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João Braga - Outrora Agora

Discos - Dezembro 20, 2017
 Valentim de Carvalho / 2017
Valentim de Carvalho / 2017
No âmbito das celebrações do seu cinquentenário artístico, João Braga lança o CD "Outrora Agora", editado pela Valentim de Carvalho.

Inclui fados gravados na década de 80, como "Aquela velha mulher da Mouraria", "Arraial", " Fado triste, triste fado" e "Tributo a tio Alfredo", assim como oito temas gravados ainda este ano.
O título tal como refere João Braga, foi "emprestado" de um poema de Fernando Pessoa: “Com que ânsia tão raiva/ Quero aquele outrora!/ E eu era feliz? Não sei:/ Fui-o outrora agora.”

Entre os fados de "agora" contam-se "Palavras não eram ditas", "Maria", "Poesia é oração", "Como quem não quer a coisa", "Rua dos Correeiros", "Amor ausente" e "Senhora não vás ao rio".

João Braga começou a cantar o fado em 1962 e em 1967 grava o seu primeiro disco "É tão bom cantar o fado", sendo o Fado Alberto de Miguel Ramos o primeiro fado que gravou para esse disco. Por esta razão "Aquela velha mulher da Mouraria" também cantado no fado Alberto, é um dos temas de "outrora" vindo da década de 80 que João Braga resolveu incluir neste disco. "Com um poema pungente de João Ferreira-Rosa, fortíssimo, quase dramático", nas palavras do fadista.

"Maria" foi escrito por Zeca Afonso, tema que compôs quando conheceu aquela que viria a ser a sua mulher, Zélia, no Algarve. O tema surge neste disco, porque recorda João Braga: "Um dia, o Edgar Canelas, da Antena 1, perguntou-me porque é que nenhum fadista tinha pegado nessa canção. É uma balada muito bonita. Não tem a dinâmica do Zeca, porque nada tem a dinâmica do Zeca, aquela ânsia dele a cantar, mas tem mais ternura do que ânsia. E acho que saiu bem.”

De Manuel Alegre, canta "Palavras não eram ditas", versos que segundo o fadista são"ligeiramente brejeiros", mas que têm a qualidade e elegância das palavras escritas por Manuel Alegre. São cantados no fado Magala de Raúl Portela.

Outro dos compositores que também integra o disco é Tiago Torres da Silva, com "Amor ausente". “É daqueles poemas que me tocam imediatamente”, diz João Braga, que também escreveu uma letra.“Comecei a pensar no "Palavras não eram ditas" e escrevi "Como quem não quer a coisa". É a primeira vez que num disco meu sai uma letra assinada por mim.”

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