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Raquel Tavares

Fadistas - Actualizado em Outubro 02, 2021
Sente-se na voz, na atitude, na expressão e acima de tudo na coragem que tem em assumir-se como “Fadista”.

Tudo isto não pode ser por acaso, nem pelo facto de se falar de uma artista com um enorme talento para representar. Nenhuma grande actriz poderia assumir tão bem este papel…


Na sua atitude, apercebe-se a vivência e fantástica absorção desta arte de quem nasce e cresce no meio. Na essência do seu canto, nota-se a postura, a regra e a influência com a maior das naturalidades, de um naipe de outros grandes construtores desta forma de estar e viver a que chamamos “Fado”. 

A intuição musical, o peso e o ritmo das palavras, a contenção e a genuinidade na interpretação, sentem-se em temas como “Quando Acordas” …é verdade não saber o porquê da primavera na frescura de uma flor… ou a influência de outros grandes intérpretes como em “Olhos Garotos” homenageando dois dos mais importantes compositores de sempre na história do Fado (Jaime Santos e João Linhares Barbosa).


Para se ser intérprete não basta saber cantar, colocar a voz e afinar nas notas da melodia; é importante criar; pegar na poesia e sintoniza-la com a música que também é sugerida.
Um grande intérprete é também um grande compositor, pois tem o talento de saber gerir o contexto entre a voz, a melodia e as palavras para tudo se transformar numa mensagem. Uma mensagem que tem de chegar a todos de forma a que, de olhos fechados, possam ver e acreditar até nas várias descrições então apresentadas como em “Fado Lisboeta” … Ouço guitarras vibrando e vozes cantando, na rua sombria. As luzes vão-se apagando, a anunciar que é já dia. Fecho em silêncio a janela, já se ouve na viela rumores de ternura; surge a manhã fresca e calma; só em minha alma é noite escura…


Alem da versatilidade, Raquel Tavares tem o talento de recriar aquilo que poderia ser um “Fado Balada” ou um “Fado Canção”, num grande fado dos nossos tempos, como nos temas “Noite”, “Querer Cantar”, “Por Momentos” ou “Trazes pedaços de mim”, dando-lhes assim a sua interpretação de forma tão carismática.

Existe ao redor da artista um “íman” que atrai a criação de todos os que a rodeiam, desde o disco ao espectáculo que se foi criando por si só, na inspiração daquilo que é o personagem principal e ao mesmo tempo a “musa” deste projecto. Tinha de ser mesmo assim. Não se poderia abordar outro tema, senão a “História de uma Cantadeira”. A história de Raquel Tavares.

 

Inevitavelmente “O Seu Destino”, aquilo que ela nunca poderia deixar de ser. 

Nasceu em Lisboa, no dia 11 de Janeiro de 1985, oriunda de uma família com ligação ao panorama musical da canção de Lisboa. Desde muito nova frequentava os “cantos” e “recantos” a que alguns poderão chamar de “gueto” ou as “tertúlias do fado”. 


Os estudos levaram-na a outros caminhos, seguindo um percurso normal de educação e amadurecimento, até ao momento em que o “seu” destino a levou a decidir a sua vida e carreira.

Voltou aos locais habituais do Fado, já com 18 anos de idade. Passou pelas casas de Fado “Café Luso”, “Sr. Vinho”, “Arcadas do Faia”, “Adega Mesquita”, “Adega Machado” e por fim integra o elenco da: “Casa de Linhares”.

Em Janeiro de 2020 Raquel Tavares anunciou que se iria afastar dos palcos e do fado, para abraçar novos desafios profissionais.

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