Fausto Bordalo Dias anuncia espetáculo no Porto
Arquivo - Junho 23, 2021


No dia 4 de Setembro, a Casa da Música será palco de um dos artistas mais icónicos da música portuguesa.
O espetáculo “Atrás dos Tempos Vêm Tempos” ruma agora ao Porto no dia 4 de Setembro. É aí que Fausto irá encher os corações da plateia da Casa da Música, em mais um marco num mundo que já se espera diferente.
A viagem passará por etapas importantes da carreira de Fausto: de Pró Que Der e Vier, trabalho lançado logo em 1974, e Madrugada dos Trapeiros, disco de 1977, ao inevitável Por Este Rio Acima de 1982, O Despertar dos Alquimistas de 1985, Para Além das Cordilheiras de 1987 e ainda Crónicas da Terra Ardente de 1994, A Ópera Mágica do Cantor Maldito de 2003 ou Em Busca das Montanhas Azuis, o trabalho de 2011 que continua a ser o seu registo de originais mais recente. Desses marcos escutar-se-ão temas eternos como “Ao Som do Mar e do Vento”, “Todo este Céu”, “Lembra-me Um Sonho Lindo”, “Navegar Navegar”, “Rosalinda”, “Porque Me Olhas Assim”, “Carta de París”, “A Guerra é a Guerra” ou, entre muitas outras, a canção que dá o mote ao espetáculo, “Atrás dos Tempos Vêm Tempos”, numa viagem com duas dezenas de canções que já se libertaram do tempo para se tornarem matéria omnipresente nas nossas memórias e identidades.
Rodeado de músicos e amigos com quem se cruzou em diferentes momentos da sua frutuosa carreira, Fausto irá navegar por uma memória feita de grandes descobertas. Viriato Teles escreveu, não há muito tempo, sobre Fausto e Por este Rio Acima no livro Cento e Onze Discos Portugueses com que a Antena 3 celebrou oito décadas de rádio pública. Aí sublinhava a relevância de um trabalho que não sendo necessariamente o “melhor”, era um claro marco distinto e nobre num percurso a todos os títulos singular. “É isso, e apenas isso, que faz de Por Este Rio Acima um disco a todos os títulos histórico”, referia o veterano jornalista, “já que antes de depois dessa obra Fausto criou alguns dos mais belos temas da música portuguesa de todos os tempos – de "Rosalinda" a "Atrás dos Tempos", passando por todo O Despertar dos Alquimistas, pela revisitação da infância de A Preto e Branco, pelo reencontro com a Europa de Para Além das Cordilheiras, ou pelo resto da viagem contada e cantada em Crónicas da Terra Ardente e Em Busca das Montanhas Azuis, os dois outros títulos da trilogia de Fausto sobre a diáspora portuguesa”. É essa obra que todos iremos agora poder aplaudir. Porque atrás dos tempos vêm tempos, e outros tempos hão-de vir.