Camané em espectáculo de tributo a Alfredo Marceneiro
Concertos - Fevereiro 04, 2018
Na noite de sexta-feira (2 de fevereiro) o Convento de São Francisco, em Coimbra, teve o privilégio de receber Camané e recordar Marceneiro.
“Camané canta Marceneiro”, editado no último mês de Outubro, é o mais recente trabalho do fadista integralmente constituído por fados de Alfredo Marceneiro (1891-1982). A produção arranjos e direcção musical são da responsabilidade de José Mário Branco, que co-assina com Manuela de Freitas a supervisão artística.
Admirador confesso de Alfredo Marceneiro, considerando-o “um dos grandes génios do fado”, já por diversas vezes o artista afirmou que um dos fados que mais gosta de cantar é o “Fado Cravo”. Foi a ouvir um disco de Bob Dylan a cantar Frank Sinatra, que Camané se lembrou de fazer esta homenagem. Há muito que desejava gravar este álbum, mas primeiro teve de fazer o seu caminho pois “queria entrar naqueles fados de forma verdadeira, sem imitar o Marceneiro”. Ainda hoje não deixa de se surpreender “como é que uma voz pequena se consegue cantar tão bem”.
Foi uma noite de histórias e cantigas de amor em que seria de esperar o grande auditório do Convento de São Francisco mais composto. O frio pouco convidativo a sair, que se fazia sentir, deixou alguns admiradores em casa. Mas nem por isso o espectáculo esmoreceu e viveu-se o ambiente intimista de uma casa de fados. Camané esteve em palco acompanhado de José Manuel Neto à guitarra portuguesa, Carlos Manuel Proença na viola e Paulo Paz no contrabaixo.
A primeira metade do concerto foi exclusivamente dedicada ao Marceneiro com “Bêbado pintor” a abrir o espectáculo. Seguiram-se “Quadras soltas”, “Fado bailado”, “Ironia”, “O Pájem”, “O Louco”, “A Lucinda camareira”, “Mocita dos Caracóis”, mas foi com “A casa da Mariquinhas” que Camané arrebatou a primeira grande salva de palmas da noite. A que se seguiram os temas “Mais um fado no fado”, “Ele tinha uma amiga” e “Guerra das rosas” agraciados com o mesmo entusiasmo.
Nesta segunda parte do concerto, com o público mais participativo, Camané mostrou a versatilidade da sua voz ao cantar outros poetas que habitam no seu reportório. “Abandono” de David Mourão Ferreira e Alain Oulman; “Presságio” de Fernando Pessoa, “Emboscadas” de Sérgio Godinho ou “Lúbrica” de Cesário Verde prenderam a atenção de público que fez silêncio para ouvir cantar o fado.
Para o fim ficaram reservados os fados “Sei de um rio” e “Fado Cravo” que acompanham Camané em quase todos os concertos. Mostrando o agrado por mais uma vez cantar na cidade dos estudantes e agradecendo ao público de Coimbra a recepção desta noite, Camané terminou o concerto com o tema “Saudades que trago comigo”.
O público retribuiu com uma generosa salva de palmas a mostrar que valeu a pena sair de casa numa noite fria de inverno.
Admirador confesso de Alfredo Marceneiro, considerando-o “um dos grandes génios do fado”, já por diversas vezes o artista afirmou que um dos fados que mais gosta de cantar é o “Fado Cravo”. Foi a ouvir um disco de Bob Dylan a cantar Frank Sinatra, que Camané se lembrou de fazer esta homenagem. Há muito que desejava gravar este álbum, mas primeiro teve de fazer o seu caminho pois “queria entrar naqueles fados de forma verdadeira, sem imitar o Marceneiro”. Ainda hoje não deixa de se surpreender “como é que uma voz pequena se consegue cantar tão bem”.
Foi uma noite de histórias e cantigas de amor em que seria de esperar o grande auditório do Convento de São Francisco mais composto. O frio pouco convidativo a sair, que se fazia sentir, deixou alguns admiradores em casa. Mas nem por isso o espectáculo esmoreceu e viveu-se o ambiente intimista de uma casa de fados. Camané esteve em palco acompanhado de José Manuel Neto à guitarra portuguesa, Carlos Manuel Proença na viola e Paulo Paz no contrabaixo.
A primeira metade do concerto foi exclusivamente dedicada ao Marceneiro com “Bêbado pintor” a abrir o espectáculo. Seguiram-se “Quadras soltas”, “Fado bailado”, “Ironia”, “O Pájem”, “O Louco”, “A Lucinda camareira”, “Mocita dos Caracóis”, mas foi com “A casa da Mariquinhas” que Camané arrebatou a primeira grande salva de palmas da noite. A que se seguiram os temas “Mais um fado no fado”, “Ele tinha uma amiga” e “Guerra das rosas” agraciados com o mesmo entusiasmo.
Nesta segunda parte do concerto, com o público mais participativo, Camané mostrou a versatilidade da sua voz ao cantar outros poetas que habitam no seu reportório. “Abandono” de David Mourão Ferreira e Alain Oulman; “Presságio” de Fernando Pessoa, “Emboscadas” de Sérgio Godinho ou “Lúbrica” de Cesário Verde prenderam a atenção de público que fez silêncio para ouvir cantar o fado.
Para o fim ficaram reservados os fados “Sei de um rio” e “Fado Cravo” que acompanham Camané em quase todos os concertos. Mostrando o agrado por mais uma vez cantar na cidade dos estudantes e agradecendo ao público de Coimbra a recepção desta noite, Camané terminou o concerto com o tema “Saudades que trago comigo”.
O público retribuiu com uma generosa salva de palmas a mostrar que valeu a pena sair de casa numa noite fria de inverno.
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