Helena Sarmento - Lonjura
Records - Abril 07, 2018
Helena Sarmento é um desses seres que chegam discretos e disponíveis, se expõem sem reservas, sem redes; um desses seres que sabem encontrar caminhos próprios.
Afirmar-se diferentes, solidários, sensíveis; que têm na inteligência, na imaginação, na persistência, na criatividade, na liberdade mapas sem recuo. Discreta, secreta, ela encetou a sua afirmação fora das correntes dominantes, norteada por uma exigência, uma lucidez inamovíveis. "Lonjura" fica-nos, pela carga da sua atmosfera, planície de irrecusável modernidade.
A vida é a circunstância inevitável da Aarte. A uberdade, a circunstância necessária do artista. No seu novo disco, Lonjura, Helena Sarmento surge, mais do que nunca, esplendorosa e livre.
Noite de Inverno e Fado Azul (se Azul se Atreve), com palavras novas de João Gigante-Ferrelra para os tradicionais Fado Mocita dos Caracóis (Alfredo Marceneiro) e Fado Vianinha (Francisco Viana);
Fado Xuxu, do repertório de Amália Rodrigues, singela lembrança e devido tributo;
Fado Não-Valentim, uma recriação do popular Valentim, na doce subversão das palavras de João-Gigante-Ferreira;
Lonjura, tema que dá nome ao próprio disco, um poema do pai da fadista, o escritor Joaquim Sarmento, cantado na música do Fado Menor do Porto (João Black);
Era um redondo vocábulo, letra e música de José Afonso e O Bêbado e a Equilibrista (que encerra o disco), de João Bosco e Aldir Blanc, são duas interpretações muito inspiradas que completam os onze temas que compõem este novo trabalho.
Na música, uma formação tradicional de excepcionais executantes: Samuel Cabral na guitarra portuguesa (e na direcção musical), André Teixeira na viola de fado (e nos arranjos) e Sérgio Marques (Ginho) no baixo de fado.
Um disco para ser ouvido por quem queira ouvir com os seus próprios ouvidos, implantados na sua própria cabeça, sem rótulos nem catálogo obrigatório.
Lonjura, é o tema onde a voz mais descerra o lugar da (sua) alma. A letra, de seu pai, parece premonitória dessa outra lonjura maldita, a doença que ao longo dos anos o foi rondando e roubando a si mesmo e a quem o ama.
Helena Sarmento é aqui a voz. Profunda e poderosa. Que vem do longe da memória e do mais escondido de si.
E dela se impôs a urgente e inevitável consequência de que todo este disco seja um dedicado tributo e homenagem a Joaquim Sarmento: ao Homem, à sua coragem e ao privilégio de dele ser filha.
A vida é a circunstância inevitável da Aarte. A uberdade, a circunstância necessária do artista. No seu novo disco, Lonjura, Helena Sarmento surge, mais do que nunca, esplendorosa e livre.
Quatro fados totalmente originais: Fado em Branco (que abre o disco), com música de Samuel Cabral e João Gigante-Ferrelra; Fado Depois da Tempestade, de Samuel Cabral; Contigo por Lisboa e Fado Jurídico-Criminal, ambos com música de André Teixeira e todos com palavras de João Gigante-Ferrelra.
Noite de Inverno e Fado Azul (se Azul se Atreve), com palavras novas de João Gigante-Ferrelra para os tradicionais Fado Mocita dos Caracóis (Alfredo Marceneiro) e Fado Vianinha (Francisco Viana);
Fado Xuxu, do repertório de Amália Rodrigues, singela lembrança e devido tributo;
Fado Não-Valentim, uma recriação do popular Valentim, na doce subversão das palavras de João-Gigante-Ferreira;
Lonjura, tema que dá nome ao próprio disco, um poema do pai da fadista, o escritor Joaquim Sarmento, cantado na música do Fado Menor do Porto (João Black);
Era um redondo vocábulo, letra e música de José Afonso e O Bêbado e a Equilibrista (que encerra o disco), de João Bosco e Aldir Blanc, são duas interpretações muito inspiradas que completam os onze temas que compõem este novo trabalho.
Na música, uma formação tradicional de excepcionais executantes: Samuel Cabral na guitarra portuguesa (e na direcção musical), André Teixeira na viola de fado (e nos arranjos) e Sérgio Marques (Ginho) no baixo de fado.
Um disco para ser ouvido por quem queira ouvir com os seus próprios ouvidos, implantados na sua própria cabeça, sem rótulos nem catálogo obrigatório.
Lonjura, é o tema onde a voz mais descerra o lugar da (sua) alma. A letra, de seu pai, parece premonitória dessa outra lonjura maldita, a doença que ao longo dos anos o foi rondando e roubando a si mesmo e a quem o ama.
Helena Sarmento é aqui a voz. Profunda e poderosa. Que vem do longe da memória e do mais escondido de si.
E dela se impôs a urgente e inevitável consequência de que todo este disco seja um dedicado tributo e homenagem a Joaquim Sarmento: ao Homem, à sua coragem e ao privilégio de dele ser filha.
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