Mariza desfiou diferentes densidades emocionais no Campo Pequeno
Concertos - Dezembro 05, 2021
Mariza cantou para a sua cidade e deu um concerto absolutamente memorável na Praça de Touros do Campo Pequeno, na noite deste sábado, 4 de Novembro.
Casa cheia, público ávido e conhecedor da artista que ia ver, ouvir, sentir e aplaudir. Mariza entregou-se por completo a esse público e a noite tornou-se mágica, de indescritível beleza musical.
Acompanhada de orquestra e da sua banda, Mariza trouxe ao Campo Pequeno temas do último disco, no qual homenageia Amália Rodrigues, mas também o repertório mais conhecido do seu percurso. Pelo meio, destaque ainda para temas cantados em castelhano (‘Alma’), com pronúncia brasileira (‘Insensatez’) e uma homenagem a Cabo Verde (‘Beijo de Saudade’).
De vestido branco, Mariza aconchegou a alma e o coração dos seus fãs, com uma voz que soube usar em cada momento. O alinhamento foi eclético, com diferentes densidades emocionais e distintos ritmos.
“Boa noite, Campo Pequeno. Ai que bom cantar na minha cidade. Obrigado por terem vindo, é um prazer receber-vos. Esta orquestra maravilhosa, que trará alguns temas do meu último disco, numa homenagem à única e inesquecível Amália Rodrigues“, começou por dizer, após os primeiros dois temas (‘Estranha Forma de Vida’ e ‘Com que Voz’).
A noite estava fria na rua, mas aquecia cada vez mais dentro da sala, com a voz de Mariza a emocionar um público absolutamente de sonho.
Um público que cantou quando tinha de cantar, que aplaudiu quando tinha de aplaudir (quase sempre de forma bastante sonora) e que criou ambiente quando os temas assim o pediam (as lanternas dos telemóveis deram um efeito visualmente bonito em duas ou três músicas que apelavam mais à emoção).
Mariza lembrou Carlos do Carmo, de quem tem muitas saudades, ao anunciar o tema ‘Gaivota’ e mais à frente dedicou ‘Foi Deus’ à sua mãe que estava na plateia, por ter sido o tema no disco que mais gostou.
Numa noite de confidências e bastante comunicação com a assistência, a cantora lembrou que “nasci numa ex-colónia de Portugal, Moçambique. A minha mãe é moçambicana, o meu pai é português. Desde sempre que na minha música, Africa esteve sempre muito presente. Este tema vem de Cabo Verde, ‘Beijo de Saudade’“.
No equador do espectáculo, tempo para alguns temas mais conhecidos como ‘Meu Fado Meu’ ou ‘Quem me dera’, intercalados pela ‘Alma’ cantada em castelhano.
No momento mais íntimo do concerto, revelou que “esta é uma tentativa de eu ficar mais próxima de vocês“. Assim, num momento impactante, cantou os temas ‘Chuva’, ‘Meus olhos que por alguém’, ‘Há palavras que nos beijam’ e ‘Ouça lá Ó Senhor Vinho’ numa versão acústica, acompanhada por Filipe Ferreira (em ‘Chuva’) na viola, a quem se juntou Luís Guerreiro na guitarra portuguesa, nos temas seguintes. Em ‘Chuva’, cantou mesmo sem microfone grande parte do tema.
“Venho a imaginar este concerto há muito tempo. Durmo poucas horas por noite. Imagino concertos, escrevo letras, escrevo prosa. Escrevo cartas que nunca vou enviar a ninguém“, desvendou, antes de cantar um tema escrito por si, ‘Oração’, acrescentando que provavelmente muito poucas vezes voltará a cantar um tema da sua autoria, porque isso lhe provoca maior dor.
“Nesta fase que estamos a viver, há uma coisa que tem de prevalecer no ser humano: o amor“, disse, em referência à pandemia, antes de interpretar o ‘Melhor de Mim’.
Além da orquestra, Mariza contou com Filipe Ferreira na viola, Luís Guerreiro na guitarra portuguesa, João Frade no acordeão, Adriano Alves no baixo e João Freitas na percussão.
A parte final do espectáculo contou com ‘Verde Limão’, ‘Amor Perfeito’, ‘Rosa Branca’, ‘Maria Lisboa’ e ‘Ó Gente da Minha Terra’, porém o público queria mais e “obrigou” a artista ao encore.
