No CCB Teresa Tapadas trouxe do Ribatejo o fado e o folclore
Concerts - Dezembro 29, 2014
Teresa Tapadas levou ao Pequeno Auditório do Centro Cultural de Belém o Fado e o Folclore, duas das bandeiras culturais mais importantes de Portugal.
Com a sala praticamente cheia e depois dos músicos entrarem foi a vez do Rancho Folclórico Camponeses de Riachos praticando alguns passos de Folclore, em especial de Fandango sempre trajados a rigor, numa excelente demonstração etnográfica.
Teresa Tapadas entra cantando quadras soltas num Fado Corrido, seguindo-se "Resgate" e uma homenagem à cidade de Lisboa, "uma cidade que não sei se me adoptou ou se fui eu que a adoptei", interpretando "Minha Lisboa Cidade".
Num concerto muito ritmado e sem entrar muito num lado mais triste ou melancólico do Fado, Teresa Tapadas demonstrou sempre uma grande simplicidade em palco, explicando os Fados que cantava, falando sobre os compositores e em alguns contando até uma breve história da canção. Esteve muito afinada, com uma voz limpa sabendo moldá-la, dando a intensidade que cada tema necessitava.
Ribatejana assumida e orgulhosa, homenageou o Ribatejo com "Cavalo Alazão", "que foi escrito por alguém que o amava", seguindo para "um tema que não sei se é fado, balada, canção ou oração, mas que cada um sinta como o pretender sentir", numa canção escrita por Frei Hermano da Câmara e com música de sua tia, "Avé Maria". Este tema foi acompanhado ao piano e o resultado foi algo de extraordinário, voz e piano complementaram-se transmitindo todo o sentimento que tão magnifica letra tem.
De Maria Teresa de Noronha, interpretou "Fui reviver o passado", voando depois nas asas de "Gaivota", (que interpretação!), e desembarcando na "Lisboa menina e moça", eternizada na voz de Carlos do Carmo. De Lucilia do Carmo trouxe-nos a "Travessa da Palha" com direito a uma rosa maltratada e tudo, mas sempre com uma boa disposição contagiante.
Teresa Tapadas não precisou de ser popularucha para obter o reconhecimento da assistência, nem precisou de grande exibicionismo mas mostrar todo o seu talento que a tem levado ultimamente a obter um cada vez maior reconhecimento no meio fadista.
Amália Rodrigues também foi homenageada com "Tive um coração e perdi-o", letra da autoria daquela que será sempre a Diva do Fado, com música de Fontes Rocha., "Verde, Verde Campo" que conta com letra de José Luís Gordo e música de Pedro Pinhal, demonstrou a frescura que o Fado pode e deve ter, com uma letra simples e que fica no ouvido, o publico gostou e cantou com a artista.
O Rancho teve ainda direito a dançar dois temas, o primeiro mostrando e/ou representando os trabalhos na charneca e no campo, para de seguida coreografarem um tema do primeiro disco de Teresa Tapadas.
Depois de "Agradeço à vida" terminou o excelente espectáculo com "Fado Malhoa" acompanhada pelos seus músicos que demonstraram virtuosismo e uma cumplicidade enorme com a fadista. Pedro Pinhal, Jorge Carreiro, Luis Ribeiro, e ainda Filipe Barroso no piano, elevaram a qualidade do espectáculo para um patamar de excelência.
Teresa Tapadas mostrou que o caminho se faz caminhando e que não precisa de morar em Lisboa para sentir mais o Fado. Louve-se a sua atitude em trazer o Ribatejo a Lisboa, através do folclore.
Teresa Tapadas entra cantando quadras soltas num Fado Corrido, seguindo-se "Resgate" e uma homenagem à cidade de Lisboa, "uma cidade que não sei se me adoptou ou se fui eu que a adoptei", interpretando "Minha Lisboa Cidade".
Num concerto muito ritmado e sem entrar muito num lado mais triste ou melancólico do Fado, Teresa Tapadas demonstrou sempre uma grande simplicidade em palco, explicando os Fados que cantava, falando sobre os compositores e em alguns contando até uma breve história da canção. Esteve muito afinada, com uma voz limpa sabendo moldá-la, dando a intensidade que cada tema necessitava.
Ribatejana assumida e orgulhosa, homenageou o Ribatejo com "Cavalo Alazão", "que foi escrito por alguém que o amava", seguindo para "um tema que não sei se é fado, balada, canção ou oração, mas que cada um sinta como o pretender sentir", numa canção escrita por Frei Hermano da Câmara e com música de sua tia, "Avé Maria". Este tema foi acompanhado ao piano e o resultado foi algo de extraordinário, voz e piano complementaram-se transmitindo todo o sentimento que tão magnifica letra tem.
De Maria Teresa de Noronha, interpretou "Fui reviver o passado", voando depois nas asas de "Gaivota", (que interpretação!), e desembarcando na "Lisboa menina e moça", eternizada na voz de Carlos do Carmo. De Lucilia do Carmo trouxe-nos a "Travessa da Palha" com direito a uma rosa maltratada e tudo, mas sempre com uma boa disposição contagiante.
Teresa Tapadas não precisou de ser popularucha para obter o reconhecimento da assistência, nem precisou de grande exibicionismo mas mostrar todo o seu talento que a tem levado ultimamente a obter um cada vez maior reconhecimento no meio fadista.
Amália Rodrigues também foi homenageada com "Tive um coração e perdi-o", letra da autoria daquela que será sempre a Diva do Fado, com música de Fontes Rocha., "Verde, Verde Campo" que conta com letra de José Luís Gordo e música de Pedro Pinhal, demonstrou a frescura que o Fado pode e deve ter, com uma letra simples e que fica no ouvido, o publico gostou e cantou com a artista.
O Rancho teve ainda direito a dançar dois temas, o primeiro mostrando e/ou representando os trabalhos na charneca e no campo, para de seguida coreografarem um tema do primeiro disco de Teresa Tapadas.
Depois de "Agradeço à vida" terminou o excelente espectáculo com "Fado Malhoa" acompanhada pelos seus músicos que demonstraram virtuosismo e uma cumplicidade enorme com a fadista. Pedro Pinhal, Jorge Carreiro, Luis Ribeiro, e ainda Filipe Barroso no piano, elevaram a qualidade do espectáculo para um patamar de excelência.
Teresa Tapadas mostrou que o caminho se faz caminhando e que não precisa de morar em Lisboa para sentir mais o Fado. Louve-se a sua atitude em trazer o Ribatejo a Lisboa, através do folclore.
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