Cuca Roseta - Luz
Records - Novembro 20, 2017
O quarto albúm de estúdio de Cuca Roseta chama-se apenas Luz e parte de um conceito fadista e espiritual.
O disco assenta em três temas-base que o desenvolvem de forma mais explícita, Luzinha, Luz materna e Luz do mundo, já o propósito inicial se dispersou por outros caminhos. Depois de ter trabalhado com dois produtores internacionais de peso, um argentino (Gustavo Santaolalla, no disco de estreia) e um brasileiro (Nelson Motta, em Riû) e de se ter chegado mais ao fado em Raiz (produzido por Mário Barreiros), Cuca Roseta queria agora um disco “mais tradicional”. Mas que tivesse algo mais dela própria, coisas que sempre quis gravar e não pôde ou não a deixaram.
O resultado, com produção de Diogo Clemente, é um híbrido onde se misturam fado, folclore, pop, canções de toque brejeiro ao lado de outras que lembram madrigais, baladas espirituais a par de ritmos de ares brasileiros ou jamaicanos. Talvez esta Luz a defina, na sua diversidade de gostos, mesmo que deixe o fado mais às escuras. Isto em troca de uma alegria juvenil, assumidamente com menos rédea.
Entre os nomes dos compositores escolhidos, ressaltam o de Pedro da Silva Martins (com ou sem Luís José Martins, ambos dos Deolinda) e o de Carolina Deslandes. O primeiro assina três temas, a começar por Luzinha, que abre o disco. Mas também Balelas, de tom brejeiro e letra da própria fadista.
Já Calorina Deslandes assina dois temas: um é completamente pop, não é fado, Quero; é uma história que era dela. O outro, que ela escreveu, Não demores, tem a ver com o facto de o marido de Cuca Roseta viver longe e ela escreve sobre isso. Esse lado mais pessoal está também presente em várias escolhas, por exemplo, em duas canções do folclore português que Amália também gravou: O Alecrim e a Rosinha da Serra d’Arga.
Há várias participações no disco, como as de Pedro Jóia, que dá um toque aflamencado a Versos contados, letra e música da própria Cuca Roseta, de Jorge Fernando, com Foge, um tema gingado que traz a sua marca já tão característica, ou de Mário Pacheco, em Contemplação, que escreveu a música para uma letra dela (e toca-a no disco). Ainda entre os fados, há um de Helder Moutinho, compositor que assina uma faceta mais tradicional e mais clássica em Ai o amor.
E há, por fim, o piano. Primeiro em Saudade e eu: “Toco piano em casa, todos os dias. E fiz essa música ao piano. O Diogo ouviu a gravação e queria pô-la no disco assim mesmo, mas não deixei; quem a toca no disco é o Valter Rolo.” Finalmente em Luz do mundo, só voz e piano. A letra é dela e a música é do pianista, Tiago Machado: “Acho esse tema extraordinário, é das canções mais bonitas do disco, algo épico. Andei muito tempo a tentar fazer uma letra que correspondesse a essa música. E devia ser ele a tocá-la no disco. Como é uma música mais contemplativa, achei que era muito bonito acabar o disco com ela.”
O resultado, com produção de Diogo Clemente, é um híbrido onde se misturam fado, folclore, pop, canções de toque brejeiro ao lado de outras que lembram madrigais, baladas espirituais a par de ritmos de ares brasileiros ou jamaicanos. Talvez esta Luz a defina, na sua diversidade de gostos, mesmo que deixe o fado mais às escuras. Isto em troca de uma alegria juvenil, assumidamente com menos rédea.
Entre os nomes dos compositores escolhidos, ressaltam o de Pedro da Silva Martins (com ou sem Luís José Martins, ambos dos Deolinda) e o de Carolina Deslandes. O primeiro assina três temas, a começar por Luzinha, que abre o disco. Mas também Balelas, de tom brejeiro e letra da própria fadista.
Já Calorina Deslandes assina dois temas: um é completamente pop, não é fado, Quero; é uma história que era dela. O outro, que ela escreveu, Não demores, tem a ver com o facto de o marido de Cuca Roseta viver longe e ela escreve sobre isso. Esse lado mais pessoal está também presente em várias escolhas, por exemplo, em duas canções do folclore português que Amália também gravou: O Alecrim e a Rosinha da Serra d’Arga.
Há várias participações no disco, como as de Pedro Jóia, que dá um toque aflamencado a Versos contados, letra e música da própria Cuca Roseta, de Jorge Fernando, com Foge, um tema gingado que traz a sua marca já tão característica, ou de Mário Pacheco, em Contemplação, que escreveu a música para uma letra dela (e toca-a no disco). Ainda entre os fados, há um de Helder Moutinho, compositor que assina uma faceta mais tradicional e mais clássica em Ai o amor.
E há, por fim, o piano. Primeiro em Saudade e eu: “Toco piano em casa, todos os dias. E fiz essa música ao piano. O Diogo ouviu a gravação e queria pô-la no disco assim mesmo, mas não deixei; quem a toca no disco é o Valter Rolo.” Finalmente em Luz do mundo, só voz e piano. A letra é dela e a música é do pianista, Tiago Machado: “Acho esse tema extraordinário, é das canções mais bonitas do disco, algo épico. Andei muito tempo a tentar fazer uma letra que correspondesse a essa música. E devia ser ele a tocá-la no disco. Como é uma música mais contemplativa, achei que era muito bonito acabar o disco com ela.”
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