Aldina Duarte
Fadistas - Actualizado em Março 19, 2024
Aldina Duarte é reconhecida como uma das grandes vozes atuais do Fado, pela sua personalidade artística inconfundível e pela sua singular capacidade interpretativa.
Desde que entrou numa casa de fados, na preparação para uma entrevista a figurar num
documentário de Jorge Silva Melo, e bateu com os olhos e os ouvidos no canto indomado
de Beatriz da Conceição, a vida de Aldina Duarte transformou-se por completo. Pode dizer-se que, ainda antes de se aventurar a cantar qualquer tema do cânone, foi nesse momento
que nasceu enquanto fadista. A partir de então, tornou-se uma rigorosa e aturada estudiosa
do Fado tradicional, a que foi sempre juntando um cuidado muito particular com a palavra,
alinhado de forma cada vez mais explícita com o seu amor pela literatura e a sua incessante
investigação da condição feminina.
Tem uma intensa carreira de concertos nas principais salas de espetáculo portuguesas (Culturgest, Fundação Calouste Gulbenkian, Teatro de São Luiz, Teatro São João, Coliseu do Porto, Centro Cultural de Belém, entre outras), em grandes festivais no país (Bons Sons, Optimus D’Bandada, Festival Imaterial de Évora, Festival Músicas do Mundo de Sines, Festival MED, Fado Caixa Alfama, Festa do Avante, entre outros) e no estrangeiro (Sala BBK Bilbau, Festival de Fado das Canárias em Lanzarote e Tenerife, Festival de Música Sacra de Perugia, Festival Eurofonik Nantes, Caixa Cultural São Paulo, GENT Festival). É convidada pelo gabinete do Primeiro Ministro de Portugal para atuar nos Jardins do Palácio de São Bento no âmbito das celebrações do 25 de Abril. Fadista residente, durante 25 anos, numa das mais relevantes casas de Fado de Lisboa, o “Senhor Vinho”, com direção artística de Maria da Fé.
A sua paixão pela Literatura leva-a a aliar ao repertório musical dos grandes fados tradicionais, uma escolha cuidadosa dos poemas que canta, sendo ela própria autora de muitas das suas letras, bem como de outras cantadas por quase todos os fadistas da nova geração, tais como Ana Moura, António Zambujo, Camané, Carminho, Gisela João, Marisa ou Pedro Moutinho.
Em 2024, arrisca de novo com “Metade-Metade”, um disco todo escrito pela rapper Capicua, com uma nova linguagem poética e temática para o seu Fado; o romance deixa de ser o tema central, dando lugar a um Mundo mais ampliado de afectos, outros amores: a música, a poesia, os livros, a natureza, a passagem do testemunho, a herança afetiva, a partilha comunitária, o que nos torna pessoas. Esta é a essência de um concerto que é um intenso elogio à vida, à música das palavras, ao silêncio onde a melodia e o ritmo constroem sonoridades únicas que só o fado tem, através dos instrumentos e arranjos que servem a história cantada e da voz da poesia e interpretação únicas de Aldina Duarte, um marco na história recente do fado.
A sua discografia inclui ainda os álbuns “Apenas o amor” (2004), “Crua” (2006), “Mulheres Ao Espelho” (2008), “Contos de Fados” (2011), “Romance(s)” (2015), "Quando Se Ama Loucamente" (2017), “Roubados” (2019) e “Tudo Recomeça” (2022), vencedor dos Prémios Play 2023 na categoria de melhor disco de Fado. Nos discos “Romance(s)” e "Quando Se Ama Loucamente" trabalha com o produtor Pedro Gonçalves (Dead Combo), com quem aprende a gostar do trabalho de produção musical, assumindo a mesma nos seus mais recentes álbuns.
Colabora frequentemente em acontecimentos interdisciplinares que cruzam o Fado com outras expressões artísticas e culturais, em colaboração com personalidades como José Tolentino de Mendonça, Pedro Cabrita Reis e Ruy Vieira Nery, entre outros.
É autora ela própria de diversos projetos de difusão do Fado, entre eles: o ciclo de conferências/debates “A Cantar e a Contar” (Centro Cultural de Belém, Lisboa); as oficinas “Fado para Todos”, o projeto “Fado sem Fim” com novas vozes do Fado que resulta em recitais, a curadoria “Dia de Cesariny”, a série de entrevistas em podcast “Fados e Tudo”, entre outros (Museu do Fado, Lisboa); e o programa “Fado Cravo”, na rádio Antena 1 que conta já com a terceira edição.
Tem igualmente realizado diversas conferências, sobre os temas da música, da literatura e das questões de género nas artes, nomeadamente na Fundação Calouste Gulbenkian, em vários festivais literários e nos Festivais de Fado de Madrid, Sevilha, Bogotá e Buenos Aires.
Da sua participação no cinema destacam-se o documentário “Aldina Duarte: Princesa Prometida”, do realizador Manuel Mozos, apresentado e premiado em diversos festivais de
cinema nacionais e internacionais, e ainda a colaboração em “Xavier”, também de Manuel Mozos, em “A Religiosa Portuguesa”, de Eugène Green e nos documentários “O Fado Da Bia”, de Diogo Varela Silva, e “O Fado pelo Mundo – Aldina Duarte: Lisboa – Macau”, este último produzido pela RTP.