‘Insensatez’ e ‘Barco Negro’ remataram com chave de ouro uma noite memorável de Mariza na sua cidade, como tanto gosta de se referir a Lisboa. E a cidade mostrou estar de braços e coração aberto para receber a Arte de Mariza.
Acompanhada de orquestra e da sua banda, Mariza trouxe ao Campo Pequeno temas do último disco, no qual homenageia Amália Rodrigues, mas também o repertório mais conhecido do seu percurso. Pelo meio, destaque ainda para temas cantados em castelhano (‘Alma’), com pronúncia brasileira (‘Insensatez’) e uma homenagem a Cabo Verde (‘Beijo de Saudade’).
De vestido branco, Mariza aconchegou a alma e o coração dos seus fãs, com uma voz que soube usar em cada momento. O alinhamento foi eclético, com diferentes densidades emocionais e distintos ritmos.
“Boa noite, Campo Pequeno. Ai que bom cantar na minha cidade. Obrigado por terem vindo, é um prazer receber-vos. Esta orquestra maravilhosa, que trará alguns temas do meu último disco, numa homenagem à única e inesquecível Amália Rodrigues“, começou por dizer, após os primeiros dois temas (‘Estranha Forma de Vida’ e ‘Com que Voz’).
A noite estava fria na rua, mas aquecia cada vez mais dentro da sala, com a voz de Mariza a emocionar um público absolutamente de sonho.
Um público que cantou quando tinha de cantar, que aplaudiu quando tinha de aplaudir (quase sempre de forma bastante sonora) e que criou ambiente quando os temas assim o pediam (as lanternas dos telemóveis deram um efeito visualmente bonito em duas ou três músicas que apelavam mais à emoção).
Mariza lembrou Carlos do Carmo, de quem tem muitas saudades, ao anunciar o tema ‘Gaivota’ e mais à frente dedicou ‘Foi Deus’ à sua mãe que estava na plateia, por ter sido o tema no disco que mais gostou.
Numa noite de confidências e bastante comunicação com a assistência, a cantora lembrou que “nasci numa ex-colónia de Portugal, Moçambique. A minha mãe é moçambicana, o meu pai é português. Desde sempre que na minha música, Africa esteve sempre muito presente. Este tema vem de Cabo Verde, ‘Beijo de Saudade’“.
No equador do espectáculo, tempo para alguns temas mais conhecidos como ‘Meu Fado Meu’ ou ‘Quem me dera’, intercalados pela ‘Alma’ cantada em castelhano.
No momento mais íntimo do concerto, revelou que “esta é uma tentativa de eu ficar mais próxima de vocês“. Assim, num momento impactante, cantou os temas ‘Chuva’, ‘Meus olhos que por alguém’, ‘Há palavras que nos beijam’ e ‘Ouça lá Ó Senhor Vinho’ numa versão acústica, acompanhada por Filipe Ferreira (em ‘Chuva’) na viola, a quem se juntou Luís Guerreiro na guitarra portuguesa, nos temas seguintes. Em ‘Chuva’, cantou mesmo sem microfone grande parte do tema.
“Venho a imaginar este concerto há muito tempo. Durmo poucas horas por noite. Imagino concertos, escrevo letras, escrevo prosa. Escrevo cartas que nunca vou enviar a ninguém“, desvendou, antes de cantar um tema escrito por si, ‘Oração’, acrescentando que provavelmente muito poucas vezes voltará a cantar um tema da sua autoria, porque isso lhe provoca maior dor.
“Nesta fase que estamos a viver, há uma coisa que tem de prevalecer no ser humano: o amor“, disse, em referência à pandemia, antes de interpretar o ‘Melhor de Mim’.
Além da orquestra, Mariza contou com Filipe Ferreira na viola, Luís Guerreiro na guitarra portuguesa, João Frade no acordeão, Adriano Alves no baixo e João Freitas na percussão.
A parte final do espectáculo contou com ‘Verde Limão’, ‘Amor Perfeito’, ‘Rosa Branca’, ‘Maria Lisboa’ e ‘Ó Gente da Minha Terra’, porém o público queria mais e “obrigou” a artista ao encore.
‘Insensatez’ e ‘Barco Negro’ remataram com chave de ouro uma noite memorável de Mariza na sua cidade, como tanto gosta de se referir a Lisboa. E a cidade mostrou estar de braços e coração aberto para receber a Arte de Mariza.
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