Amaro de Almeida
Músicos - Fevereiro 18, 2015
Nascido em Lisboa, José Amaro de Almeida licenciou-se em Medicina tendo integrado o Hospital de Santa Marta, onde viria a desenvolver carreira hospitalar.
Na década de 60 foi chamado a leccionar Terapêutica no Instituto de Hidrologia e Climatologia e, para o efeito, publicou vários trabalhos dentro desse domínio.
No decorrer da sua actividade profissional, Dr. Amaro de Almeida foi também conferencista, com inúmeras participações em congressos internacionais, complementando essa actividade com a gestão de revistas médicas. Por conseguinte, o Dr. Amaro de Almeida foi também membro de sociedades científicas.
Homem apaixonado pelo fado e frequentador assíduo de casas de fado, Amaro de Almeida escreveu artigos diversos sobre o género, com destaque para os artigos “Reflexões sobre a origem do Fado”, “De que morreu a Severa”, “As duas Severas do Vimioso” que redigiu para a revista “Olisipo”, um boletim do Grupo Amigos de Lisboa. O gosto profundo pela escrita e pelo fado leva-o a escrever o livro de versos, “Redondilha Maior”, sob o pseudónimo de José Amaro e em colaboração com José Soares de Almeida publicou “Variações Sobre o Fado”.
Dr. Amaro de Almeida tornou-se, para além de um respeitado médico, um homem muito próximo dos artistas, nomeadamente dos fadistas, disponibilizando-se para os atender gratuitamente no caso de problemas de saúde.
Estamos em Janeiro de 1947 quando a “Guitarra de Portugal” noticia uma homenagem a Dr. Amaro de Almeida, promovida por Filipe Pinto, e que contou com as presenças de Maria do Carmo Torres, Márcia Condessa, João Linhares Barbosa, Francisco Radamanto, Joaquim Cordeiro, que, entre outros nomes, “puzeram em foco, as excelentes qualidades de carácter, inteligência e coração, de que é dotado o Sr. Amaro de Almeida”. (“Guitarra de Portugal”, 01 Janeiro de 1947).
Em Julho 1949, o jornal “Ecos de Portugal” volta a referir o distinto médico e os preparativos para uma nova homenagem: “O Dr. Amaro de Almeida, médico ilustre, coração bondosíssimo, é um dos mais estrénuos defensores da lídima canção e amigo devotadíssimo de todos os fadistas. (…) Há dias, sob a epígrafe feliz “O Fado agradecido” lemos na Imprensa que um grupo de admiradores lhe vão promover uma homenagem. Nada mais justo.” (Ecos de Portugal, 15 Julho de 1949). A 24 de Setembro, acontece na Adega Mesquita, a festa de homenagem, organizada por Filipe Pinto, Gabriel Infante, Raul Nery, Joaquim Cordeiro, Agostinho das Neves e Romeu Rosa Gomes. Destacam-se as presenças de Amália Rodrigues, que presidiu o momento, e Alfredo Marceneiro que, associando-se a dezenas de outros nomes, mostraram o seu respeito e admiração pelo médico de “todos os fadistas”.
Manteve com Alfredo Marceneiro uma grande amizade, facto que levou Dr. Amaro de Almeida a escrever e dedicar-lhe os versos intitulados “Fado…Tu eras dantes! Alfredo, vê se te lembras…”.
Entre 1960 e 1965, conjuntamente com o Dr. Nazaré Vaz, prestou assistência clínica completamente grátis, integrando o corpo clínico do Grupo Excursionista "Previdentes do Fado" de que foram mentores José Maria Nóbrega, Casimiro Ramos, Amadeu Ramim, Pedro Leal, Alfredo Rodrigues e Carlos Gonçalves, uma organização fundada para prestar auxílio na doença e no desemprego a toda a família fadista, mas que infelizmente, apenas durou 5 anos.
Mesmo depois de 1965, o Dr. Amaro de Almeida continuou a prestar auxílio a quem necessitava, até à sua morte, em finais de Setembro de 1976.
No decorrer da sua actividade profissional, Dr. Amaro de Almeida foi também conferencista, com inúmeras participações em congressos internacionais, complementando essa actividade com a gestão de revistas médicas. Por conseguinte, o Dr. Amaro de Almeida foi também membro de sociedades científicas.
Homem apaixonado pelo fado e frequentador assíduo de casas de fado, Amaro de Almeida escreveu artigos diversos sobre o género, com destaque para os artigos “Reflexões sobre a origem do Fado”, “De que morreu a Severa”, “As duas Severas do Vimioso” que redigiu para a revista “Olisipo”, um boletim do Grupo Amigos de Lisboa. O gosto profundo pela escrita e pelo fado leva-o a escrever o livro de versos, “Redondilha Maior”, sob o pseudónimo de José Amaro e em colaboração com José Soares de Almeida publicou “Variações Sobre o Fado”.
Dr. Amaro de Almeida tornou-se, para além de um respeitado médico, um homem muito próximo dos artistas, nomeadamente dos fadistas, disponibilizando-se para os atender gratuitamente no caso de problemas de saúde.
Estamos em Janeiro de 1947 quando a “Guitarra de Portugal” noticia uma homenagem a Dr. Amaro de Almeida, promovida por Filipe Pinto, e que contou com as presenças de Maria do Carmo Torres, Márcia Condessa, João Linhares Barbosa, Francisco Radamanto, Joaquim Cordeiro, que, entre outros nomes, “puzeram em foco, as excelentes qualidades de carácter, inteligência e coração, de que é dotado o Sr. Amaro de Almeida”. (“Guitarra de Portugal”, 01 Janeiro de 1947).
Em Julho 1949, o jornal “Ecos de Portugal” volta a referir o distinto médico e os preparativos para uma nova homenagem: “O Dr. Amaro de Almeida, médico ilustre, coração bondosíssimo, é um dos mais estrénuos defensores da lídima canção e amigo devotadíssimo de todos os fadistas. (…) Há dias, sob a epígrafe feliz “O Fado agradecido” lemos na Imprensa que um grupo de admiradores lhe vão promover uma homenagem. Nada mais justo.” (Ecos de Portugal, 15 Julho de 1949). A 24 de Setembro, acontece na Adega Mesquita, a festa de homenagem, organizada por Filipe Pinto, Gabriel Infante, Raul Nery, Joaquim Cordeiro, Agostinho das Neves e Romeu Rosa Gomes. Destacam-se as presenças de Amália Rodrigues, que presidiu o momento, e Alfredo Marceneiro que, associando-se a dezenas de outros nomes, mostraram o seu respeito e admiração pelo médico de “todos os fadistas”.
Manteve com Alfredo Marceneiro uma grande amizade, facto que levou Dr. Amaro de Almeida a escrever e dedicar-lhe os versos intitulados “Fado…Tu eras dantes! Alfredo, vê se te lembras…”.
Entre 1960 e 1965, conjuntamente com o Dr. Nazaré Vaz, prestou assistência clínica completamente grátis, integrando o corpo clínico do Grupo Excursionista "Previdentes do Fado" de que foram mentores José Maria Nóbrega, Casimiro Ramos, Amadeu Ramim, Pedro Leal, Alfredo Rodrigues e Carlos Gonçalves, uma organização fundada para prestar auxílio na doença e no desemprego a toda a família fadista, mas que infelizmente, apenas durou 5 anos.
Mesmo depois de 1965, o Dr. Amaro de Almeida continuou a prestar auxílio a quem necessitava, até à sua morte, em finais de Setembro de 1976.
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