Beatriz Rosário: "Sinto que é necessário adaptar o fado à modernidade"
Interviews - Maio 17, 2021
Beatriz Rosário acaba de lançar o single 'Ficamos por aqui' e promete trazer "frescura e modernidade" no mundo do fado.
Tem 22 anos e é a nova voz do fado. Beatriz Rosário apresenta-se como uma promessa de "frescura e modernidade" no género musical mais característico de Portugal.
Acaba de lançar o primeiro single, 'Ficamos por aqui', que une o fado a sons urbanos, e foi o primeiro passo no mundo da música que serviu de mote a uma conversa com o Fama Ao Minuto.
Aos 22 anos, lança o primeiro tema musical, ‘Ficamos Por Aqui’. Este é um sonho de há muito tempo?
Desde que a minha consciência existe que gosto muito de cantar fado e toda a gente, desde os mais novos aos mais velhos, sempre gostaram muito de me ouvir. Comecei pelo fado tradicional e posso dizer que o fado é a minha casa, no entanto gosto de ter a liberdade para descobrir novos caminhos, novas sonoridades, nunca perdendo a minha essência, o meu fado.
A escolha do nome Rosário para nome artístico esconde um significado especial?
Muito especial! A minha querida avó Rosário foi sempre uma senhora muito forte nas decisões, e determinada, uma grande inspiração para mim com quem aprendi fado. O nome Rosário é uma homenagem à minha avó, que ainda fiz enquanto viva.
A Beatriz encaixa-se num estilo de música alternativo, que une o fado a sons urbanos. Como está a ser o feedback do público nestas primeiras semanas após o lançamento?
A minha essência é o fado e o meu estilo é inclusivo, onde os sons urbanos encaixam no meu fado. Sinto que o meu primeiro single 'Ficamos por aqui' está a chegar aos corações de muitas pessoas. Recebo muitas mensagens de pessoas que me dizem estarem viciadas na música e isso deixa-me bastante feliz!
Sente que faz parte de uma geração que necessita de ouvir e transmitir o fado de outras formas?
Sinto que é necessário adaptar o fado à modernidade no seu conteúdo e na sua forma. Sinto que vivemos num mundo global, multicultural e o fado é universal. Sinto que quero passar para a música aquilo que experiencio, aquilo que aprendo e aquilo que sou. E aquilo que vivemos hoje não é o mesmo que se vivia antigamente mas que faz parte da história como uma excelente recordação.
Acho que as pessoas devem procurar a sua verdade e eu sinto que esta é a minha. Quero construir o meu próprio caminho e ser independente. Hoje, de forma livre, inicio este caminho com uma canção com portugalidade e que ao mesmo tempo é portadora de uma imensa frescura e modernidade que deixa qualquer um feliz.
O que tem da alma de fadista?
Como fadista, tenho noção do peso que cada palavra tem de ter, cantar com alma exige que isso seja transmitido nas palavras. O fado vive de alma e essa é a essência, sem alma não há fado! Por vezes, nas casas de fado ouvimos fadistas que não têm a melhor voz mas que nos transmitem tudo o que precisamos. O fado também é isso e a alma é o principal ingrediente.
A carreira artística traz, também, visibilidade. Como está a ser a experiência de ser uma cara conhecida no mundo da música?
Agradável porque o reconhecimento da minha música permite conhecerem-me cada vez mais. Os comentários e as mensagens que me enviam são lindas, até vindas de 'Amalianos' e 'Puristas'.
Quem são as suas inspirações na música?
Amália Rodrigues para mim é a rainha disto tudo, pela sua alma, pela sua autenticidade e pelo seu percurso. Admiro a Anitta pela sua determinação e por saber o que quer na sua carreira musical. Tenho várias inspirações, desde Frank Sinatra, Jobim, Seu Jorge, a Justin Bieber, Dua Lipa, Billie Eilish, Bruno Mars...
Com que artistas portugueses gostava de fazer um dueto?
A música portuguesa está a passar por tempos fantásticos e por isso há muitos artistas com quem gostaria de fazer um dueto. No entanto, destaco Pedro Abrunhosa, Agir, Murta, Mariza, Ana Moura, Nenny e os Wet Bed Gang.
