Duarte - No lugar dela
Records - Março 25, 2021
"Este é um disco de combate. Um disco de combate à malícia dos dias. Conceptual e fundamentado num exercício empático", disse Duarte,
O fadista e autor da maioria dos 11 poemas gravados, contou que este álbum partiu da "escuta compulsiva" da canção "Algemas", de autoria de Álvaro Duarte Simões (1928-1990), interpretado por Amália Rodrigues (1920-1999), e com o qual abre novo álbum.
É a primeira vez que Duarte, distinguido em 2006 com o Prémio Amália Rodrigues/Revelação, grava um fado da diva.
Depois foi "todo um trabalho de empatia", procurar colocar-se no lugar das personagens, todas elas femininas. "Não foi ser o outro, mas pôr-me no lugar da personagem e escrever sobre determinadas questões".
"ReViraVolta", com letra e música de Duarte, que revela inspirações musicais no ritmo "saias" alto-alentejano, aborda "a mulher que canta os dias, não se deixando resignar a eles. A mulher que se resolve por ela e com ela mesma", explicou Duarte.
Duarte reconhece que a sua "matriz é o fado", mas neste álbum explora "outros territórios musicais".
No fado "Rosita", de Joaquim Campos, Duarte interpreta "Mais do Mesmo", um poema seu em que aborda "a mulher que se inquieta face à espuma dos dias", o "Rosa", de João David Rosa, no qual gravou "Por Amor", também de sua autoria, a história de uma mulher casada que termina a relação com o amante, e o "Mouraria", melodia popular, no qual gravou "uma possível resposta ao fado 'Saudades Trago Comigo', tantas vezes cantado pelos homens", nomeadamente Camané, João Braga ou Carlos Zel (1950-2002), entre outros.
No fado "Mouraria", Duarte gravou "Saudades Trazes Contigo", uma letra sua.
"Leonor", de sua autoria, é o tema "de uma procura por Leonor de Almeida [1909-1983]", "misteriosa poetisa portuense", aclamada na década de 1950 do século passado, que o crítico literário João Gaspar Simões (1903-1987) considerou "um dos melhores poetas portugueses", e definida como "uma personalidade lírica invulgar", pelo ensaísta Jacinto do Prado Coelho (1920-1984).
Para Duarte, o novo álbum, "No Lugar Dela", é "o cantar e o contar do lugar de umas quantas mulheres", "o olhar de um homem sobre esses lugares", "porque estar no lugar dela é estar no lugar do outro".
"Estar no lugar dela não é ser ela - o outro", insiste, "acreditando que, por este movimento", estar "no lugar dela", é possível "ter dias mais leves".
Duarte é acompanhado por um trio de fado - Pedro Amendoeira, na guitarra portuguesa, João Filipe, na viola, e Carlos Menezes, na viola baixo e contrabaixo - e por um quarteto de cordas, clássico, composto por Vasken Fermanian e Liviu Scripcaru (violinos), Miguel de Vasconcelos (viola d'arco) e Teresa Araújo (violoncelo, aos quais se juntam o pianista Sérgio Rodrigues e as percussões de Ruca Rebordão.
É a primeira vez que Duarte, distinguido em 2006 com o Prémio Amália Rodrigues/Revelação, grava um fado da diva.
Depois foi "todo um trabalho de empatia", procurar colocar-se no lugar das personagens, todas elas femininas. "Não foi ser o outro, mas pôr-me no lugar da personagem e escrever sobre determinadas questões".
"ReViraVolta", com letra e música de Duarte, que revela inspirações musicais no ritmo "saias" alto-alentejano, aborda "a mulher que canta os dias, não se deixando resignar a eles. A mulher que se resolve por ela e com ela mesma", explicou Duarte.
Duarte reconhece que a sua "matriz é o fado", mas neste álbum explora "outros territórios musicais".
No fado "Rosita", de Joaquim Campos, Duarte interpreta "Mais do Mesmo", um poema seu em que aborda "a mulher que se inquieta face à espuma dos dias", o "Rosa", de João David Rosa, no qual gravou "Por Amor", também de sua autoria, a história de uma mulher casada que termina a relação com o amante, e o "Mouraria", melodia popular, no qual gravou "uma possível resposta ao fado 'Saudades Trago Comigo', tantas vezes cantado pelos homens", nomeadamente Camané, João Braga ou Carlos Zel (1950-2002), entre outros.
No fado "Mouraria", Duarte gravou "Saudades Trazes Contigo", uma letra sua.
"Leonor", de sua autoria, é o tema "de uma procura por Leonor de Almeida [1909-1983]", "misteriosa poetisa portuense", aclamada na década de 1950 do século passado, que o crítico literário João Gaspar Simões (1903-1987) considerou "um dos melhores poetas portugueses", e definida como "uma personalidade lírica invulgar", pelo ensaísta Jacinto do Prado Coelho (1920-1984).
Para Duarte, o novo álbum, "No Lugar Dela", é "o cantar e o contar do lugar de umas quantas mulheres", "o olhar de um homem sobre esses lugares", "porque estar no lugar dela é estar no lugar do outro".
"Estar no lugar dela não é ser ela - o outro", insiste, "acreditando que, por este movimento", estar "no lugar dela", é possível "ter dias mais leves".
Duarte é acompanhado por um trio de fado - Pedro Amendoeira, na guitarra portuguesa, João Filipe, na viola, e Carlos Menezes, na viola baixo e contrabaixo - e por um quarteto de cordas, clássico, composto por Vasken Fermanian e Liviu Scripcaru (violinos), Miguel de Vasconcelos (viola d'arco) e Teresa Araújo (violoncelo, aos quais se juntam o pianista Sérgio Rodrigues e as percussões de Ruca Rebordão.
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