António Mourão
Singers - Abril 16, 2014
Fadista, ator e cantor popular, António Manuel Dias Pequerrucho, nasceu a 3 de junho de 1936, no Montijo.
Há poucos cantores que se tenham distinguido de forma tão clara e com um grande sucesso como Mourão o fez com "Oh Tempo Volta Para Trás" (Manuel Paião/Eduardo Damas). O tema resistiu décadas e quase que ficou inscrito nos grandes clássicos do cancioneiro popular português. O disco ultrapassou os 200 mil exemplares vendidos.
António Mourão começou tarde a sua carreira artística. Aos 17 anos veio do Montijo para Lisboa e empregou-se no comércio. Pouco depois foi chamado para cumprir o serviço militar obrigatório. E foi aí, entre camaradas, que a sua voz começou a dar nas vistas. Passou a cantar, como amador, nas casas de fado da capital. Até que, em 1964, foi contratado para a Parreirinha de Alfama, casa típica de Argentina Santos. Foi ali a sua estreia profissional. E pouco depois passou para o Casino do Estoril, onde atuou durante um mês.
Contudo, a verdadeira notabilidade foi ganha em 1965 e através de uma peça de teatro. Na revista E Viva o Velho, no Teatro Maria Vitória, interpretou "Oh Tempo Volta Para Trás", que viria a ser um dos maiores êxitos da história da música portuguesa. O teatro de revista foi de resto um palco que pisou outras vezes, em peças como Ó Zé aperta o Cinto e Não Há Nada Para Ninguém.
Depois de gravar "Oh Tempo Volta Para Trás", António Mourão tornou-se num cantor muito popular, pelo que, de forma natural, percorreu o país e chegou a cantar em vários palcos no estrangeiro, em países como Estados Unidos, Canadá, Austrália, Venezuela, África do Sul, França e Alemanha.
Também gravou outros temas marcantes, de fado e de folclore, como "Os Teus Olhos Negros, Negros" (Manuel Paião, Eduardo Damas), "Chiquita Morena" (Moreira da Cruz), "Oh Vida dá-me outra vida" (Manuel Paião, Eduardo Damas), "Fado do Cacilheiro" (Paulo Dias, Fausto da Fonseca) ou "Varina da Madragoa" (Manuel Paião, Eduardo Damas). Apesar da sua vincada vertente popular, cantou grandes poetas portugueses, como Fernando Pessoa, Mário de Sá Carneiro ou José Carlos Ary dos Santos.
Estes e outros sucessos foram registados em mais de uma vintena de álbuns. Destacam-se os títulos É Sempre Sucesso (1968), Folclore das Províncias (1970), Meu Amor, Meu Amor (1971), Se Quiseres Ouvir Cantar (1973), Oh Razão da Minha Vida (1984), Não Há fado sem Verdade (1989, Movieplay) ou as coletâneas Álbum de Recordações (1984) e Oh Tempo Volta para Trás (1992, Polygram).
Apesar de ter sido muito premiado e acarinhado pelo público, António Mourão acabou praticamente por se retirar do mundo artístico nos anos 90, evocando uma certa desilusão com o meio musical português.Infopédia
António Mourão começou tarde a sua carreira artística. Aos 17 anos veio do Montijo para Lisboa e empregou-se no comércio. Pouco depois foi chamado para cumprir o serviço militar obrigatório. E foi aí, entre camaradas, que a sua voz começou a dar nas vistas. Passou a cantar, como amador, nas casas de fado da capital. Até que, em 1964, foi contratado para a Parreirinha de Alfama, casa típica de Argentina Santos. Foi ali a sua estreia profissional. E pouco depois passou para o Casino do Estoril, onde atuou durante um mês.
Contudo, a verdadeira notabilidade foi ganha em 1965 e através de uma peça de teatro. Na revista E Viva o Velho, no Teatro Maria Vitória, interpretou "Oh Tempo Volta Para Trás", que viria a ser um dos maiores êxitos da história da música portuguesa. O teatro de revista foi de resto um palco que pisou outras vezes, em peças como Ó Zé aperta o Cinto e Não Há Nada Para Ninguém.
Depois de gravar "Oh Tempo Volta Para Trás", António Mourão tornou-se num cantor muito popular, pelo que, de forma natural, percorreu o país e chegou a cantar em vários palcos no estrangeiro, em países como Estados Unidos, Canadá, Austrália, Venezuela, África do Sul, França e Alemanha.
Também gravou outros temas marcantes, de fado e de folclore, como "Os Teus Olhos Negros, Negros" (Manuel Paião, Eduardo Damas), "Chiquita Morena" (Moreira da Cruz), "Oh Vida dá-me outra vida" (Manuel Paião, Eduardo Damas), "Fado do Cacilheiro" (Paulo Dias, Fausto da Fonseca) ou "Varina da Madragoa" (Manuel Paião, Eduardo Damas). Apesar da sua vincada vertente popular, cantou grandes poetas portugueses, como Fernando Pessoa, Mário de Sá Carneiro ou José Carlos Ary dos Santos.
Estes e outros sucessos foram registados em mais de uma vintena de álbuns. Destacam-se os títulos É Sempre Sucesso (1968), Folclore das Províncias (1970), Meu Amor, Meu Amor (1971), Se Quiseres Ouvir Cantar (1973), Oh Razão da Minha Vida (1984), Não Há fado sem Verdade (1989, Movieplay) ou as coletâneas Álbum de Recordações (1984) e Oh Tempo Volta para Trás (1992, Polygram).
Apesar de ter sido muito premiado e acarinhado pelo público, António Mourão acabou praticamente por se retirar do mundo artístico nos anos 90, evocando uma certa desilusão com o meio musical português.Infopédia
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