Natalino de Jesus
Fadistas - Agosto 27, 2012
Natalino de Jesus
viveu de perto o ambiente fadista proporcionado pelas vizinhas a
trautear os poemas e as frequentes idas às colectividades para assistir
aos Fados.
Num desses domingos, preparava-se para petiscar e assistir ao espectáculo de Fado na colectividade, quando, por motivos que se prendiam com a falta de fadistas, foi convidado a cantar. Surpreendido, uma vez que nunca tinha cantado em público, Natalino de Jesus e os instrumentistas ensaiaram o tom em que deveria cantar e deu-se início ao espectáculo com a interpretação de dois fados: "Fado Laiva" e "Ser Fadista". Foi um sucesso. Depois, como nos revelou em entrevista: "isto entusiasmou-me e durante a semana aprendi mais um Fado e no domingo seguinte já fui para lá, não com a intenção de petiscar, mas de cantar mais um fadinho e assim comecei nestas lides...".
Mais tarde, no ano de 1985, concorre à Grande Noite do Fado e vence. Neste período da vida de Natalino, os Fados tinham um carácter amador, uma vez que Natalino era sócio numa empresa onde trabalhava diariamente. Os Fados aconteciam apenas ao fim-de-semana. Com o reconhecimento que sucedeu à vitória na Grande Noite sucedem os primeiros contratos e espectáculos; "a vitória na Grande Noite do Fado teve um impacto muito grande mais do que aquilo que tem hoje, nessa época éramos notícia de primeira página, nas revistas e jornais...", afirmou. Por conseguinte, Natalino de Jesus opta por iniciar uma carreira artística a nível profissional, abraçando de vez a génese fadista.
No seu trajecto passou por algumas das mais emblemáticas casas de Fado de Lisboa, tais como a "Adega Mesquita", o "Botequim do Rei", situada no Parque Eduardo VII, "Taverna D´El Rei" e presentemente canta na "Severa". De modo ocasional passou pela "Parreirinha de Alfama", "Faia", "Lisboa à Noite", "Luso" e "Adega Machado", locais onde conheceu algumas das figuras marcantes, e que Natalino ainda hoje recorda com saudade: Manuel de Almeida, Fernando Farinha e Fernando Maurício.
Da sua experiência de viagens - correu praticamente todo o mundo, à excepção da Ásia - Natalino assume que o Fado está numa linha ascendente quer a nível nacional, quer a nível internacional. "Temos excelentes executantes e intérpretes", confessa. Para o fadista haverá sempre uma dívida de gratidão para com Amália Rodrigues, já que: "...foi ela realmente a pioneira, a pessoa que divulgou o Fado a nível mundial...".
Nas várias gravações que fez no decorrer da sua carreira, sendo que a primeira foi em 1985, Natalino de Jesus tem sido acompanhado por grandes instrumentistas dos quais se destacam José António, Arménio de Melo, Carlos Macieira e Joel Pina.
Em 2004 lança, em conjunto com Lenita Gentil, o CD "Fado para dois", sob a chancela da editora Ovação, e que resulta de uma série de espectáculos, onde a experiência correu muito bem. Este é um disco que marca a carreira do fadista. No ano de 2005, em jeito de celebração dos 20 anos de carreira, lança o CD "Fado à solta", em retrospectiva e com a interpretação de alguns dos seus sucessos, tais como "Silêncio, morreu um poeta" de Rui Manuel Oliveira.
Mais tarde, no ano de 1985, concorre à Grande Noite do Fado e vence. Neste período da vida de Natalino, os Fados tinham um carácter amador, uma vez que Natalino era sócio numa empresa onde trabalhava diariamente. Os Fados aconteciam apenas ao fim-de-semana. Com o reconhecimento que sucedeu à vitória na Grande Noite sucedem os primeiros contratos e espectáculos; "a vitória na Grande Noite do Fado teve um impacto muito grande mais do que aquilo que tem hoje, nessa época éramos notícia de primeira página, nas revistas e jornais...", afirmou. Por conseguinte, Natalino de Jesus opta por iniciar uma carreira artística a nível profissional, abraçando de vez a génese fadista.
No seu trajecto passou por algumas das mais emblemáticas casas de Fado de Lisboa, tais como a "Adega Mesquita", o "Botequim do Rei", situada no Parque Eduardo VII, "Taverna D´El Rei" e presentemente canta na "Severa". De modo ocasional passou pela "Parreirinha de Alfama", "Faia", "Lisboa à Noite", "Luso" e "Adega Machado", locais onde conheceu algumas das figuras marcantes, e que Natalino ainda hoje recorda com saudade: Manuel de Almeida, Fernando Farinha e Fernando Maurício.
Da sua experiência de viagens - correu praticamente todo o mundo, à excepção da Ásia - Natalino assume que o Fado está numa linha ascendente quer a nível nacional, quer a nível internacional. "Temos excelentes executantes e intérpretes", confessa. Para o fadista haverá sempre uma dívida de gratidão para com Amália Rodrigues, já que: "...foi ela realmente a pioneira, a pessoa que divulgou o Fado a nível mundial...".
Nas várias gravações que fez no decorrer da sua carreira, sendo que a primeira foi em 1985, Natalino de Jesus tem sido acompanhado por grandes instrumentistas dos quais se destacam José António, Arménio de Melo, Carlos Macieira e Joel Pina.
Em 2004 lança, em conjunto com Lenita Gentil, o CD "Fado para dois", sob a chancela da editora Ovação, e que resulta de uma série de espectáculos, onde a experiência correu muito bem. Este é um disco que marca a carreira do fadista. No ano de 2005, em jeito de celebração dos 20 anos de carreira, lança o CD "Fado à solta", em retrospectiva e com a interpretação de alguns dos seus sucessos, tais como "Silêncio, morreu um poeta" de Rui Manuel Oliveira.
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