O «Príncipe do fado castiço» brilhou no TEMPO
Concertos - Dezembro 07, 2014
Para «acontecer fado», é necessário conjugar vários fatores para que, de repente, o cantor, os músicos e quem escuta estejam em sintonia, comungando o momento na sua plenitude.
Teatro TEMPO - Portimão - 6.12.2012
O TEMPO, em Portimão, apresentou mais um espetáculo de muito nível qualitativo: Ricardo Ribeiro, a quem denominamos o «príncipe do fado castiço».
Este jovem fadista posiciona-se na linha de Fernando Maurício, de quem foi discípulo, mas já conseguiu criar um estilo próprio que começa a fazer escola. Dono de uma voz maravilhosa e potente, com grande amplitude e que lhe permite dominar e permutar, sem dificuldade aparente, entre graves e agudos, vive a nossa canção nacional dos pés à cabeça.
Todo ele foi fado, estilando como só os grandes fadistas sabem, fazendo roubadinhos aqui, compensando ali, controlando o público e despertando nos ouvintes sentimentos adormecidos por um rol de fadistas estereotipados, que cantam todos o mesmo e do mesmo modo, tipo karaoke.
Para «acontecer fado», é necessário conjugar vários fatores para que, de repente, o cantor, os músicos e quem escuta estejam em sintonia, comungando o momento na sua plenitude.
A maior parte das vezes, não acontece fado; apenas se escuta fado. Nem todos os que o cantam o conseguem fazer acontecer. Ricardo Ribeiro conseguiu-o, por mais de uma vez, numa só noite, em múltiplos orgasmos fadistas.
O público comoveu-se, mas também riu a bandeiras despregadas, principalmente quando ele decidiu imitar vários fadistas famosos, conseguindo-o plenamente, desde o estilo ao timbre de voz.
Estão de parabéns João Ventura e o TEMPO pela qualidade oferecida. Continuem a procurar e a atrair espetáculos de qualidade, à bilheteira, que dão lucro em vez de despesas e satisfazem o público, por mais exigente que este seja.José Garrancho
O TEMPO, em Portimão, apresentou mais um espetáculo de muito nível qualitativo: Ricardo Ribeiro, a quem denominamos o «príncipe do fado castiço».
Este jovem fadista posiciona-se na linha de Fernando Maurício, de quem foi discípulo, mas já conseguiu criar um estilo próprio que começa a fazer escola. Dono de uma voz maravilhosa e potente, com grande amplitude e que lhe permite dominar e permutar, sem dificuldade aparente, entre graves e agudos, vive a nossa canção nacional dos pés à cabeça.
Todo ele foi fado, estilando como só os grandes fadistas sabem, fazendo roubadinhos aqui, compensando ali, controlando o público e despertando nos ouvintes sentimentos adormecidos por um rol de fadistas estereotipados, que cantam todos o mesmo e do mesmo modo, tipo karaoke.
Para «acontecer fado», é necessário conjugar vários fatores para que, de repente, o cantor, os músicos e quem escuta estejam em sintonia, comungando o momento na sua plenitude.
A maior parte das vezes, não acontece fado; apenas se escuta fado. Nem todos os que o cantam o conseguem fazer acontecer. Ricardo Ribeiro conseguiu-o, por mais de uma vez, numa só noite, em múltiplos orgasmos fadistas.
O público comoveu-se, mas também riu a bandeiras despregadas, principalmente quando ele decidiu imitar vários fadistas famosos, conseguindo-o plenamente, desde o estilo ao timbre de voz.
Estão de parabéns João Ventura e o TEMPO pela qualidade oferecida. Continuem a procurar e a atrair espetáculos de qualidade, à bilheteira, que dão lucro em vez de despesas e satisfazem o público, por mais exigente que este seja.José Garrancho
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