Manuel Carvalho
Letristas - Julho 30, 2018
Frequentou a Escola Industrial Infante D. Henrique no Porto e foi desenhador de brinquedos, até ser chamado à vida militar durante 40 meses, 28 dos quais, passados na Guerra do Ultramar em Angola. Casado à mais de 50 anos, com três filhos (agora dois, depois de sofrer o rude golpe de ver partir em 2011 a sua menina do meio) seis netos e quatro bisnetos. Exerceu ainda durate 26 anos, a profissão de desenhador de publicidade, até a reforma chegar e isolar-se na escrita das suas letras, que começaram a nascer em Angola nos poemas que enviava nos “aerogramas”para a esposa.
Conheceu o fado nos finais dos anos 60, levado pela mão dos fadistas Artur Lobo e Eduardo Brandão, mas só em finais dos anos 70, começa a frequentar diversos lugares da cidade onde o fado acontecia. Conhece muita gente ligada ao meio, que o incentivam a escrever para fado. Surge assim a 1ª gravação pela voz de Sandra Cristina em 1988, e logo no ano seguinte com José Ferreira que gravar quatro temas, um dos quais, a célebre letra “Quem foi?”, ainda hoje muito solicitada nos retiros fadistas.
Em 1989 inscreve-se na SPA e em 1990 na 1ª Grande Noite do Fado do Porto, o tema “Meu amor, minha cidade” ganha destaque pela voz da fadista vencedora do certame, Maria Augusta.
Em 1991, sai o LP de Eduardo Alípio, com 4 temas seus, onde aparece o tema “Maria do Douro”, escrito para o Festival da Canção do Douro no Marco de Canavezes, com música de Samuel Cabral e Manuel Rego. É ainda neste LP, que aparece o conhecido tema ”Fadocanto” com música de Nel Garcia e que hoje surge regravado com outra roupagem, desde a Rosita aos “Menos”, passando por: Maria Maia, Fernando João, Helena Matos e outros que o cantam como: Conceição Brito, Ana Santos, Rosa Ramos, Filipa Menina, Tatiana Carvalho, Miguel Bandeirinha, e muitos mais...
Em 1996, depois de algumas gravações na voz de: Rosa Cruz, Margarida Lima, Augusto Lopes, Manuel Soares, Francisco Lisboa, Albano Simões, Rosina Andrade, Nicolau Rocha, António Passos e Aurísio Gomes, surge o êxito na voz de Manuel Barbosa: “Já não rezo há tanto tempo”. Logo no ano seguinte, Eduardo Alípio envereda pela canção e grava com um conjunto musical o seu 2º CD com 3 temas, depois de em 1994, ter gravado no seu 1ª CD, o Fado Vitória com o tema “Meu enlevo, minha mãe”, também com um conjunto musical.
Depois de ter vencido a Grande Noite do Fado em 1998, Filomeno Silva leva a Lisboa o tema: “Um leve gosto a pecado”, que viria a gravar nos anos de 2002, 2004 e 2017.
Passam mais uns anos, onde surgem gravações de Mário Rui, António Passos e no ano de 2002, surge no fado Esmereldinha, o êxito enorme de “Anos de casado”, gravado por Nelson Duarte e que foi durante esse ano e o seguinte, o tema mais ouvido nos discos pedidos da Rádio Festival. Ainda nesse ano, Manuel Carvalho escreve a sua 1ª letra para as Rusgas do S. João do Porto e vê a Freguesia de Campanhã vencer o 1º lugar com o tema “ Minha graça é Campanhã”. Neste mesmo ano, Lurdes de Sousa grava com coro e orquestra, o tema criado por Margarida Lima “Meu Porto, meu fado”.Seguem-se gravações de Manuel Russo, Melanie, Joaquim Brandão, Filomena Sousa e Aida Arménia que em 2003 grava 3 temas do autor.
Ainda neste ano, Manuel Morais, grava no seu CD comemorativo de 54 anos de carreira, o tema “Sou feliz assim”. Obtém ainda o 2º lugar nas Marchas de Gaia com o tema: “Mafamude é tradição”.
No ano seguinte, depois das gravações de Filomeno Silva e Filomena Sousa, Maria Maia, Fernando João e de novo António Passo,aparece a 1ª gravação de Cátia Sofia (hoje Cátia Oliveira) com 4 temas inéditos e a de Augusto Fernandes com 2 temas musicados por Francisco Seabra, onde um deles, “Camaradas de guerra”, que é divulgado pela União dos Antigos Combatentes do Ultramar. Segue-se nesse ano a Letra para a Rusga da Sé “Sé, Mãe da cidade”, que vence o 1º lugar, o que acontece no ano seguinte com: “Bairro da Sé”. Ainda nesse ano, surgem as gravações de Rosita, Alberto Alves, Amélia Maria, Julieta Ribeiro, Laura Santos e Joaquim Duarte, já em 2007, anos em que a Rusga da Sé: “Isto é a Sé” torna a vencer.
