Raquel Tavares surpreende público brasileiro
Concertos - Agosto 20, 2014
A segunda edição do Festival de Fado do Brasil, com clara vocação de
exibir renovação no género musical português, teve uma surpresa
arrebatadora na sua etapa carioca: Raquel Tavares.
A cantora abriu a segunda noite de shows na Cidade das Artes, no domingo (17), com pouco mais de uma hora de fados alegres, acompanhados de palmas vigorosas da plateia que a cada canção se rendia mais a uma performer encantadora.
Ela trouxe a mistura de géneros numa dose suave, mais palatável. Mostrou uma linda versão de “As Rosas Não Falam”, de Cartola. No bis, foi ovacionada cantando Clara Nunes com sambistas e, não satisfeita, desceu com seus músicos ao meio da plateia, para um final sem microfone, só no vozeirão.
Mesmo agarrada ao fado tradicional, cantando com trio convencional de baixo, viola e guitarra portuguesa, Raquel mostrou uma face mais dançante de uma música que, no Brasil, costuma ser associada ao lamento e à melancolia.
Na noite anterior, a apresentação de Carminho, outra cantora da nova geração de fadistas, já conhecida dos brasileiros, foi mais parecida com a imagem chorosa do gênero.
Mesmo quando a letra não é carregada de angústia, a interpretação de Carminho é sempre densa, com o rosto contorcido numa expressão que transmite sofrimento.
O público, em sua maioria portugueses e descendentes, consagrou Carminho com aplausos, como as conversas entreouvidas atestavam.
Esses fãs que foram vê-la não digeriram bem o projeto Amália Hoje, que abriu o festival. Com integrantes de bandas roqueiras, o grupo mostra canções celebrizadas por Amália Rodrigues (1920-1999), considerada a maior intérprete do fado.
Bateria, teclados, guitarra elétrica e programações de computador foram demais para a plateia que, no intervalo, exteriorizava sua reprovação em rodas de conversas.
Mas o Amália Hoje foi um dos grandes shows internacionais deste ano, colocando o pop e o rock a serviço de belas letras e melodias.
Após a inventividade do projeto, da intensidade de Carminho e do carisma de Raquel Tavares, ficou mais difícil a tarefa do cantor Camané. Mas ele conseguiu resumir em uma hora e meia sua premiada carreira de 13 álbuns. Uma voz espetacular em um repertório tradicional, sob medida para a plateia madura que o aplaudia.
O festival chega a São Paulo nesta terça (19), com Amália Hoje e Carminho, e na quarta (20), com Raquel Tavares e Camané.
Ela trouxe a mistura de géneros numa dose suave, mais palatável. Mostrou uma linda versão de “As Rosas Não Falam”, de Cartola. No bis, foi ovacionada cantando Clara Nunes com sambistas e, não satisfeita, desceu com seus músicos ao meio da plateia, para um final sem microfone, só no vozeirão.
Mesmo agarrada ao fado tradicional, cantando com trio convencional de baixo, viola e guitarra portuguesa, Raquel mostrou uma face mais dançante de uma música que, no Brasil, costuma ser associada ao lamento e à melancolia.
Na noite anterior, a apresentação de Carminho, outra cantora da nova geração de fadistas, já conhecida dos brasileiros, foi mais parecida com a imagem chorosa do gênero.
Mesmo quando a letra não é carregada de angústia, a interpretação de Carminho é sempre densa, com o rosto contorcido numa expressão que transmite sofrimento.
O público, em sua maioria portugueses e descendentes, consagrou Carminho com aplausos, como as conversas entreouvidas atestavam.
Esses fãs que foram vê-la não digeriram bem o projeto Amália Hoje, que abriu o festival. Com integrantes de bandas roqueiras, o grupo mostra canções celebrizadas por Amália Rodrigues (1920-1999), considerada a maior intérprete do fado.
Bateria, teclados, guitarra elétrica e programações de computador foram demais para a plateia que, no intervalo, exteriorizava sua reprovação em rodas de conversas.
Mas o Amália Hoje foi um dos grandes shows internacionais deste ano, colocando o pop e o rock a serviço de belas letras e melodias.
Após a inventividade do projeto, da intensidade de Carminho e do carisma de Raquel Tavares, ficou mais difícil a tarefa do cantor Camané. Mas ele conseguiu resumir em uma hora e meia sua premiada carreira de 13 álbuns. Uma voz espetacular em um repertório tradicional, sob medida para a plateia madura que o aplaudia.
O festival chega a São Paulo nesta terça (19), com Amália Hoje e Carminho, e na quarta (20), com Raquel Tavares e Camané.
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