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Raquel Tavares grava novo disco

Archive - Março 08, 2015
A fadista Raquel Tavares em entrevista ao Jornal Hardmúsica falou sobre o novo disco que se encontra a gravar e também sobre algumas das datas importantes da sua agenda para 2015.

Raquel Tavares é um dos nomes maiores no que à canção de Portugal, o Fado, diz respeito e dispensa apresentações. Vários foram os prémios ganhos ao longo da carreira, o último dos quais atribuído pelo Jornal Folha de São Paulo, como um dos cinco melhores concertos de 2014 no Brasil, onde esteve presente no Festival de Fado.

Depois de oito anos sem gravar um disco, Raquel encontra-se neste momento a gravar e conta com três produtores, "Tiago Bettencourt, João Pedro Ruela e o Fred" e promete que o novo trabalho irá contar com "muita portugalidade, pois apesar de eu reconhecer que a música do mundo tenha exercido alguma influência no meu recente registo, eu continuo a ser portuguesa e a ser fadista. Não deixei de ser fadista. O disco é todo ele cantado em português, os compositores são portugueses, os músicos são portugueses, os produtores são portugueses, só que ao contrário do que seria suposto não tem só a ver com Fado. Agora o Fado está presente mas não será o protagonista deste disco".

Explica que o fio condutor do disco "sou eu, que sou fadista. A linguagem fadista é que não é protagonista. E tudo o que eu cantar será sempre indissociável do Fado, serei sempre uma fadista a cantar" admitindo que neste disco traz "novos instrumentos" à sua música, sem revelar quais.

O facto de se ter decidido agora a gravar um disco deve-se a "esta coisa de ter feito 30 anos, faz muita diferença, e eu senti depois de ter vindo do Brasil que estava muito mais resolvida, com muito menos preconceitos, muito menos amarras, eu não deixo de ser uma fadista tradicional porque me apetece cantar outras coisas" confessando que no Brasil "me libertei de todas as amarras e mais algumas".

Na última ida ao Brasil e num concerto "muito fadista" foi considerado como um dos melhores de 2014. A Fadista faz questão ainda de dizer que "o Fado não é apenas dramático, eu digo desde o meu primeiro álbum que cantar o Fado é cantar a vida" e que luta para desfazer a imagem de que as fadistas "são mulheres gordas, que se vestem de preto e têm bigode, e eu queria contrariar isso, pois vivi muito tempo no Rio e continuava a ouvir isso, que o Fado era uma música muito infeliz" o que para si não faz sentido pois "a vida não são só desgraças e festas na avenida" o que faz com que não tenha que "fingir uma amargura que não tenho, nem uma alegria que não sinto".

No novo disco traz "essa alegria do Rio, esse despreconceito, já não tenho medo que digam que não sou fadista, era o que mais faltava depois de cantar o Fado há mais de 20 anos".

Este seu novo trabalho reúne também alguns dos melhores músicos nacionais "muitos. No que diz respeito ao Fado há pessoas que são indispensáveis, neste disco vou ter um músico que chamo de meu irmão, que é o Ângelo Freire na guitarra portuguesa, vou ter o André Ramos na viola em alguns temas, eventualmente no baixo o Marino de Freitas, e depois temos o outro lado, que ainda não posso revelar. É a nata da minha nata, músicos que adoro".


O disco irá sair "em Maio" e conta já com algumas datas importantes agendadas como "o Caixa Alfama, o Festival MED e Festival de Fado de Madrid, onde regresso este ano sozinha depois de no ano passado lá ter estado com o Carlos do Carmo" deixando em aberto mais novidades.


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