Em 2008 a Freguesia da Sé fica em 2º lugar com “ Nasci na Sé” e Manuel Barbosa grava no seu CD ”Fado? A minha vida”, 2 temas do autor. Nelson Duarte, aparece nesse ano com os temas “ Dilema” e “ Meu enlevo, minha mãe” no seu CD “Um brinde à vida”. Manuel Morais e Lurdes de Soua gravam mais um tema e Patrícia Fernandes grava” Desejos sofucados”.
Em 2009, Rosita grava “Versos à minha mãe”, tema autobiográfico do autor que se mostrou um enorme êxito em diversos espectáculos, tanto na TV como em programas da rádio como “Fados à mãe”. Neste ano com a letra: “A minha Sé” obtém mais um 1º lugar nas rusgas, aliás, como aconteceu em 2010 e 2011. Segue-se o Hino dos Guindais, a pedido do G. D. dos Guindais e o Hino da Bela, do UDCR da Bela em Ermesinde, musicados por Marco Alves. Seguem-se gravações de Sílvia Raquel, Helena Matos, Cristina Gonçalves e da fadista emigrante no Luxemburgo, Elizabete Moutinho. Em 2012, alcança o 3º lugar nas Rusgas com a Freguesia da Sé que apresenta o tema: “Não há festa como esta”. O mesmo aconteceu no ano de 2015 com o tema: “ É linda a Sé”.
Manuel Carvalho, homem que pauta pela discrição e recato, fez parte da SPA, com o nº 9497, de 1989 a 2013, ano em que se desvinculou por se sentir frustado nas suas espectativas como autor.
O Letrista, possui mais de uma centena de títulos gravados em diversos suportes e tem mais de duas centenas de temas registados.
Foi incluído na colectânea de poemas "Novíssimos" editado pela Editora Ausência em Setembro de 2004 (2ªedição Out./2004) com prefácio de Leopoldino Serrão. Tem publicações dispersas em jornais e revistas do GACA (Grupo de Artilharia Contra Aeronaves).
Para publicação, tem um livro com as suas letras: "Fados & Silêncios", um livro poemas “Palavras Sentidas” e as novelas:"Anjo encarnado","Maianga", "História duma chávena", “Andanças pelo Fado” e “Bela de Ermesinde”.
Manuel Carvalho é ainda gerenciador dos Blogues: “Fadocanto”, “Fado e Nostalgia”, entre outros.
Conheceu o fado nos finais dos anos 60, levado pela mão dos fadistas Artur Lobo e Eduardo Brandão, mas só em finais dos anos 70, começa a frequentar diversos lugares da cidade onde o fado acontecia. Conhece muita gente ligada ao meio, que o incentivam a escrever para fado. Surge assim a 1ª gravação pela voz de Sandra Cristina em 1988, e logo no ano seguinte com José Ferreira que gravar quatro temas, um dos quais, a célebre letra “Quem foi?”, ainda hoje muito solicitada nos retiros fadistas.
Em 1989 inscreve-se na SPA e em 1990 na 1ª Grande Noite do Fado do Porto, o tema “Meu amor, minha cidade” ganha destaque pela voz da fadista vencedora do certame, Maria Augusta.
Em 1991, sai o LP de Eduardo Alípio, com 4 temas seus, onde aparece o tema “Maria do Douro”, escrito para o Festival da Canção do Douro no Marco de Canavezes, com música de Samuel Cabral e Manuel Rego. É ainda neste LP, que aparece o conhecido tema ”Fadocanto” com música de Nel Garcia e que hoje surge regravado com outra roupagem, desde a Rosita aos “Menos”, passando por: Maria Maia, Fernando João, Helena Matos e outros que o cantam como: Conceição Brito, Ana Santos, Rosa Ramos, Filipa Menina, Tatiana Carvalho, Miguel Bandeirinha, e muitos mais...
Em 1996, depois de algumas gravações na voz de: Rosa Cruz, Margarida Lima, Augusto Lopes, Manuel Soares, Francisco Lisboa, Albano Simões, Rosina Andrade, Nicolau Rocha, António Passos e Aurísio Gomes, surge o êxito na voz de Manuel Barbosa: “Já não rezo há tanto tempo”. Logo no ano seguinte, Eduardo Alípio envereda pela canção e grava com um conjunto musical o seu 2º CD com 3 temas, depois de em 1994, ter gravado no seu 1ª CD, o Fado Vitória com o tema “Meu enlevo, minha mãe”, também com um conjunto musical.
