Carminho - Canto
Discos - Janeiro 22, 2015
Chama-se “Canto”, este novo disco de Carminho. Não é o seu primeiro
álbum internacional, nem o seu primeiro trabalho a pensar no
estrangeiro, nem o seu primeiro disco depois da conquista do Brasil.
É, apenas, o terceiro álbum de Carminho, o terceiro passo numa carreira que já é uma das mais notáveis do “novo Fado”.
Antes, começou por haver uma estreia à qual Portugal se rendeu (Disco de Platina, a aclamação da crítica e do público) e que também a apresentou a Espanha, à França, ao Brasil. Depois, um segundo álbum que conquistou e convenceu ainda mais pessoas (nº 1 do Top, dois anos entre os discos mais vendidos em Portugal) e a lançou para a popularidade internacional (top-5 no iTunes de Espanha, entradas nos topes escandinavos). E, sobretudo, que a tornou num fenómeno no Brasil, onde o Rio de Janeiro a recebeu com concertos esgotados e a capa do jornal O Globo, onde Caetano Veloso lhe chamou “um breve milagre”, onde Chico Buarque, Milton Nascimento e Nana Caymmi quiseram gravar (e gravaram) com ela.
Agora que chegou a “prova de fogo” do terceiro álbum, contudo, Carminho não se deixou deslumbrar pelos aplausos do mundo. Diogo Clemente, produtor, acompanhante e compositor de sempre, continua aos comandos do estúdio; o fado que parece renascer na sua voz continua a ser a estrela do norte por onde o seu talento se guia. Mesmo que Marisa Monte lhe tenha oferecido um dueto inédito escrito com Arnaldo Antunes (“Coisas”), Miguel Araújo lhe tenha dado “Ventura”, que Jaques Morelenbaum, Nana Vasconcelos, Carlinhos Brown, Javier Limón ou Carlos Barreto contribuam com o seu talento de instrumentistas, Carminho continua a ser Carminho.
O seu “Fado”, que provou ser a sua “Alma”, é agora, chegado o tempo do terceiro álbum, o seu “Canto”. Um “Canto” que abarca alegremente Caetano Veloso (que escreveu a letra do inédito “O Sol, Eu e Tu”) e o Fado Menor do Porto (“A Ponte”), Miguel Araújo (“Ventura”) e Fernando Pessoa (“Na Ribeira deste Rio”), Carlos Paião (o tema extra “História Linda”) e Alberto Janes (“Destino”). Um “Canto” que, como canção de marinheiros que o Fado também é (e sempre foi), se alimenta do mundo para moldar uma alma profundamente portuguesa – uma alma para a qual a voz de Carminho é, hoje e sempre, cada vez mais, a perfeita tradução em palavras e sons.
E, quando Carminho canta, a alma, e o Fado, estão lá sempre.
Antes, começou por haver uma estreia à qual Portugal se rendeu (Disco de Platina, a aclamação da crítica e do público) e que também a apresentou a Espanha, à França, ao Brasil. Depois, um segundo álbum que conquistou e convenceu ainda mais pessoas (nº 1 do Top, dois anos entre os discos mais vendidos em Portugal) e a lançou para a popularidade internacional (top-5 no iTunes de Espanha, entradas nos topes escandinavos). E, sobretudo, que a tornou num fenómeno no Brasil, onde o Rio de Janeiro a recebeu com concertos esgotados e a capa do jornal O Globo, onde Caetano Veloso lhe chamou “um breve milagre”, onde Chico Buarque, Milton Nascimento e Nana Caymmi quiseram gravar (e gravaram) com ela.
Agora que chegou a “prova de fogo” do terceiro álbum, contudo, Carminho não se deixou deslumbrar pelos aplausos do mundo. Diogo Clemente, produtor, acompanhante e compositor de sempre, continua aos comandos do estúdio; o fado que parece renascer na sua voz continua a ser a estrela do norte por onde o seu talento se guia. Mesmo que Marisa Monte lhe tenha oferecido um dueto inédito escrito com Arnaldo Antunes (“Coisas”), Miguel Araújo lhe tenha dado “Ventura”, que Jaques Morelenbaum, Nana Vasconcelos, Carlinhos Brown, Javier Limón ou Carlos Barreto contribuam com o seu talento de instrumentistas, Carminho continua a ser Carminho.
O seu “Fado”, que provou ser a sua “Alma”, é agora, chegado o tempo do terceiro álbum, o seu “Canto”. Um “Canto” que abarca alegremente Caetano Veloso (que escreveu a letra do inédito “O Sol, Eu e Tu”) e o Fado Menor do Porto (“A Ponte”), Miguel Araújo (“Ventura”) e Fernando Pessoa (“Na Ribeira deste Rio”), Carlos Paião (o tema extra “História Linda”) e Alberto Janes (“Destino”). Um “Canto” que, como canção de marinheiros que o Fado também é (e sempre foi), se alimenta do mundo para moldar uma alma profundamente portuguesa – uma alma para a qual a voz de Carminho é, hoje e sempre, cada vez mais, a perfeita tradução em palavras e sons.
E, quando Carminho canta, a alma, e o Fado, estão lá sempre.
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