbum do seu parceiro artístico.
Após receber um abraço fraterno do amigo poeta e mestre de cerimónias da noite, Rodrigo Costa Félix abriu o concerto ao explicar a relação entre o amor e as mulheres, temas que nortearam todo o processo criativo do disco.
“Eu quis dedicá-lo às mulheres da minha vida, à mulher de uma forma geral. Sou fã incondicional das mulheres, elas são as embaixadoras do amor no mundo. Ao criar o repertório percebi que, ao homenagear a mulher, estava constantemente a falar de amor”.
De entre as canções de amor incluídas na breve apresentação do fadista, a primeira delas foi “Nos olhos de alguém”, de Tiago Torres Silva e Joaquim Campos, uma criação inspirada no “Soneto de Fidelidade” de Vinicius de Moraes.
Na sequência, o género feminino foi cantado em toda sua beleza nos versos de “Mulher”, poema de Rui de Noronha adaptado por Raul Simões, seguida por “Amigo Aprendiz”, de Fernando Pessoa, musicado por Tiago Bettencourt.
“Para mim, esta é uma das melodias mais bonitas da música portuguesa, criada por um grande amigo e génio musical”, declarou o fadista ao Hardmusica, sobre o single escolhido para apresentação do álbum.
Outros poemas também inspiraram canções do disco, como “Morena”, de Guerra Junqueiro, gravado em dueto com Kátia Guerreiro, e “Fonte”, de Pedro Homem de Melo. Assim como os clássicos “Rosinha dos Limões”, de Max, “Como te quis e te quero”, de Manuel de Almeida, e “O teu olhar”, de Carlos Ramos, que ganharam novas versões e foram selecionadas entre os 15 temas gravados em “Fados de Amor”.
As canções “As palavras que eu procuro” e “Canto Breve”, de autoria do próprio Costa Félix com outros artistas, também entraram no disco, juntamente com o tema “Fado contido”, de Ana Geraldo e Rogério Charraz, cantado na noite, que contou com a participação de Aline Frazão na gravação, mas não no palco.
“Ela é uma cantora extraordinária. Vocês vão ouvir falar muito dela nos próximos tempos”, comentou o fadista sobre a parceira musical angolana.
Tanto no álbum quanto no concerto desta noite Costa Félix foi acompanhado na guitarra pela mulher, Marta Pereira Costa, por Rodrigo Serrão, no contrabaixo, e por Pedro Pinhal, na viola.
Marta, inclusive, fez história ao ser a primeira guitarrista mulher a gravar a guitarra portuguesa integralmente num disco de fado. “É uma responsabilidade muito grande, uma mistura de sentimentos: medo e vontade de mostrar a paixão pela guitarra. Mostrar também que as mulheres sabem tocar guitarra, que têm qualidade suficiente para se atirarem num campo dominado por homens”, disse a guitarrista.Marina Magalhães
Nada melhor que um poeta, que escreve canções para o fadista, para apresentar a obra de Costa Félix. O escolhido foi Tiago Torres da Silva, para quem “Rodrigo nunca foi tão bom fadista quanto neste disco. Acho que o amor lhe tomou as cordas vocais”, conforme declarou, para em seguida falar da história e da inspiração de algumas canções do novo álbum do seu parceiro artístico.
Após receber um abraço fraterno do amigo poeta e mestre de cerimónias da noite, Rodrigo Costa Félix abriu o concerto ao explicar a relação entre o amor e as mulheres, temas que nortearam todo o processo criativo do disco.
“Eu quis dedicá-lo às mulheres da minha vida, à mulher de uma forma geral. Sou fã incondicional das mulheres, elas são as embaixadoras do amor no mundo. Ao criar o repertório percebi que, ao homenagear a mulher, estava constantemente a falar de amor”.
De entre as canções de amor incluídas na breve apresentação do fadista, a primeira delas foi “Nos olhos de alguém”, de Tiago Torres Silva e Joaquim Campos, uma criação inspirada no “Soneto de Fidelidade” de Vinicius de Moraes.
Na sequência, o género feminino foi cantado em toda sua beleza nos versos de “Mulher”, poema de Rui de Noronha adaptado por Raul Simões, seguida por “Amigo Aprendiz”, de Fernando Pessoa, musicado por Tiago Bettencourt.
“Para mim, esta é uma das melodias mais bonitas da música portuguesa, criada por um grande amigo e génio musical”, declarou o fadista ao Hardmusica, sobre o single escolhido para apresentação do álbum.
Outros poemas também inspiraram canções do disco, como “Morena”, de Guerra Junqueiro, gravado em dueto com Kátia Guerreiro, e “Fonte”, de Pedro Homem de Melo. Assim como os clássicos “Rosinha dos Limões”, de Max, “Como te quis e te quero”, de Manuel de Almeida, e “O teu olhar”, de Carlos Ramos, que ganharam novas versões e foram selecionadas entre os 15 temas gravados em “Fados de Amor”.
As canções “As palavras que eu procuro” e “Canto Breve”, de autoria do próprio Costa Félix com outros artistas, também entraram no disco, juntamente com o tema “Fado contido”, de Ana Geraldo e Rogério Charraz, cantado na noite, que contou com a participação de Aline Frazão na gravação, mas não no palco.
“Ela é uma cantora extraordinária. Vocês vão ouvir falar muito dela nos próximos tempos”, comentou o fadista sobre a parceira musical angolana.
Tanto no álbum quanto no concerto desta noite Costa Félix foi acompanhado na guitarra pela mulher, Marta Pereira Costa, por Rodrigo Serrão, no contrabaixo, e por Pedro Pinhal, na viola.
Marta, inclusive, fez história ao ser a primeira guitarrista mulher a gravar a guitarra portuguesa integralmente num disco de fado. “É uma responsabilidade muito grande, uma mistura de sentimentos: medo e vontade de mostrar a paixão pela guitarra. Mostrar também que as mulheres sabem tocar guitarra, que têm qualidade suficiente para se atirarem num campo dominado por homens”, disse a guitarrista.Marina Magalhães
Foto: Vânia Marecos
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