Tem uma intensa carreira de concertos nas principais salas de espetáculo portuguesas (Culturgest, Fundação Calouste Gulbenkian, Teatro de São Luiz, Teatro São João, Coliseu do Porto, Centro Cultural de Belém, entre outras), em grandes festivais no país (Bons Sons, Optimus D’Bandada, Festival Imaterial de Évora, Festival Músicas do Mundo de Sines, Festival MED, Fado Caixa Alfama, Festa do Avante, entre outros) e no estrangeiro (Sala BBK Bilbau, Festival de Fado das Canárias em Lanzarote e Tenerife, Festival de Música Sacra de Perugia, Festival Eurofonik Nantes, Caixa Cultural São Paulo, GENT Festival). É convidada pelo gabinete do Primeiro Ministro de Portugal para atuar nos Jardins do Palácio de São Bento no âmbito das celebrações do 25 de Abril. Fadista residente, durante 25 anos, numa das mais relevantes casas de Fado de Lisboa, o “Senhor Vinho”, com direção artística de Maria da Fé.
A sua paixão pela Literatura leva-a a aliar ao repertório musical dos grandes fados tradicionais, uma escolha cuidadosa dos poemas que canta, sendo ela própria autora de muitas das suas letras, bem como de outras cantadas por quase todos os fadistas da nova geração, tais como Ana Moura, António Zambujo, Camané, Carminho, Gisela João, Marisa ou Pedro Moutinho.
Em 2024, arrisca de novo com “Metade-Metade”, um disco todo escrito pela rapper Capicua, com uma nova linguagem poética e temática para o seu Fado; o romance deixa de ser o tema central, dando lugar a um Mundo mais ampliado de afectos, outros amores: a música, a poesia, os livros, a natureza, a passagem do testemunho, a herança afetiva, a partilha comunitária, o que nos torna pessoas. Esta é a essência de um concerto que é um intenso elogio à vida, à música das palavras, ao silêncio onde a melodia e o ritmo constroem sonoridades únicas que só o fado tem, através dos instrumentos e arranjos que servem a história cantada e da voz da poesia e interpretação únicas de Aldina Duarte, um marco na história recente do fado.
A sua discografia inclui ainda os álbuns “Apenas o amor” (2004), “Crua” (2006), “Mulheres Ao Espelho” (2008), “Contos de Fados” (2011), “Romance(s)” (2015), "Quando Se Ama Loucamente" (2017), “Roubados” (2019) e “Tudo Recomeça” (2022), vencedor dos Prémios Play 2023 na categoria de melhor disco de Fado. Nos discos “Romance(s)” e "Quando Se Ama Loucamente" trabalha com o produtor Pedro Gonçalves (Dead Combo), com quem aprende a gostar do trabalho de produção musical, assumindo a mesma nos seus mais recentes álbuns.
Colabora frequentemente em acontecimentos interdisciplinares que cruzam o Fado com outras expressões artísticas e culturais, em colaboração com personalidades como José Tolentino de Mendonça, Pedro Cabrita Reis e Ruy Vieira Nery, entre outros.
É autora ela própria de diversos projetos de difusão do Fado, entre eles: o ciclo de conferências/debates “A Cantar e a Contar” (Centro Cultural de Belém, Lisboa); as oficinas “Fado para Todos”, o projeto “Fado sem Fim” com novas vozes do Fado que resulta em recitais, a curadoria “Dia de Cesariny”, a série de entrevistas em podcast “Fados e Tudo”, entre outros (Museu do Fado, Lisboa); e o programa “Fado Cravo”, na rádio Antena 1 que conta já com a terceira edição.
Tem igualmente realizado diversas conferências, sobre os temas da música, da literatura e das questões de género nas artes, nomeadamente na Fundação Calouste Gulbenkian, em vários festivais literários e nos Festivais de Fado de Madrid, Sevilha, Bogotá e Buenos Aires.
Da sua participação no cinema destacam-se o documentário “Aldina Duarte: Princesa Prometida”, do realizador Manuel Mozos, apresentado e premiado em diversos festivais de
cinema nacionais e internacionais, e ainda a colaboração em “Xavier”, também de Manuel Mozos, em “A Religiosa Portuguesa”, de Eugène Green e nos documentários “O Fado Da Bia”, de Diogo Varela Silva, e “O Fado pelo Mundo – Aldina Duarte: Lisboa – Macau”, este último produzido pela RTP.
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Li aqui que estás na casa da Maria da Fé, um dia destes vou ouvir-te e quem sabe ainda te recordes aqui da (Paula Valente), como vocês me chamavam :-) Parece mentira, mas é desse tempo que mais sinto saudades, pois era o tempo da nossa inocência pura e da ignorância sobre a dura realidade que é a vida.
Hei-de ir visitar-te, pois não sei outro método de te voltar a ver e mto provavelmente não terás tempo para nos vermos de outra forma que não essa.
Força amiga, mostraste cedo a boa fadista que hoje és… Mereces.
Até um dia destes. Citação