Cristina Branco - Menina
Records - Setembro 17, 2016
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Cristina Branco já cantou muito em duas décadas de carreira. Do repertório português explorado até que a alma lhe doesse e o público derretesse, até ao cancioneiro do mestre brasileiro Chico Buarque, interpretado com um sotaque especial deste lado do Atlântico, não há registo que lhe resista. Ainda que muitos ainda teimem em colar-lhe o rótulo de fadista, mais uma dessas vozes que criaram públicos na última década e meia. “Fadista? Essa conversa nunca fez sentido. O fado chegou-me, devagar e intensamente. Sempre que dou um passo noutra direção, ele está lá, intocável”, diz Cristina.
Menina, o novo disco de originais que agora lança, explora novos territórios: a cantora rodeou-se de cúmplices novos, um punhado de nomes inesperados pertencentes a uma nova geração que escreveu e compôs para a sua voz. À VISÃO, Cristina diz-se feliz: "As canções que criaram para mim, respeitaram o meu património, aquilo que sou." Cinco coisas que importa saber sobre a nova aventura discográfica desta protagonista:
“Menina é todas as mulheres”, atira Cristina sobre o novo disco. “A mim, continuam a tratar-me por “menina””, confessa, rindo. “Há diferentes formas de descrever as mulheres. Este termo, por exemplo, nomeia a menina, a prostituta, a tia solteira... A ideia deste trabalho é falar do universo feminino, em canções que mostrem a sua força e diversidade. Mas esta Menina não sou só eu: somos muitos, meninas e meninos.”
“Menina foi um disco que demorou dois anos a construir. Queria fazer algo diferente, romper com os cânones que me definiam, mas respeitando o passado e a mim própria”, afirma a cantora. Ideias que a confortassem, “demoraram a aparecer”, mas, depois, fez-se o clique com os cúmplices musicais... Cristina sabia que queria uma geração jovem, de várias latitudes sonoras. “Numa primeira abordagem, as pessoas podem sentir: “Eh bolas, vai ser tão diferente! O que é que ela vai buscar agora?””
“Menina foi um disco que demorou dois anos a construir. Queria fazer algo diferente, romper com os cânones que me definiam, mas respeitando o passado e a mim própria”, afirma a cantora. Ideias que a confortassem, “demoraram a aparecer”, mas, depois, fez-se o clique com os cúmplices musicais... Cristina sabia que queria uma geração jovem, de várias latitudes sonoras. “Numa primeira abordagem, as pessoas podem sentir: “Eh bolas, vai ser tão diferente! O que é que ela vai buscar agora?””
“Pode dizer-se que sou intensa”, assume a cantora. “Tento dar vida às palavras dos outros, já que não escrevo as letras.” E quando os versos são ligeiros, também o demonstra no canto. “Gosto de perceber a história por trás: quem escreveu, porque escreveu. Antes, havia a tal fúria da juventude: tudo surgia em catadupa, era vivido no momento. Agora, os temas crescem a cada interpretação.”
Menina conta com o trio Bernardo Moreira (contrabaixo), Luís Figueiredo (piano) e Bernardo Couto (guitarra portuguesa). Além do cúmplice Mário Laginha, há um estelar A a Z de compositores: Filho da Mãe, Linda Martini, Cachupa Psicadélica, Peixe, Pedro da Silva Martins, Luís Martins e Ana Bacalhau dos Deolinda, Jorge Cruz dos Diabo na Cruz, Kalaf... “É uma geração que tem a ver comigo”, explica Cristina. “Criam músicas que têm a ver com essa tonalidade menor do fado: um ritmo mais lento, mais lânguido...
Menina conta com o trio Bernardo Moreira (contrabaixo), Luís Figueiredo (piano) e Bernardo Couto (guitarra portuguesa). Além do cúmplice Mário Laginha, há um estelar A a Z de compositores: Filho da Mãe, Linda Martini, Cachupa Psicadélica, Peixe, Pedro da Silva Martins, Luís Martins e Ana Bacalhau dos Deolinda, Jorge Cruz dos Diabo na Cruz, Kalaf... “É uma geração que tem a ver comigo”, explica Cristina. “Criam músicas que têm a ver com essa tonalidade menor do fado: um ritmo mais lento, mais lânguido...