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Mariza - Mundo

Discos - Outubro 15, 2015
Warner Music / 2015
Produzido por Javier Limón, vencedor de vários Grammy Awards, “Mundo” é o seu primeiro disco novo em cinco anos.

O que resta depois de se ter dado a volta ao mundo?
Há 14 anos, quando uma jovem cantora lançou o seu primeiro disco, poucos acreditariam que a viagem então começada teria sido tão longa e teria ido tão longe. E mesmo o sucesso obtido por essa estreia, Fado em Mim (2001), não faria forçosamente prever o que se seguiu.
Quatro outros álbuns (Fado Curvo, Transparente, Terra e Fado Tradicional), três registos ao vivo (Live in London, Concerto em Lisboa e Terra em Concerto), uma triunfal colecção de êxitos (Best Of), inúmeras digressões e concertos nas salas mais prestigiadas por todo o mundo, prémios e honrarias nacionais e internacionais... A viagem ultrapassou todas as expectativas – e ao regressar a casa, já não se é a mesma pessoa que se era aquando da partida.
Mas isso será mesmo verdade? Já não se é a mesma pessoa?

Esta é a resposta de Mariza: abrir um novo álbum com uma afirmação inteira de quem se é, de onde se partiu - “Rio de Mágoa”, fado mais clássico não há – e a partir daí, encetar uma viagem que espelha o mundo que se conheceu desde então.
“Mundo” é o nome desse novo álbum, o sexto disco de estúdio de Mariza, o seu primeiro álbum inteiramente novo em cinco anos. É apropriado que se chame “Mundo”.
É um disco que traz lá dentro o mundo inteiro – o mundo inteiro que Mariza já tinha dentro de si, mas também o mundo que se lhe abriu com cada nova partida e cada nova chegada.
“Mundo” não esquece o Fado onde tudo começou. Mariza é fadista, e isso nunca a abandonará. Mas o Fado, parafraseando uma frase célebre, é quando um homem quiser. No caso, Fado é o que Mariza quiser que ele seja, porque está lá sempre.

Na sua voz, na sua alma, na sua paixão, quer ela cante Javier Limón ou Jorge Fernando, Paulo de Carvalho ou Carlos Gardel, Amália ou Marceneiro, Pedro da Silva Martins (dos Deolinda) ou Rui Veloso, Mariza é o Fado. Não o Fado de ontem, mas o Fado de hoje, aberto ao mundo, aberto ao mar. Ou não fosse ele uma canção de marinheiros, navegando ao sabor do vento.
Um outro Fado, mais aventureiro, expandindo-se em direcção a uma nova identidade, a um novo começo. Um Fado que, sem nunca perder a raiz, cresceu, partiu em direcção ao mundo, com uma voz que sempre quis ir mais longe, mais alto.

“Mundo” é um disco de viagens, em viagem. Que vai do Cabo Verde de “Padoce de Céu Azul” ao flamenco de “Adeus”, poema de Cabral de Nascimento musicado pelo guitarrista Pedro Jóia, passando pelo tango revisitado de “Caprichosa”, criado por Carlos Gardel em 1930. Na voz de Mariza, com a produção de Javier Limón (regressado depois de “Terra”) atenta às mais ínfimas vibrações de emoção, é fácil acreditar que o mundo é pequeno, e que já não há distância, nem de espaço nem de tempo.

Mariza é Mariza – única, incontornável, insubstituível. O “Mundo” que ela canta é o nosso, sim, do Fado e de todas as músicas que o rodeiam. Mas, sobretudo, é o mundo de Mariza – um mundo que cresceu ao longo de cinco anos sem gravar, um mundo que revela novas paisagens, novos lugares, novas músicas. Como ela o vê. Como ela o canta. Como só este “Mundo” o poderia mostrar. RTP


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Comentários
#1 jonas 2015-10-15 19:26 "…Mundo não tem um conceito identificável nem uma identidade forte. Ele é apenas uma agremiação de canções muito diversas e muito desiguais."
observador.pt/2015/10/15/que-tal-e-o-novo-disco-de-mariza-fraquito
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