Joana Amendoeira - Na volta da maré
Records - Maio 18, 2021
O novo disco de Joana Amendoeira - "Na volta da maré" - traz uma cantora que tem vindo a acumular experiências das muitas digressões pelo estrangeiro que a fazem sentir-se cada vez mais uma “cantora Atlântica”.
Por isso, convidou Fred Martins e Tiago Torres da Silva para comporem a totalidade das canções, canções que unem as duas margens do oceano, canções de esperança que questionam a maneira como usamos o Tempo, assunto que não podia estar mais atual dada a situação vivida com a pandemia.
Pedro Amendoeira, na guitarra portuguesa, João Filipe, na viola de Fado, Carlos Menezes, no contrabaixo, Ruca Rebordão, na percussão e Nilson Dourado, na viola caipira, clarinete e cavaquinho, bem como Fred Martins foram os cúmplices que traduziram a linguagem poética e musical do encontro desses dois países, de Fred e Tiago e da voz de Joana com todos eles, misturando latitudes, sons, palavras e vozes.
Este é o décimo disco de originais da Fadista e talvez o mais surpreendente, o mais maduro, aquele onde, mais do que a voz, Joana deixou gravada a sua alma, com algumas cicatrizes, algumas lágrimas mas muito mais sorrisos, gargalhadas e encontros. Um disco que chega “na volta da maré “como um búzio que chega à praia. É só levá-lo até perto do ouvido para escutarmos todos os segredos que ele trouxe do mar. Um mar de afetos, de abraços, de esperança. Tiago e Fred compuseram as canções na maré baixa e agora é em maré cheia que elas nos chegam na voz abençoada de Joana Amendoeira.
Canções mais introspectivas como a canção que dá título ao disco, ou mais bem humoradas com “Entre o calor e o frio” ou a divertida “Canção imoral” cujos vocais são divididos por Joana com Fred Martins e Mart’nália e que fala das questões de género, das questões do Tempo concluindo que a única coisa que pode ser considerada imoral é a falta de amor. O Fado também está presente num tema chamado “O medo” que, mais uma vez é uma canção de fronteira sobre o que pode ter sido o medo e em que é que ele se transformou. Afinal, o Fado é o berço onde Joana nasceu e de que muito se orgulha.
Este é o décimo disco de originais da Fadista e talvez o mais surpreendente, o mais maduro, aquele onde, mais do que a voz, Joana deixou gravada a sua alma, com algumas cicatrizes, algumas lágrimas mas muito mais sorrisos, gargalhadas e encontros. Um disco que chega “na volta da maré “como um búzio que chega à praia. É só levá-lo até perto do ouvido para escutarmos todos os segredos que ele trouxe do mar. Um mar de afetos, de abraços, de esperança. Tiago e Fred compuseram as canções na maré baixa e agora é em maré cheia que elas nos chegam na voz abençoada de Joana Amendoeira.
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