Miguel Amaral - Chuva Oblíqua
Records - Maio 12, 2013
Pode a guitarra portuguesa romper com um certo imaginário que a condena
ao mero acompanhamento do fado e afirmar-se como instrumento
performativo que vale por si próprio?
Miguel Amaral acredita que esse desafio pode ser vencido; e quer provar isso mesmo com o seu primeiro disco, “Chuva Oblíqua”.
Para levar a bom porto o seu projecto de dignificar e autonomizar a guitarra portuguesa, o guitarrista muniu-se de argumentos fortes e de uma boa dose de ousadia. “Chuva Oblíqua” conta com peças encomendadas a Daniel Moreira, Dimitris Andrikopoulos, Igor C. Silva e Mário Laginha, compositores estranhos à tradição da guitarra portuguesa, tendo Miguel Amaral contribuído com os restantes cinco temas do disco. Esta contribuição de autores eruditos para o repertório da guitarra portuguesa é praticamente inédita e uma das grandes apostas do guitarrista e compositor.
Para este seu trabalho de estreia, as inspirações maiores de Miguel Amaral são, antes de mais, de ordem musical, onde se inscrevem criadores e intérpretes como Toru Takemitsu, Olivier Messiaen, Sergey Prokofiev, Pedro Caldeira Cabral e Ricardo Rocha. Mas há também uma óbvia “ingerência” do universo poético, que se alimenta e se cruza com esta “Chuva Oblíqua” através das palavras de Fernando Pessoa, Sophia de Mello Breyner Andresen e Federico Garcia Lorca.
Com 30 anos de idade, Miguel Amaral começou muito cedo a ceder à tentação da música, que acabaria por se sobrepor à licenciatura em Direito. Começou a estudar piano aos cinco anos, mas a guitarra portuguesa acabou por se impor como o seu instrumento de eleição. Estudou guitarra portuguesa com Samuel Cabral, Fontes Rocha e Pedro Caldeira Cabral e composição com Daniel Moreira e Dimitris Andrikopoulos, trocando experiências, entre outros, com Ricardo Rocha. Um dos “culpados” da intimidade de Miguel Amaral com a guitarra portuguesa foi Carlos Paredes, por via das suas Variações em Ré Maior, que o marcaram para sempre quando as ouviu, com apenas 18 anos.
Sobre “Chuva Oblíqua”:
“Um conjunto de peças ‘solo’ onde inequivocamente podemos ouvir a guitarra portuguesa a percorrer novos territórios em parâmetros como a melodia, harmonia, ritmo e timbre; a testar novas estruturas formais; a experimentar novas paisagens sonoras; a cruzar materiais de raízes tão diversas como as músicas tradicionais, o jazz, o rock ou a música electrónica”
Luís Tinoco
“(Com Chuva Oblíqua) é a guitarra portuguesa que começa a fazer outros novos caminhos, tentando sair do espaço da sua tradição e rotina (...) São obras deste tipo que vão ajudando a criar novos espaços de afirmação”. Fernando C. Lapa
Para levar a bom porto o seu projecto de dignificar e autonomizar a guitarra portuguesa, o guitarrista muniu-se de argumentos fortes e de uma boa dose de ousadia. “Chuva Oblíqua” conta com peças encomendadas a Daniel Moreira, Dimitris Andrikopoulos, Igor C. Silva e Mário Laginha, compositores estranhos à tradição da guitarra portuguesa, tendo Miguel Amaral contribuído com os restantes cinco temas do disco. Esta contribuição de autores eruditos para o repertório da guitarra portuguesa é praticamente inédita e uma das grandes apostas do guitarrista e compositor.
Para este seu trabalho de estreia, as inspirações maiores de Miguel Amaral são, antes de mais, de ordem musical, onde se inscrevem criadores e intérpretes como Toru Takemitsu, Olivier Messiaen, Sergey Prokofiev, Pedro Caldeira Cabral e Ricardo Rocha. Mas há também uma óbvia “ingerência” do universo poético, que se alimenta e se cruza com esta “Chuva Oblíqua” através das palavras de Fernando Pessoa, Sophia de Mello Breyner Andresen e Federico Garcia Lorca.
Com 30 anos de idade, Miguel Amaral começou muito cedo a ceder à tentação da música, que acabaria por se sobrepor à licenciatura em Direito. Começou a estudar piano aos cinco anos, mas a guitarra portuguesa acabou por se impor como o seu instrumento de eleição. Estudou guitarra portuguesa com Samuel Cabral, Fontes Rocha e Pedro Caldeira Cabral e composição com Daniel Moreira e Dimitris Andrikopoulos, trocando experiências, entre outros, com Ricardo Rocha. Um dos “culpados” da intimidade de Miguel Amaral com a guitarra portuguesa foi Carlos Paredes, por via das suas Variações em Ré Maior, que o marcaram para sempre quando as ouviu, com apenas 18 anos.
Sobre “Chuva Oblíqua”:
“Um conjunto de peças ‘solo’ onde inequivocamente podemos ouvir a guitarra portuguesa a percorrer novos territórios em parâmetros como a melodia, harmonia, ritmo e timbre; a testar novas estruturas formais; a experimentar novas paisagens sonoras; a cruzar materiais de raízes tão diversas como as músicas tradicionais, o jazz, o rock ou a música electrónica”
Luís Tinoco
“(Com Chuva Oblíqua) é a guitarra portuguesa que começa a fazer outros novos caminhos, tentando sair do espaço da sua tradição e rotina (...) São obras deste tipo que vão ajudando a criar novos espaços de afirmação”. Fernando C. Lapa
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