El fado “aconteció” en el Palacio de Ferrera
Concertos - Outubro 18, 2014
"O fado tem não sei o quê / que se agarra à vida das pessoas./ Um nada que não se vê / um tudo que as pessoas sentem", cantava um fadista muito conhecido, Fernando Maurício, sobre a natureza do fado.
Outro clássico, Aníbal Nazaré, escreveu: "O fado é tudo o que digo e o que não sei dizer". Como terceira citação, vale esta quadra popular: "quando Deus criou as rosas / neste Paraíso encantado/ caiu uma, desfolhou-se / e dela nasceu o fado". O fado, portanto, apresenta-se em um halo algo misterioso, toca a alma das pessoas e é ao mesmo tempo profundo e simples, popular.
Com este preámbulo, talvez possamos estar mais sintonizados para apreciar e viver esta noite de fado, num ambiente que pretende imitar o que costuma acontecer nas casas de fado lisboetas, onde o jantar é interrompido com o aviso "Silêncio, senhores, que se vai cantar o fado", que antecede as atuações durante o jantar e depois na sobremesa. O fado é vivido em silêncio e com luz suave. Na realidade, o fadista não se exibe, antes se concentra e expressa seus sentimentos, muitas vezes até com os olhos fechados. E se for alcançada a boa sintonia do cantor com os músicos e os ouvintes, o fado acontece", dizia na apresentação, depois de o vereador da cultura, Román Antonio Álvarez, ter proferido algumas palavras sobre as relações históricas entre Avilés e Portugal.
Neste ambiente, e graças à iniciativa de Ana Mari Abella, esposa de José Manuel García, grande entusiasta, estiveram presentes na noite de fado Sandra Correia, fadista nascida em Sta. Maria da Feira, que atua regularmente em Lisboa e Porto, com CDs lançados e turnês em vários países. Uma fadista serena, elegante, senhora; profunda e autêntica. Também Diogo Rocha, nascido na Região do Minho, foi cedo para Lisboa e cantou durante vários anos de forma estável numa casa de fados em Paris, além de participar em outras atuações internacionais. Atualmente, canta e gere a casa de fados "A Viela do Fado" na Rua dos Remédios, no bairro de Alfama, o coração geográfico do fado. Um coração que ele colocou no seu fado apaixonado e brilhante. Os acompanharam como artista convidada a jovem Ana Lucia, também fadista residente em A Viela do Fado, que é poetisa e cantou um belo fado autêntico em dueto com Diogo Rocha. Paulo Silva, na guitarra portuguesa, e Pedro Morato, na viola do fado, já eram conhecidos pelas suas atuações em Bueño e La Miranda no ano passado, e dialogaram musicalmente com os fadistas, interpretando três guitarradas (solos de guitarras) de "Variações".
Lograram que todos sintonizássemos com vários fados autênticos (Menor, Pechincha, Primavera, Triplicado, entre outros) e alguma canção popular cantada em coro. E o fado "aconteceu" em Avilés, mais uma vez, para "matar saudades" de um público entusiasta e sensível a essa bela manifestação da alma lusitana chamada Fado. Ángel García Prieto
Com este preámbulo, talvez possamos estar mais sintonizados para apreciar e viver esta noite de fado, num ambiente que pretende imitar o que costuma acontecer nas casas de fado lisboetas, onde o jantar é interrompido com o aviso "Silêncio, senhores, que se vai cantar o fado", que antecede as atuações durante o jantar e depois na sobremesa. O fado é vivido em silêncio e com luz suave. Na realidade, o fadista não se exibe, antes se concentra e expressa seus sentimentos, muitas vezes até com os olhos fechados. E se for alcançada a boa sintonia do cantor com os músicos e os ouvintes, o fado acontece", dizia na apresentação, depois de o vereador da cultura, Román Antonio Álvarez, ter proferido algumas palavras sobre as relações históricas entre Avilés e Portugal.
Neste ambiente, e graças à iniciativa de Ana Mari Abella, esposa de José Manuel García, grande entusiasta, estiveram presentes na noite de fado Sandra Correia, fadista nascida em Sta. Maria da Feira, que atua regularmente em Lisboa e Porto, com CDs lançados e turnês em vários países. Uma fadista serena, elegante, senhora; profunda e autêntica. Também Diogo Rocha, nascido na Região do Minho, foi cedo para Lisboa e cantou durante vários anos de forma estável numa casa de fados em Paris, além de participar em outras atuações internacionais. Atualmente, canta e gere a casa de fados "A Viela do Fado" na Rua dos Remédios, no bairro de Alfama, o coração geográfico do fado. Um coração que ele colocou no seu fado apaixonado e brilhante. Os acompanharam como artista convidada a jovem Ana Lucia, também fadista residente em A Viela do Fado, que é poetisa e cantou um belo fado autêntico em dueto com Diogo Rocha. Paulo Silva, na guitarra portuguesa, e Pedro Morato, na viola do fado, já eram conhecidos pelas suas atuações em Bueño e La Miranda no ano passado, e dialogaram musicalmente com os fadistas, interpretando três guitarradas (solos de guitarras) de "Variações".
Lograram que todos sintonizássemos com vários fados autênticos (Menor, Pechincha, Primavera, Triplicado, entre outros) e alguma canção popular cantada em coro. E o fado "aconteceu" em Avilés, mais uma vez, para "matar saudades" de um público entusiasta e sensível a essa bela manifestação da alma lusitana chamada Fado. Ángel García Prieto
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