Amália - The best fado songs
Discos - Março 15, 2014
Um dos segredos que esteve na base do grande sucesso de Amália Rodrigues
foi a sua forte intuição e o bom gosto na escolha do seu repertório.
Desde sempre deu voz a composições de grandes compositores da canção portuguesa tais como Alberto Janes, Frederico de Freitas, Frederico Valério, Jaime Santos, entre outros.
1962 foi um ano marcante na sua carreira, Amália conhece o grande compositor luso-francês Alain Oulman. Com Oulman, Amália começou a cantar poetas clássicos que até à data nunca tinham sido interpretados no fado. A sua voz aliada às brilhantes composições de Oulman e à grande obra poética portuguesa engradeceu até ao limite da sua extensão.
O início desta parceria constituiu uma verdadeira revolução no repertório de Amália e também para o fado na época, dando-lhe maior expansão e maior riqueza harmónica, representando um ponto de viragem para o fado moderno. Assim se iniciou a estreita colaboração entre Amália e Oulman que foi larga na cumplicidade e no tempo estendendo-se até ao fim da vida do compositor.
Em 1962 Amália edita pela Columbia o inovador álbum Asas fechadas também conhecido por Busto. Este álbum viria a tornar-se um dos grandes clássicos do fado, apesar da forte contestação dos mais puristas da época. Com poemas de Luís de Macedo, David Mourão-Ferreira, Pedro Homem de Mello e também da própria Amália, Oulman compõe a maioria dos temas incluídos no disco à exceção do Fado bailado de Alfredo Duarte Marceneiro “Estranha forma de vida” e Fado Vitória de Joaquim Campos “Povo que lavas no rio” que alcançaram enorme sucesso.
Nesta mesma sessão foram gravados mais 10 temas que deram origem a outras edições internacionais no ano seguinte. Uma delas foi Amália for your delight pela editora multinacional Columbia que trouxe como novidade os temas "Algemas" e "Rasga o passado" de Álvaro Duarte Simões e vários poemas como "Acho inúteis as palavras", "Na rua do silêncio" de António de Sousa Freitas, contendo também temas de Alain Oulman, Joaquim Campos e Alfredo Duarte Marceneiro com poemas de David-Mourão Ferreira e Luís de Macedo.
A outra edição foi Amália 1963 com selo da editora francesa Ducretet-Thomson que resulta numa compilação de Asas fechadas e Amália for your delight que inclui ainda o tema "Dura memória" de Oulman com poema de Luís de Camões até então inédito.
Nestas gravações conduzidas pelo engenheiro de som Hugo Ribeiro nos estúdios da Valentim de Carvalho estiveram José Nunes na guitarra portuguesa, Castro Mota na viola de fado e Alain Oulman no piano.
Todos estes fados assim como o Fado "Primavera" de David-Mourão Ferreira e Pedro Rodrigues que fora gravado uns anos antes estão incluídos neste trabalho Amália the best fado songs.
O sucesso de Amália sempre foi constante desde o início da sua carreira em 1939 até aos dias de hoje. Uma mulher com uma extraordinária intuição artística e forte noção de intemporalidade que marcou definitivamente um ponto de viragem na história do fado, sendo indiscutivelmente o símbolo máximo da canção de Lisboa.
1962 foi um ano marcante na sua carreira, Amália conhece o grande compositor luso-francês Alain Oulman. Com Oulman, Amália começou a cantar poetas clássicos que até à data nunca tinham sido interpretados no fado. A sua voz aliada às brilhantes composições de Oulman e à grande obra poética portuguesa engradeceu até ao limite da sua extensão.
O início desta parceria constituiu uma verdadeira revolução no repertório de Amália e também para o fado na época, dando-lhe maior expansão e maior riqueza harmónica, representando um ponto de viragem para o fado moderno. Assim se iniciou a estreita colaboração entre Amália e Oulman que foi larga na cumplicidade e no tempo estendendo-se até ao fim da vida do compositor.
Em 1962 Amália edita pela Columbia o inovador álbum Asas fechadas também conhecido por Busto. Este álbum viria a tornar-se um dos grandes clássicos do fado, apesar da forte contestação dos mais puristas da época. Com poemas de Luís de Macedo, David Mourão-Ferreira, Pedro Homem de Mello e também da própria Amália, Oulman compõe a maioria dos temas incluídos no disco à exceção do Fado bailado de Alfredo Duarte Marceneiro “Estranha forma de vida” e Fado Vitória de Joaquim Campos “Povo que lavas no rio” que alcançaram enorme sucesso.
Nesta mesma sessão foram gravados mais 10 temas que deram origem a outras edições internacionais no ano seguinte. Uma delas foi Amália for your delight pela editora multinacional Columbia que trouxe como novidade os temas "Algemas" e "Rasga o passado" de Álvaro Duarte Simões e vários poemas como "Acho inúteis as palavras", "Na rua do silêncio" de António de Sousa Freitas, contendo também temas de Alain Oulman, Joaquim Campos e Alfredo Duarte Marceneiro com poemas de David-Mourão Ferreira e Luís de Macedo.
A outra edição foi Amália 1963 com selo da editora francesa Ducretet-Thomson que resulta numa compilação de Asas fechadas e Amália for your delight que inclui ainda o tema "Dura memória" de Oulman com poema de Luís de Camões até então inédito.
Nestas gravações conduzidas pelo engenheiro de som Hugo Ribeiro nos estúdios da Valentim de Carvalho estiveram José Nunes na guitarra portuguesa, Castro Mota na viola de fado e Alain Oulman no piano.
Todos estes fados assim como o Fado "Primavera" de David-Mourão Ferreira e Pedro Rodrigues que fora gravado uns anos antes estão incluídos neste trabalho Amália the best fado songs.
O sucesso de Amália sempre foi constante desde o início da sua carreira em 1939 até aos dias de hoje. Uma mulher com uma extraordinária intuição artística e forte noção de intemporalidade que marcou definitivamente um ponto de viragem na história do fado, sendo indiscutivelmente o símbolo máximo da canção de Lisboa.
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