Depois da estreia do primeiro trabalho, qual o próximo objetivo?
Depois deste primeiro single, sucede-se um próximo tema muito forte e no final do ano lançarei um EP muito especial.
Acaba de lançar o primeiro single, 'Ficamos por aqui', que une o fado a sons urbanos, e foi o primeiro passo no mundo da música que serviu de mote a uma conversa com o Fama Ao Minuto.
Aos 22 anos, lança o primeiro tema musical, ‘Ficamos Por Aqui’. Este é um sonho de há muito tempo?
Desde que a minha consciência existe que gosto muito de cantar fado e toda a gente, desde os mais novos aos mais velhos, sempre gostaram muito de me ouvir. Comecei pelo fado tradicional e posso dizer que o fado é a minha casa, no entanto gosto de ter a liberdade para descobrir novos caminhos, novas sonoridades, nunca perdendo a minha essência, o meu fado.
A escolha do nome Rosário para nome artístico esconde um significado especial?
Muito especial! A minha querida avó Rosário foi sempre uma senhora muito forte nas decisões, e determinada, uma grande inspiração para mim com quem aprendi fado. O nome Rosário é uma homenagem à minha avó, que ainda fiz enquanto viva.
A Beatriz encaixa-se num estilo de música alternativo, que une o fado a sons urbanos. Como está a ser o feedback do público nestas primeiras semanas após o lançamento?
A minha essência é o fado e o meu estilo é inclusivo, onde os sons urbanos encaixam no meu fado. Sinto que o meu primeiro single 'Ficamos por aqui' está a chegar aos corações de muitas pessoas. Recebo muitas mensagens de pessoas que me dizem estarem viciadas na música e isso deixa-me bastante feliz!
Sente que faz parte de uma geração que necessita de ouvir e transmitir o fado de outras formas?
Sinto que é necessário adaptar o fado à modernidade no seu conteúdo e na sua forma. Sinto que vivemos num mundo global, multicultural e o fado é universal. Sinto que quero passar para a música aquilo que experiencio, aquilo que aprendo e aquilo que sou. E aquilo que vivemos hoje não é o mesmo que se vivia antigamente mas que faz parte da história como uma excelente recordação.
Acho que as pessoas devem procurar a sua verdade e eu sinto que esta é a minha. Quero construir o meu próprio caminho e ser independente. Hoje, de forma livre, inicio este caminho com uma canção com portugalidade e que ao mesmo tempo é portadora de uma imensa frescura e modernidade que deixa qualquer um feliz.
O que tem da alma de fadista?
Como fadista, tenho noção do peso que cada palavra tem de ter, cantar com alma exige que isso seja transmitido nas palavras. O fado vive de alma e essa é a essência, sem alma não há fado! Por vezes, nas casas de fado ouvimos fadistas que não têm a melhor voz mas que nos transmitem tudo o que precisamos. O fado também é isso e a alma é o principal ingrediente.
A carreira artística traz, também, visibilidade. Como está a ser a experiência de ser uma cara conhecida no mundo da música?
Agradável porque o reconhecimento da minha música permite conhecerem-me cada vez mais. Os comentários e as mensagens que me enviam são lindas, até vindas de 'Amalianos' e 'Puristas'.
Quem são as suas inspirações na música?
Amália Rodrigues para mim é a rainha disto tudo, pela sua alma, pela sua autenticidade e pelo seu percurso. Admiro a Anitta pela sua determinação e por saber o que quer na sua carreira musical. Tenho várias inspirações, desde Frank Sinatra, Jobim, Seu Jorge, a Justin Bieber, Dua Lipa, Billie Eilish, Bruno Mars...
Com que artistas portugueses gostava de fazer um dueto?
A música portuguesa está a passar por tempos fantásticos e por isso há muitos artistas com quem gostaria de fazer um dueto. No entanto, destaco Pedro Abrunhosa, Agir, Murta, Mariza, Ana Moura, Nenny e os Wet Bed Gang.
Depois da estreia do primeiro trabalho, qual o próximo objetivo?
Depois deste primeiro single, sucede-se um próximo tema muito forte e no final do ano lançarei um EP muito especial.
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