Depois de ter vencido a Grande Noite do Fado em 1998, Filomeno Silva leva a Lisboa o tema: “Um leve gosto a pecado”, que viria a gravar nos anos de 2002, 2004 e 2017.
Passam mais uns anos, onde surgem gravações de Mário Rui, António Passos e no ano de 2002, surge no fado Esmereldinha, o êxito enorme de “Anos de casado”, gravado por Nelson Duarte e que foi durante esse ano e o seguinte, o tema mais ouvido nos discos pedidos da Rádio Festival. Ainda nesse ano, Manuel Carvalho escreve a sua 1ª letra para as Rusgas do S. João do Porto e vê a Freguesia de Campanhã vencer o 1º lugar com o tema “ Minha graça é Campanhã”. Neste mesmo ano, Lurdes de Sousa grava com coro e orquestra, o tema criado por Margarida Lima “Meu Porto, meu fado”.Seguem-se gravações de Manuel Russo, Melanie, Joaquim Brandão, Filomena Sousa e Aida Arménia que em 2003 grava 3 temas do autor.
Ainda neste ano, Manuel Morais, grava no seu CD comemorativo de 54 anos de carreira, o tema “Sou feliz assim”. Obtém ainda o 2º lugar nas Marchas de Gaia com o tema: “Mafamude é tradição”.
No ano seguinte, depois das gravações de Filomeno Silva e Filomena Sousa, Maria Maia, Fernando João e de novo António Passo,aparece a 1ª gravação de Cátia Sofia (hoje Cátia Oliveira) com 4 temas inéditos e a de Augusto Fernandes com 2 temas musicados por Francisco Seabra, onde um deles, “Camaradas de guerra”, que é divulgado pela União dos Antigos Combatentes do Ultramar. Segue-se nesse ano a Letra para a Rusga da Sé “Sé, Mãe da cidade”, que vence o 1º lugar, o que acontece no ano seguinte com: “Bairro da Sé”. Ainda nesse ano, surgem as gravações de Rosita, Alberto Alves, Amélia Maria, Julieta Ribeiro, Laura Santos e Joaquim Duarte, já em 2007, anos em que a Rusga da Sé: “Isto é a Sé” torna a vencer.
Em 2008 a Freguesia da Sé fica em 2º lugar com “ Nasci na Sé” e Manuel Barbosa grava no seu CD ”Fado? A minha vida”, 2 temas do autor. Nelson Duarte, aparece nesse ano com os temas “ Dilema” e “ Meu enlevo, minha mãe” no seu CD “Um brinde à vida”. Manuel Morais e Lurdes de Soua gravam mais um tema e Patrícia Fernandes grava” Desejos sofucados”.
Em 2009, Rosita grava “Versos à minha mãe”, tema autobiográfico do autor que se mostrou um enorme êxito em diversos espectáculos, tanto na TV como em programas da rádio como “Fados à mãe”. Neste ano com a letra: “A minha Sé” obtém mais um 1º lugar nas rusgas, aliás, como aconteceu em 2010 e 2011. Segue-se o Hino dos Guindais, a pedido do G. D. dos Guindais e o Hino da Bela, do UDCR da Bela em Ermesinde, musicados por Marco Alves. Seguem-se gravações de Sílvia Raquel, Helena Matos, Cristina Gonçalves e da fadista emigrante no Luxemburgo, Elizabete Moutinho. Em 2012, alcança o 3º lugar nas Rusgas com a Freguesia da Sé que apresenta o tema: “Não há festa como esta”. O mesmo aconteceu no ano de 2015 com o tema: “ É linda a Sé”.
Manuel Carvalho, homem que pauta pela discrição e recato, fez parte da SPA, com o nº 9497, de 1989 a 2013, ano em que se desvinculou por se sentir frustado nas suas espectativas como autor.
O Letrista, possui mais de uma centena de títulos gravados em diversos suportes e tem mais de duas centenas de temas registados.
Foi incluído na colectânea de poemas "Novíssimos" editado pela Editora Ausência em Setembro de 2004 (2ªedição Out./2004) com prefácio de Leopoldino Serrão. Tem publicações dispersas em jornais e revistas do GACA (Grupo de Artilharia Contra Aeronaves).
Para publicação, tem um livro com as suas letras: "Fados & Silêncios", um livro poemas “Palavras Sentidas” e as novelas:"Anjo encarnado","Maianga", "História duma chávena", “Andanças pelo Fado” e “Bela de Ermesinde”.
Manuel Carvalho é ainda gerenciador dos Blogues: “Fadocanto”, “Fado e Nostalgia”, entre outros.
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