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Raquel Tavares com casa cheia no Centro Cultural Olga Cadaval

Concerts - Novembro 20, 2016
A jovem fadista, mas já com mais de 20 anos de carreira levou ao palco sintrense, os temas do seu mais recente albúm Raquel, mas não só.

Raquel Tavares é uma cantora de uma grande autenticidade, uma fadista tradicional que no seu último trabalho se propôs ao desafio de mesclar o fado com outras sonoridades, onde não faltou a bateria. Porém, Raquel Tavares, como ela disse, saiu da sua zona de conforto para se auto desafiar e conseguiu-o, mas a sua praia, a sua zona de conforto e a sua raça é mesmo o fado tradicional que lhe fica tão bem!

Foi um magnífico espetáculo em que Raquel Tavares se fez acompanhar por quatro músicos André Dias na guitarra portuguesa, Bernardo Viana na viola, Daniel Pinto no baixo e Fred Ferreira na bateria.
Raquel Tavares, possuidora de uma excelente voz, associada à sua interpretação de raça fadista faz com que nos proporcione sempre um espetáculo único e ontem isso aconteceu mesmo. Pelo que assistimos ontem não admira que o público das mais prestigiadas salas internacionais se tenha rendido a Raquel Tavares, esta nossa intérprete já deslumbrou plateias nos Estados Unidos da América, Espanha, França, Alemanha, Reino Unido, Brasil, Argentina, China e Austrália, entre outros países.

Ontem aconteceu fado na sua plenitude e variantes, com todo profissionalismo, autenticidade e garra de uma cantora maior raquel-tavares_ccoc_1911do estilo musical tão e só português.
Raquel Tavares interpretou, do seu mais recente CD, os temas Deste-me um beijo e vivi (Alfredo Marceneiro e João Dias), Meu amor de longe (Jorge Cruz), Não me esperes de volta (António Zambujo e Paulo Abreu Lima), Limão (Arlindo de Carvalho), Regras de sensatez (Rui Veloso), Rapaz da camisola verde (Frei Hermano da Câmara e Pedro Homem de Mello) e Gostar de quem gosta de nós (Tiago Bettencourt), entre outros. Este álbum é dedicado a Beatriz da Conceição que nos deixou há cerca de um ano.

Dos clássicos do fado Raquel Tavares trouxe-nos as suas versões únicas de Meu corpo homenageando a sua intérprete criadora, Beatriz da Conceição, assim como os temas Sombras da madrugada, Fui ao baile e Estranha forma de vida.

No final do espetáculo a plateia do Olga Cadaval pedia mais sem arredar pé e aconteceram dois encores:
Estranha forma de vida interpretado sem microfone, como se estivéssemos numa casa de fados e finalizou este concerto com o primeiro single do seu último trabalho Meu amor de longe da autoria de Jorge Cruz e toda a assistência cantou e dançou, o que deixou a anfitriã da noite comovida e esta comoção aconteceu um pouco ao longo da noite.

Ontem à noite Foi Deus (como diz um outro tema), Foi Fado, Foi espetáculo, Foi Raquel Tavares.
Carlos Portelo




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